terça-feira, 17 de setembro de 2013

Perdida, perdidinha....

Oi, tudo bem?

Temos tido dias movimentados por aqui. Sobre aquela prova do processo de seleção que te falei no último post, o resultado saiu no inicio da semana passada... Eu juro que não estudei, não me dediquei em nada, fui a primeira a sair da sala... e passei em quarto lugar!!! Agora, vamos para segunda etapa do processo que será uma entrevista com os nossos futuros "chefes"... Da minha unidade, passamos eu e mais 2 pessoas... 2 pessoas ficaram sem passar por problemas de documentação.

O pior é que eu não quero essa vaga, não quero subir de cargo e muito menos correr o risco de ter que ir trabalhar em outra cidade. Estranho falar isso né?! Mas é que eu conheço o chefe daqui muito bem e não consigo lidar com aquela personalidade mais que dez dias. E não gostaria de mudar de cidade logo agora que estamos com planos de construir nossa casa, marcar a tal data do casório... Mas no dia, na hora da empolgação, sem racionar muito, liguei pro garoto e comentei sobre o ocorrido e que talvez eu fosse transferida para uma cidade aqui por perto. Pronto!!! O mundo caiu literalmente. Ele ficou arrasado, bravo, chorando e dizendo que não conseguia entender como eu podia abandonar tudo por causa de dinheiro. Bom, os dias que se seguiram foi bem complicados porque tinha dia que estava tudo bem com a gente; tinha dia que ele ficava voltando no assunto e eu estressava; tinha dia que eu estava estressada com o assunto e ele ficava sem saber o que fazer.


Ultimamente, a situação está difícil por aqui. As coisas estão se ajeitando, pappy voltou a trabalhar, a saúde de mammy está estabilizada, mas eu... eu não estou bem. Tem dias que estou ótima, tem dias que estou cansada, estressada, desanimada. Não consigo administrar meu tempo direito e acho que tudo isso é estresse mesmo mas... como fazer para mudar tudo isso? Parece uma bola-de-neve sem fim.


Só estou passando aqui para dar um sinal de vida porque não quero deixar tudo abandonado por aqui. Esse canto é muito importante para mim, mas não estou conseguindo mais administrar direito. Só vim dizer que estou viva e relativamente bem. E sempre tentando cumprir a almejada promessa de manter tudo atualizado por aqui, com muita coisa legal para contar, mas sem criatividade nenhuma para escrever. 

Como eu li no blog Free to be me, eu também queria que inventasse um software que transforme pensamentos em textos para conseguir pôr aqui, na hora, as ideias super legais e os textos mirabolantes que passam pela minha cabeça durante o trabalho, enquanto eu dirigo mas que somem como passe-de-mágica quando eu sento em frente ao teclado do pc.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Vamô de van?

Oi, tudo bem?


Eu costumava adorar São Paulo. Se você quisesse me ver com um sorriso de orelha a orelha, é só me falar que eu tinha que ir pra São Paulo. No meu antigo trabalho, eu comemorava quando tinha evento na minha "terrinha" porque isso me garantia quase uma semana inteirinha na terra da garoa. Eu amava cada rua, cada avenida, cada congestionamento, cada grãozinho de poluição e concreto daquela cidade. 


E, no último sábado, tive mais uma oportunidade de ir pra lá. Já tinha ido pra lá antes com o garoto para conhecer o zoológico. Mas, dessa vez, fui com alguns funcionários da empresa para participar de um processo de seleção interno para uma nova vaga. Como trabalho em uma empresa grande, que tem filial em várias cidades e a sede é em São Paulo, estamos participando de um processo de seleção interna para uma nova vaga que irá abrir em todas as filiais. Para ser bem sincera, eu não estou com a menor vontade de mudar de cargo: o salário é maior e as responsabilidades, preocupações e "nervosos" também são. Meu atual cargo está extremamente ótimo pra mim e me sinto feliz e satisfeita fazendo o que faço. Porém, sempre rola aquela pressão básica das chefias que querem que a gente, pelo menos, conheça a prova, teste nossos conhecimentos.

A princípio, ninguém estava muito a fim de ir por causa das despesas que íamos ter com ônibus, metrô e alimentação. Mas eles conseguiram uma van para levar a gente. E conseguiram mais pessoas de outras filiais da região pra ir com a gente. E ofereceram uma ajuda de custo para gente ir. Com tudo isso, não tinha como dizer não, né?!

Lá fomos nós... Eu nem dormi à noite porque cheguei do trabalho às dez e tinha que estar de volta às duas da manhã.... Levei um "pequeno" travesseiro que não cabia direito na mini-poltrona da van e, graças a Deus, consegui pegar o lugar da janelinha...rsrsrs. Teve quem levou cobertor, travesseiro, bolsa com frutas, bolsa com bolachas... parecia que a viagem iria durar dias. Teve gente que levou mãe, filha, cachorro, papagaio, periquito..enfim, a viagem mais parecia passeio que trabalho.

Como saímos muito cedo, todo mundo foi dormindo e quase nem acordamos nas paradas nas cidades da região para pegar o resto do pessoal. E, por isso, o abençoado motorista ficou com dó de nos acordar e bateu direto até São Paulo. Acordei - meio que acordei porque ninguém consegue dormir direito em uma van - e dei de cara com a Marginal e o Tietê... Jesus!!! Eram seis da manhã....e a prova era só às nove!!!

Bom, teve que chegou e foi direto fazer compras na feirinha da Madrugada. E teve gente - que como eu - teve até dificuldades de sair da van por ter ficado quase quatro horas na mesma posição, sem dar uma esticadinha nas pernas.
Tivemos que esperar até às sete da manhã para entrar na empresa e poder usar o banheiro e tomar um café decente. Desculpem os paulistanos, mas os "botequinhos" de esquina que servem o bom e velho pingado não estavam em bom estado de higiene na região onde estávamos.

A prova foi uma pequena piada à parte porque parecia fácil demais e desorganizada demais...Sei lá como fui.

Depois da prova, a turma resolveu bater perna nas ruas de comércio popular e eu tive que ir junto...hunf. Ninguém merece aquelas ruas lotadas, gente berrando "olha a água", "olha o celular", "olha o sei-lá-o-quê"; aquele trânsito de ambulantes se espremendo naqueles minis-calçadas e aquele monte de coreano junto...Jesus, apaga a luz!

Pela primeira vez na vida, eu mal podia esperar para voltar para casa. Tentamos ir almoçar em um restaurante que ficava à quatro quadras da empresa...e o restaurante já fechou as portas. Tivemos que voltar as quatro quadras, naquele sol do meio-dia e almoçar no refeitório da empresa mesmo.

A volta foi relativamente tranquila, mas eu mal podia esperar para estar em casa. Com mammy, pappy, nina... e o garoto! É, acho que ele tem muita culpa por eu não querer morar mais em São Paulo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Hiatus, hiatus, hiatus

Oi, tudo bem?

É, andei mesmo pensando nisso aí esses dias. Desde o mês passado, não passo por aqui para escrever uma letra sequer e, pra ser sincera, nem tenho tido muita vontade de fazer isso. Será que está na hora de parar com o blog? Ooooooooooooooooooh....

Bom, por enquanto, eu vou tentando adiar essa ideia e tento voltar aqui pelo menos uma vez por mês para tirar as teias de aranha e dar um oi para os poucos amigos que ainda restam e passam por aqui.

Novidades? Muitas... Talvez a mais considerável coisa que tenha acontecido nos últimos dias foi que pappy voltou a trabalhar!!! Glória a Deus!!! Aleluia!!! Festa no céu!!! Os anjos digam Amém!!!

No último dia do seguro desemprego dele, aos quarenta-e-cinco-do-segundo-tempo, ele recebeu um telefonema de um processo de seleção que ele tinha participado no início do ano e foi chamado para trabalhar na mesma área que eu e mammy trabalhamos, no mesmo esquema de horário. Engraçado ver como Deus tem seu jeito próprio de unir a família na hora certa; e olha que já passamos por cada coisa que ninguém diria que um dia estaríamos assim... Deus nos ajude a seguir adiante!

Ah, teve também outro acidente de trabalho do garoto que deu mais trabalho que o primeiro. Ele teve que ficar de molho por alguns dias em casa e, dessa vez, rolou um estresse maior que da outra vez porque eu quis tentar ajudar e pagar uma consulta em um especialista particular mas ele não aceitou e preferiu o "bom e velho" atendimento SUS... Puxa, fiquei muito chateada e brava e quase pensei em terminar tudo... mas acho que gosto mesmo dessa pecinha rara pra valer porque acabei não tendo coragem de fazer isso e ainda estamos juntos, apesar dos altos e baixos.

Ah, o ex-ex desencalhou e começou a namorar... e encheu o seu perfil no face de declarações melosas e montagens no photoshop com a amada... Deus abencoe os dois e que ele não seja tão cachorro com ela como foi comigo.

Quanto a minha pessoa, bem... eu estou tentando me achar de novo. Tem dias que acordo com a sensação que deixei de ser eu desde que comecei a namorar: o excesso de trabalho e compromissos pessoais me fizeram se afastar daqui, dos meus livros e dos meu velhos hábitos e tem dias que acordo com saudades de mim mesma. Mas será que não é apenas uma nova fase que estou vivendo e que, por isso, preciso abrir mão de velhos hábitos?

Sei lá...estou filósofa demais por hoje...


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Eu, o garoto, o zoo e o resto do mundo

Oi, tudo bem?


Imagine um lugar cheio. 

Agora imagine um lugar bem cheio.

Imaginou? 

Continue nessa linha e imagine um lugar super-hiper-ultra-mega-power-blaster lotado, com pessoas saindo por todos buracos, muito empurra-empurra e crianças, muitas crianças, milhares de crianças de todos os tipos, idades e educação (ou a falta dela) em volta. 

Conseguiu visualizar a cena? 

Ok, então seja bem vindo ao Zoológico de São Paulo em um domingo de férias!

Ontem, eu e o garoto resolvemos encarar essa aventura. Estávamos planejando isso há algum tempo porque tentamos manter a rotina de fazer pelo menos uma viagem de excursão por ano para tentar aliviar o estresse do dia-a-dia. No ano passado, fomos no Salão do Automóvel e, esse ano, resolvemos conhecer o Zoo de SP.

Tradicionalmente, o passeio oferecido pela agência de viagem incluía o Zoo e o Mercadão Municipal; porém, conforme o proprietário da agência me informou, no período de férias, eles excluem o passeio do Mercadão por causa da correria e das filas intermináveis que tem no Zoo. Segundo ele, os passeios anteriores foram bastante prejudicados por causa disso.

Apesar disso, eu na minha santa ignorância no conhecimento municipal da cidade, planejei que iríamos para o Zoo e depois poderíamos pegar um táxi e ir para um shopping que ficasse próximo. Doce ilusão...

A viagem de ida foi bem sossegada: tive que acordar às 3 da matina, passar pegar o garoto e fomos bem tranquilos até Sampa. Paramos no posto, ataquei o tradicional combo pão-de-queijo/chocolate quente e fui beliscando todos os petiscos que o garoto comprou para a viagem até chegar em Sampa. Apesar de termos algumas crianças no ônibus, na ida todos foram uns anjinhos e se comportaram muito bem.

Chegamos em São Paulo e começamos a atravessar a cidade. Literalmente, porque o Zoo fica do outro lado da entrada que pegamos. Eu comecei a desanimar ao perceber que só tinha mata, mato, jardim, árvore e nenhum ponto de táxi, ônibus, shopping ou qualquer outro sinal de civilização para onde eu pudesse correr depois. 

Devido a super lotação, não tinha lugar para estacionar o ônibus e tivemos que descer no meio da avenida (#ampliarestacionamentozooja) e nos deparamos com uma fila gigante de pessoas que estavam esperando para comprar o ingresso de entrada. Lógico que sempre tem o pessoal que quer dar "o jeitinho brasileiro" em tudo e começou a furar fila. Eu tentei manter a linha da boa educação que mamãe me deu e fui para o final da fila com o garoto que começou a estressar por causa do empurra-empurra das pessoas.

Depois de muita demora, espera e de vários fofos que deram o "jeitinho brasileiro" bem na nossa frente, conseguimos entrar... aleluia!


A visita ao zoo foi muito legal, apesar de tudo. Os preços de alimentação e lembranças são extremamente salgados e não dá para você trazer muita coisa para casa se estiver considerando uma visita econômica. 

Tinha muita gente, muita criança e a maioria dos animais estavam meio escondidos atrás de moitas, árvores ou dentro das caverninhas das suas áreas. O leão é praticamente um mito no zoo porque ninguém consegue tirar foto dele. Ficamos em frente à sua área por quase 40 minutos, esperando ele sair detrás da moita de bambu e nada. 

Tudo bem que nossa espera também foi porque um grupo de crianças - que mais parecia a excursão das chiquititas de tanta menina que tinha - nos encurralou em um canto e não tinha como sair ou se mexer ou respirar. E ela ficavam gritando "sai, leão", "aparece, leão", "vem, leão". O garoto até sugeriu que, talvez, se jogássemos uma das crianças lá dentro, o leão poderia acordar.... rsrsrs.... #maldade. Mas, sinceramente, se eu fosse o leão também ficaria dormindo ao invés de dar atenção praquele bando de barulhentos.

Infelizmente, fiquei um pouco decepcionada com o zoo porque não tem aquário, não tem pinguim, não tem bicho-preguiça, coala, gorila e serpente. Passei fome o dia inteiro porque o zoo é repleto de pequenas lanchonetes que só servem salgados e mini-lanches e os únicos 3 restaurantes que servem COMIDA de verdade me pareceram um pouco "sujinhos" para encarar.

Na volta, ao chegar no posto, já estava sonhando com um simples prato de arroz branco... graças a Deus, consegui comer um prato com muito arroz branco, salada de alface e beterraba, fritas e um senhor pedaço de alcatra mal-passada...aleluia!

O trecho entre o posto e chegar em casa foi meio tumultuado porque os "anjinhos" que estiveram tão quietinhos e comportados a viagem toda, resolveram acordar para valer e começar a fazer aquela farra no ônibus. Como tem criança que parece que não tem pai e mãe, ninguém dava bronca, ninguém falava nada e aqueles "fofos" ficavam bricando com a luz, chutando o banco e fazendo a mesma brincadeira por quase 20 minutos seguidos.... uma criança fala "toc-toc", a outra pergunta "quem é?", a outra responde "senhor banana" e eles caem na gargalhada (????).

Graças a Deus, eles desceram uma cidade antes da gente e deu pra dormir mais um pouquinho.

Enfim, recomendo o zoo de SP em período de férias se você tiver muito espírito de aventura, paciência e bom condicionamento físico. 

Ah, e se não tiver vontade de conhecer pinguim, peixe, gorila, bicho-preguiça, coala ou algum tipo de serpente.


terça-feira, 2 de julho de 2013

Seria o Facebook uma nova arma?

Oi, tudo bem?

Polêmia a frase acima?! Talvez. Mas é o que eu penso daquela rede social "fofa" que a cada dia torna-se mais hostil.

Sem citar nomes ou perfis, ultimamente o que tenho presenciado no mundo virtual é triste. Nossos "amigos virtuais" simplesmente repetem igual a papagaios eletrônicos todo o lixo que a mídia lança em nossas casas e mentes diariamente. E nisso, passamos a achar que todo manifestante é vândalo, que todo evangélico odeia gay, que todo gay odeia evangélico, que quem não compartilha correntes é chato, que todo mundo tem que aceitar aqueles joguinhos idiotas on line, que você tem que contar tudo da sua vida para todo mundo para ser cool, que todo mundo que discorda que o horário do culto não deve mudar em dia de jogo está "contra a obra da igreja"... enfim, é triste.

Às vezes, depois de ler posts ignorantes a respeito de algum assunto - ou de ter que ler comentários ignorantes no meu perfil sobre algum assunto que eu falei NO MEU PERFIL a respeito - eu até penso que seria melhor deletar aquela coisa e seguir minha vida no mundo real.

Mas o mais triste é perceber que, no mundo real, a coisa não muda muito não. As pessoas na vida real continuam a generalizar tudo e todos, seguindo - mesmo que inconscientemente - todos os conceitos e paradigmas que a imprensa tendenciosa nos joga diariamente em jornais, novelas, seriados, filmes.

Bom, mas acho que não vou mudar o mundo, certo?! E acho que mesmo que tente explicar minhas opiniões e convicções, as pessoas que não aceitam outras opiniões que sejam diferentes das delas, vão continuar a rotular, a achar que todo mundo é igual a uma determinada pessoa do grupo e que ninguém, ninguém mesmo pode pensar diferente porque isso é errado, é pecado.

E tenho dito.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Olha o SUS aí gente!

Oi, tudo bem?

Bom, estou escrevendo esse post bem depois do ocorrido, porque no dia do ocorrido não tinha condições físicas ou psciológicas de estacionar aqui para contar o que aconteceu. Foram 18 horas de pronto-socorro, médicos, exames e uma espera interminável em uma cadeira no corredor da Santa Casa. Mas não era eu que estava lá. Eram pappy e mammy.

De tempos em tempos - pelas nossas contas, a cada dez anos - mammy tem pedras no rim. E isso dá aquela cólicazinha básica que todo mundo conhece e já ouviu falar. Mas dessa vez, o bicho pegou. Ela foi trabalhar normal e até conseguimos dar uma corridinha no centro da cidade para comprar um casaquinho pra eu usar no dia seguinte no jantar de dia dos namorados que ia ter com o garoto.

Mas, depois de poucas horas, ela me ligou no trabalho para avisar que já estava em casa com cólica. Conseguimos "controlar" as dores até quase o meio da madrugada, na base de um monte de remédios e combinações malucas que não deram em nada. Eu sei, eu sei: todo mundo diz que auto-medicação é perigosa e que sempre devemos procurar um médico. Mas, cá entre nós, para quem conhece bem um pronto-socorro de SUS sabe que é melhor evitar aquilo a todo custo porque o estrago pode ser maior se você procurar um médico de lá. #ironia

Só que a dor chegou no limite extremo para mammy e, no meio da madrugada, depois de pappy sair correndo para comprar remédio na única drograria 24 horas da cidade, ela pediu pra ir pro pronto-socorro. Eu sugeri ligar para o SAMU porque todo mundo que chega de SAMU - mesmo que tenha apenas uma unha encravada - passa na frente e é atendido primeiro. Mas pappy não quis me ouvir e levou ela de carro mesmo.

E ficamos eu e a Nina em casa, orando pra dar tudo certo.

O primeiro atendimento foi imediato por causa do estado dela, graças a Deus. O médico deu soro, injeção, pediu ultrassom e pediu para ela ficar em observação. Detalhe 1: isso foi às 2h15 da madrugada e o atendimento do ultrassom só abria às 7h. Detalhe 2: não tinha leito disponível para internação e ela teve que ficar na maca no corredor mesmo.

Depois de momentos trágicos nos quais ela realmente pensou que ia morrer por causa das reações da cólica - e graças a Deus que isso não aconteceu, amém, aleluia, louvado seja Deus por isso - ela já estava se sentindo melhor e teve que "doar" a sua maca para outra paciente pior e passou o resto do tempo sentada em uma cadeira no corredor. #absurdo.

O ultrassom abriu às 7h, ela fez o exame e teve que esperar o médico vir conferir o exame para liberá-la para voltar para casa. 

E esperou. 

E esperou. 

E esperou.

Nesse período todo, pappy ficou com ela e se comportou como um marido. E eu nem acreditava nisso! Ele ficou lá, calmo, apoiando, fazendo tudo que estava ao alcance dele para garantir que a "estadia" dela lá fosse a mais tranquila possível. Para quem conhece o histórico de pappy, posso garantir que isso foi um milagre divino do qual eu precisava para descansar e poder pensar em casar porque agora sei que pappy vai cuidar bem dela. Na medida do possível porque a gente sempre fica um pouco incrédula com as coisas.

Enquanto isso, mammy esperou. E esperou. E esperou.

Com tudo isso acontecendo, ainda tive a visita do chefe na empresa e a organização da festa caipira que ia acontecer no sábado e o trabalho estava particularmente caótico aquele dia. Não foi fácil.

Enquanto isso, mammy esperou. E esperou. E esperou.

Depois de 18 horas - isso mesmo, 18 horas - o médico finalmente apareceu, avaliou os exames dela e deu alta. Passou os remédios para ela tomar em casa e pediu retorno no consultório dele depois de 2 semanas.

Essa semana ela voltou lá (escrevo isso em 2/7 mas a data do post vai aparecer mais trás porque tenho muitas atualizações pra fazer) e a abençoada da pedra não existe mais. E agora, ela vai seguir a vida tomando os cuidados necessários para evitar uma nova crise nefrética daqui..uns dez anos.

terça-feira, 11 de junho de 2013

A saga... sem-nome

Oi, tudo bem?

Estou no meio de uma saga que ainda não sei o nome.. poderia ser "romance russo", ou "minha casa, minha dívida" ou "pra onde vou, Jesus?"... todo esse drama para encontrar um lar pra mim.

Seguinte... há algum tempo que eu e o garoto estamos começando a ensaiar o projeto futuro chamado casamento. Por enquanto, é só ensaio mesmo porque ele não pediu minha mão oficialmente para pappy e mammy e muito menos pra mim - e comigo, vai ter que ajoelhar e caprichar, benzinho!

Então, durante o nosso ensaio, estamos procurando o nosso futuro cafofo. Agora, vamos ser sinceros - porque é tão difícil achar casa no Brasil, Senhor!? Na minha cidade - que é pequena e no interior do estado - a especulação imobiliária é um veneno e isso leva ao fato que o programa Minha Casa, Minha Vida da Caixa Econômica Federal não nos serve para muita coisa. Então, precisamos partir do ponto de guardar uma certa graninha para começar a pensar nisso.

E daí, partimos para o segundo ponto: o que fazer? Comprar pronta? Alugar? Construir? Financiar a construção e pagar o terreno? Ou ao contrário? E no meio de tudo isso, vem aquele mar de informações burocráticas e regras e taxinhas para pagar aqui e ali... e ainda tem pappy que não aceita a ideia que eu me case com dívida de casa - mesmo que ele e mammy tenham casado com um financiamento que só foi quitado dez anos depois com o dinheiro da venda da nossa única linha telefônica, na época que linha telefônica ainda valia alguma coisa.

E ainda tem a família do garoto. Sim, a família dele também palpita. Porque, apesar de pappy querer ajudar com boa parte da grana - que eu não gostaria de usar porque ele ainda está free all the time, ou seja, desempregado -, a família do garoto quer dizer o que devemos fazer com esse tal dinheiro. E meu querido sogro que é do ramo da construção civil só dá palpite, fica colocando defeito em todas as nossas ideias e dizendo que ele vai fazer a casa, que ele vai fazer o acabamento, que ele vai ajudar a arrumar a casa que a gente comprar... mas, na prática, até agora não vi ajuda nenhuma. 

E eu fico no meio desse fogo cruzado todo, tentando não magoar pappy e mammy, tentando não arrumar briga com o garoto, tentando não ofender os sogrinhos queridos com opiniões contrárias... olha, não está sendo fácil!