sábado, 16 de abril de 2016

Preto e branco

Oi, tudo bem?

Não sei se você tem a mesma sensação que eu, mas estamos vivendo na era preto ou branco, certo?!

Eu explico. Hoje em dia, não existe meio termo: ou é, ou não é. E quem é odeia quem não é e vice-versa.

Além disso, tudo parece ser demasiadamente em exagero, no limite. Agora, o assunto que pauta as redes sociais é a política: Dilma isso, Dilma aquilo. E aquela sucessão de posts e memes de quem ama a presidenta e de quem odeia a presidente. Por consequência, seguem os posts e memes de quem odeia quem ama a presidente e de quem odeia quem odeia a presidente. O mesmo vale quando se trata de religião, futebol... 

Já falei isso para você algumas vezes mas sempre me pego pensando em excluir minha conta no Facebook. Afinal, não lucro muito com aquilo e dificilmente ele me agrega algum novo conceito, um valor melhor. Ainda não sei porque não fiz isso.

Estou lendo um livro muito interessante e recomendo chamado "Para poder viver": é um relato de uma jovem norte-coreana que conseguiu fugir do seu país. Já tinha tentado ler há um tempo atrás "Fuga do campo 14" que trata praticamente do mesmo tema, só que é na versão masculina. Eu abandonei o segundo título porque é uma leitura extremamente pesada e difícil de digerir por causa dos fatos contados ali: não dá para acreditar que ainda existe aquele tipo de coisa nos dias de hoje.

O livro que estou lendo agora é mais leve, as histórias são pesadas e chocantes mas a escrita é mais tranquila. Mesmo assim, é difícil acreditar que ainda temos um país com esse tipo de política e que ninguém faz nada para salvar as pessoas que estão ali.

Por curiosidade, fui procurar nas redes sociais, algum relato sobre aquele país (no livro, ela conta que eles não tem acesso a páginas da Internet fora do país e a tv e o rádio são controlados pelo governo). Achei mais de uma página de pessoas que defendem aquele regime! Dá para acreditar?! Eles postam fotos lindas - e totalmente photoshopadas, claro - das ruas, monumentos, construções... como se tudo fosse lindo e justo! 

Vi uma foto de um templo cristão e questionei de onde era, uma vez sabemos que o socialimos não apoia a religião por ser "o ópio do povo". Simplesmente me responderam que era uma igreja na capital. Questionei que não sabia que podia ter igreja ali e a resposta veio do jeito que eu esperava: 

 "O Artigo 68 da constituição norte-coreana diz:
"Os cidadãos possuem liberdade à crença religiosa. Este direito é concedido através da aprovação da construção de edifícios de cunho religioso e sessões de cerimônias religiosas.
Ninguém pode usar a religião como pretexto para promover forças estrangeiras ou prejudicar o Estado e a ordem social."

Interessante... A crença religiosa está subordinada à autorização do governo para construção de templos. Por isso, muitos padres e freiras e missionários cristãos são condenados por atividade subversiva no país, uma vez que eles propõe adoração a outro ser que não seja o Grande Líder Presidente.

Por isso que ando tão triste com o preto ou branco que estamos vivendo hoje. As coisas não devem funcionar assim ou daqui pouco estaremos vivendo em um regime totalitarista como a Coréia. Temos que respeitar o outro e sua opinião, mesmo que ela seja diferente da nossa. O mundo não é só preto e branco: como diria EL James, temos vários tons de cinza..bem mais que cinquenta, com certeza.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Buscando uma nova versão

Oi, tudo bem?

Será que sou só eu que estou me achando cansativa e repetitiva? Sinto a necessidade de buscar uma nova versão de mim mesma porque não estou muito contente com a atual.

Desde que me casei, estou tentando achar meu lugar no mundo, minha nova versão de mim mesma. Os dias tem passado quase que no automático: levanto, tomo café, faço meu culto pessoal, limpo a casa, faço o almoço, faço alguma coisa da casa (lavar, passar, compras), vou trabalhar, volto e durmo.

Não tenho dedicado tempo para meus exercícios - apesar de nunca ter sido lá tão esportista, mas tinha a esperança que ia conseguir cuidar melhor da minha saúde quando estivesse por minha conta e risco. Meus livros então, coitados: estão praticamente abandonados na estante. 

Aquela sensação de estar correndo atrás do rabinho persiste e insiste. E, por isso, preciso de ajuda.

Você aí, como organizar sua rotina?! Sim, porque mesmo que você não seja casada, você deve ter suas obrigações diárias para cumprir. Como consegue conciliar trabalho, vida pessoal, blog, rotinas, tudo mais?

Tinha em mente que não ia gastar um tostão em 2016, que ia aderir a linha minimalista ao extremo e realmente valorizar todas as roupas que tenho e todos os livros que já tenho. #Fail

Já comprei lingerie, mais livros (um só, ok?! Mas considerando que tenho 4 do ano passado que ainda não li, fora os mil-e-lá-vai-cacetada de ebooks no drive....), uma camiseta e uma calça. Snif...

Achava que a vida de culinarista diária ia ser o máximo, que todo dia ia me sentir uma verdadeira Ratatouile... #Failagain Tenho um mês e meio de casada e já acho que estou me repetindo demais na comida, sem ideias de misturas legais para fazer de segunda a sexta, com a sensação de já comprei todo o mercado. Snif...

E aí, alguém tem sugestões para me ajudar?!

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Ooooops

Oi, tudo bem?

Primeiro acidente doméstico na vida de casada...

Cheguei ontem à noite na maior pressa para ir ao banheiro - porque nem tempo para fazer isso eu tive no horário do trabalho - e desci super correndo do carro.

Entrei no pique em casa e... da sala para cozinha a gente tem uma porta de blindex por causa do ar condicionado... e a porta estava fechada... e as luzes estavam apagadas.

Resultado: nariz sangrando e inchado e uma lasca do dente da frente a menos.

Graças a Deus que não quebrei o nariz e nem meu óculos estourou no meu rosto com a força da pancada.

Marquei dentista e ortopedista só para semana que vem - problema de quem depende de plano de saúde - mas estou me recuperando com muito gelo, analgésico e antiinflamatório.

Snif, snif snif.


sábado, 2 de abril de 2016

Corra Lola, corra

Oi, tudo bem?

Bom, as coisas pareciam que iam ser melhores... #sqn

O garoto ficou três dias fora trabalhando e eu pensei que ia curtir pra caramba a breve vida de solteira. #sqn

Ele voltou e eu achei que a gente ia se acertar e tudo ia ficar legal, #sqn

A nossa rotina anda meio enrolada, a gente não se entende muito com os horários e a sintonia a dois ainda está demorando para pegar no tranco.

E eu tinha a doce ilusão que estava me sentindo meio frustrada com tudo porque não tinha uma baixinha de 4 patas em casa.

Eu sempre tive cachorro; quando estava na barriga de mammy ainda, ela adotou a Bolinha da rua... meu pai quase atropelou ela no meio da noite e levou a pequenininha pra casa e, óbvio, ela ficou de vez. Era uma lady.

Então, era óbvio ligar minha frustração ao fato de que estou morando em uma casa com uma pessoa e sete peixes. Sem cachorro. Sem companhia. Sem ninguém para me abanar o rabinho - apesar do garoto bem tentar fazer isso do jeito dele kkkk

Participo de vários grupos de doação de cães na minha cidade, pessoas que recolhem cachorrinhos de rua, pessoas que perdem seus cachorros e por esses dias apareceu uma cachorrinha muito fofa que me interessou e, de comum acordo com o garoto, fomos atrás.

Chegando na casa da "doadora"... bem...a situação não era exatamente como eu esperava. A cachorrinha foi abandonada por um cara que foi embora da cidade e a deixou com a vizinha com a promessa de voltar para buscá-la #sqn 

Mas a história não pára por ai. Além da cachorrinha ser bem maior do que parecia na foto, ela tem um irmão enorme que foi criado junto com ela desde pequena e que ela é super apegada. A "doadora" queria que a gente levasse os dois, mas a gente explicou para ela que não tínhamos condições.

A princípio, eu assustei com o tamanho dela e o garoto assustou com a coceira que ela estava no corpo. E ainda tinha o fator irmão, do qual ela não desgrudava de jeito nenhum. A "doadora" foi muito "boazinha": ou vocês levam ela ou eu vou soltar ela na rua. Com tantas alternativas, a gente resolveu trazê-la pra casa.

E... eu percebi... com muita dor no coração... que eu não nasci para ter cachorro em casa. Eu amo a Nininha e ela sempre vai ser a minha Tatinha querida, meu pudim de estimação. Mas eu nasci para estragar cachorro, para ensinar coisa errada, para fazer farra. Não tenho muito paciência para educar e acabei dando mais bronca nela nas poucas horas que ela estava em casa do que o garoto.

Ela foi bem arisca no carro e não parou um minuto quando chegou em casa: andava para lá e para cá, choramigando, parecendo que estava procurando o irmão. Quando resolvemos testar de deixar ela sozinha no quartinho dela.... ahuuuuuuuuuu!!! Ela começou uivar alto, sem parar. O garoto ainda tentou deixar a luz da lavanderia acesa, mas não adiantou.

**Daí, nosso vizinho veio nos perguntar se estávamos com cachorrinho novo porque estava fazendo barulho e o bebê dele tinha acabado de pegar no sono.

Foi o suficiente para eu entrar em pânico, começar a chorar e o garoto resolver bancar o macho-alfa pelo menos uma vez na vida. Pegou a garotinha, colocou no carro e levou de volta.

Chegando lá, a "doadora" já tinha ido embora e estava apenas o marido dela que tem lanchonete na mesma rua. A história contada por ele divergiu um pouco da versão dela: a cachorra fica na rua mesmo porque a família que ficou com ela não a trata muito bem. Eles ficam com eles dentro de casa para evitar que eles avancem nos clientes da lanchonete. Eu até estranhei que, quando chegamos de volta lá, a cachorra não parava quieta dentro do carro e, na hora que eu desci com ela, ela disparou na rua e foi embora. Minutos depois, ela reapareceu e ficou se esbaldando na pracinha, se esfregando na grama e nem deu bola pro pessoal da lanchonete. Se fosse mesmo uma cachorra de dentro de casa como ela tinha dito, acho que o mínimo que ela iria fazer era corrrer pro portão da casa dela, certo?!

Enfim, nossa primeira tentativa de ter um cachorro durou cerca de duas longas e difíceis horas. Voltamos, tentamos sair para comer mas já estava tudo fechado e o garoto acabou fazendo lanche em casa mesmo. 

Continuem torcendo pela gente, ok?!

quinta-feira, 31 de março de 2016

Ainda correndo atrás do rabinho

Oi, tudo bem?

Puxa, eu sei que deveria ter voltado antes para contar tudo sobre o meu novo status - CASADA - mas não tenho tido muito tempo para isso. Na verdade, eu acho que até tenho tempo mas o problema maior está em organizar tantas coisas para fazer ao mesmo tempo.

Com certeza, eu sei que sou mulher porque consigo fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Tipo, as tarefas da casa: enquanto a roupa lava na máquina, a fritura está na AirFryer, o arroz está na panela e eu estou tomando banho, enquanto baixo o último episódio da minha série para ver. Viu, que chique!?

Ainda não consegui me organizar dentro do tempo que eu tenho e isso está me incomodando bastante. Já percebi que nas semanas que eu páro para fazer alguma coisa só minha, eu acabo me sentindo melhor. Mas com a correria trabalho/casa/casamento/família/amigos/igreja... ufa, não me sobra muito tempo mesmo.

Estou completamente sem assunto para escrever aqui. Comecei o 2º volume da saga da família Baxter - Lembrança - mas não passei da página 50 ainda; e olha que o livro parece ser muito bom. Essa semana eu até pensei que ia conseguir me dar um tempo porque o garoto foi trabalhar em outra cidade e ficou 3 dias fora. 

No primeiro dia - é óbvio - dormi na casa de mammy para matar a saudade dos papos até altas horas da noite e da tv por assinatura. Até fiz uma faxina para ela durante o dia e foi meio estranho porque algumas coisas não estão mais como estavam antes, no mesmo lugar, do mesmo jeito. Mas, sendo bem sincera, não estranhei a casa como algumas pessoas me falaram; até gostei da sensação de voltar.

Mas no segundo dia eu tinha intenção de dormir sozinha em casa para experimentar um pouquinho de liberdade e solidão. Mas quem disse que eu consegui? Pappy ficou me enchendo o saco - parece que ainda tenho 5 anos - e fez que fez que mammy foi dormir lá comigo. Ela teve que dormir no sofá da sala e até gostou da experiência, mas eu fiquei bastante chateada porque não tive a chance de ficar um pouco sozinha. Sei que parece que estou reclamando de barriga cheia - e acho que estou mesmo - mas às vezes parece que ninguém quer me deixar crescer.

A convivência com o garoto não anda fácil... deve ser a tal adaptação do primeiro ano... estamos realmente tendo alguns problemas chatinhos, que incomodam... coisas que não são tão graves quanto a gente olha de cabeça fria... mas que enchem o saco quando estamos de cabeça quente... e tem toda uma adaptação para fazer né?! Toda a intimidade, os costumes de cada um, o jeito de cada um... ufa, dá pra cansar só de listar as coisas. 

Vai ver que é por isso que não estou escrevendo tanto aqui: não tenho tanta coisa para contar e não vou ficar listando meu cantinho com reclamações e problemas. Até porque tem problemas que só competem à mim e à ele para resolver.

Torçam pela gente!

quarta-feira, 23 de março de 2016

segunda-feira, 21 de março de 2016

Tema de março: Ser mulher é

Oi, tudo bem?


Ser mulher é.... ser controversa, ser um milhão de coisas ao mesmo tempo. E também ser sonhadora, simples, ser única.

Ser mulher é... ser sensível, ter os sentimentos à flor da pele. E também ser durona, segurar o choro e levantar o queixo para enfrentar o que for.

Ser mulher é... andar de salto alto, caprichar na maquiagem, gastar horrores no salão. E também ficar com a camisa da última eleição e chinelo havaiana em um domingo a tarde só para curtir o Faustão. De calcinha bege.

Ser mulher é... ser filha, amiga, mãe, namorada, esposa, empresária, professora, gerente, freira, pastora, cozinheira, motorista, pedreira, garota de programa... xiiii, a lista vai longe.

Para mim, a melhor definição para ser mulher é: não ter limites. Foi-se o tempo que não podíamos usar calça, não podíamos estudar, não podíamos votar. Agora, a gente usa microshorts, faz PHd na área que quiser, vota (e se arrepende quase sempre) e trabalha em dupla, tripla jornada se precisar para garantir nossa grana e indepedência. E tudo isso sem perder a graça e a delicadeza que nos é tão peculiar.

Ser mulher é saber que... o céu NÃO É O LIMITE!