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domingo, 7 de setembro de 2014

Vamô encarar a pista, Toddynho!

Oi, tudo bem?

Bom, para quem está por aqui há muito tempo, já sabe que não sou adepta de levar o Toddynho para passear na estrada.

Há muito tempo atrás, tivemos nossa primeira experiência na estrada (que nem foi registrada no outro blog aqui ó). Era o velório do pai de mammy e nós fomos com o Toddynho que era o melhor carro da casa. Só que, no meio do caminho, o bichinho começou a ferver, esquentar e não tinha como diminuir a temperatura do carro. Pappy assumiu o volante - até então era eu que estava aprendendo a dirigir na época - e viemos em ponto morto até quase metade da rodovia. Depois, tivemos que apelar para o guincho da concessionária. E olha que o negócio veio rápido!

Daí, só deu eu vindo de guincho, sentada naquele banco de caminhoneiro com veludo azul, ouvindo sertanejão a todo vapor e chegando na entrada da cidade em pleno domingo à tarde, quando todos os gatinhos estavam no posto tomando uma gelada - nessa época, não existia o garoto, ok?! - DE GUINCHO. E com pappy do lado pra ajudar no mico.

Bom, depois dessa experiência traumática, tentamos mais uma vez em uma viagem a trabalho que tive que fazer para uma cidade próxima. Pappy estava sem trampo na época e foi de co-piloto. E, no meio do caminho de volta, enquanto eu estava dirigindo, fomos parados por uma blitz policial. Para verificar documento? Nãããããããão. Para pedir carona para minha cidade pro guardinha que estava saindo do serviço. Conclusão: com o guarda no banco de trás, pappy assumiu o volante e lá se foi mais uma oportunidade de eu pegar o jeito da pista.

Agora, tivemos mais uma oportunidade depois de muito tempo: o chá de cozinha da minha prima. Ela mora em uma cidade pequena aqui do lado e, como o negócio era só para mulheres, não dava para levar pappy ou o garoto de motorista. E mammy e eu não iríamos de busão até lá em pleno domingão, né?!

Então, eu arrisquei ir um final de semana antes para ver o caminho certinho com o garoto e encarei a responsabilidade com mammy no domingo seguinte. Confesso que dava para quebrar uma garrafa de vidro no meu braço de tão tensa que eu estava. Fui bem devagar, dentro dos limites, não ultrapassei, não cortei caminho, segui a rota certinho para não ter erro e dar vexame com mammy com carro.

E não é que deu tudo certo?!

A festa foi gostosa, mas mammy nem quis ficar muito para não voltarmos muito tarde. E, para ser sincera, não dava para ficar muito tempo lá porque o salão era muito abafado e o calor estava difícil de suportar. Na volta, vários carros vieram dando sinal de luz na pista e fiquei preocupada porque era sinal de acidente ou polícia na pista. Segunda opção, senhoras e senhores. 

Eu fui chegando e já dando seta para encostar, mas o abençoado policial fez sinal para eu seguir e parou o carro de trás. Obrigada, Senhor!!!!

Resumo da festa: graças a Deus, fiz tudo certinho, Toddynho provou mais uma vez ser um companheiro de aventuras e ganhei a confiança de mammy para outras viagens futuras. Ebaaa!!!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Me Jane. You Tarzan.

Oi, tudo bem?

Bom, ontem tivemos nossa última viagem juntos.... trágico? Não, realista. Foi nossa última viagem juntos antes de começar a economia generalizada de 2014 para o Projeto Casa e a Operação Casamento. Daqui para frente, levaremos vidas humildes sem grandes gastos ou luxos. Só passeios extra-econômicos, jantinhas em casa com itens do mercado que dá para comprar com o cartão do trabalho e filmes que passarem na tv por assinatura para evitar gastos na videolocadora. 

Então, a gente tinha que encerrar em grande estilo certo?!

E lá fomos nós para Brotas - SP. Interiorzão do meu coração, mato, moda de viola e tudo que o garoto A-D-O-R-A. E eu O-D-E-I-O rsrsrs. Tudo bem, eu não odeio, estou usando força de expressão. É que se me oferecerem um passeio no shopping ou uma ida para São Paulo ou uma visita a uma fazenda, adivinha o que eu vou escolher? Lógico que o asfalto né?! Trânsito, poluição, correria, estresse... eu A-M-O tudo isso!

Esse negócio de sombra e sossego é para ele. Ele adora e, por isso, eu vou atrás porque o amor faz isso né?! A gente sempre quer agradar o serrrrrrrr amado - e eu gosto para caramba desse garoto!

A gente não estava muito animado para ir porque ele estava bem cansado e eu ia ter uma semana pesada de trabalho pela frente; quase amarelamos. Mas o dia estava tão bonito e estava tão calor para ficar dentro de casa vendo tv que a gente decidiu ir. 

Primeira parada - supermercado. Não para comprar comida, salgadinhos ou água para viagem. Para comprar meia. Porque o garoto só tem meia social e estava indo de tênis sem meia para andar no mato. Então, a gente precisou parar para comprar uma meiazinha básica para garantir o conforto dele na viagem né?! E, nesse momento, vem aquela frase "só comigo acontecem essas coisas" rsrsrs.

Na ida, fomos por uma estrada antiga que ainda não está duplicada mas foi recapiada esses dias e tem umas vistas muito lindas... só que fica bem mais longe né?! E eu não sou muito fã de estrada antiga porque tem aquelas coisas no meio da estrada, com aquelas cruzes para marcar onde teve acidente e morreu gente e fica cheio de flor e imagem de santo quebrada.... eu não gosto daquilo, mas meu olho tem imã para achar aquelas coisas na pista... .afffff! Por isso, eu amo estrada nova e duplicada!

Chegamos meio assim.... com muita fome e fomos conhecer o Cammilo, o restaurante que dizem que é da família do cantor Daniel. O lugarzinho é legal, mas para ser sincera, esperava mais. Restaurante com churrascaria que não tem batata palito frita não serve para mim. E nem tinha beterraba na parte de salada!  O precinho é meio salgado, mas já era de se esperar porque é cidade turística e tudo fica mais caro, certo?! Mas o que mais valeu lá foi a alcatra mal-passada que eu comi (amo carne mal passada para desgosto de mammy que diz que é pecado comer carne com sangue porque está na bíblia... e eu já li esse texto, mas amo esse tipo de carne ... snif...) e o show do Vitor e Leo que estava passando no telão com aqueles clássicos sertanejos de antigamente (teve uma participação do cantor Marciano e o cabelinho dele está uma graça na versão chapinha-progressiva 2014... e eu que sou da época que ele usava mullet e topetão estilo Chitãozinho-Xororó... rsrsrs... saber que eu já usei esse penteado quando era criança, mas meu consolo é que quase todas as crianças da década de 80 também usaram rsrsrs).

Depois de lá, a gente fez o típico passeio de casalzinho do interiorrrr... sorvete na pracinha. O sorvete - diga-se de passagem - foi a bola de creme mais cara que paguei desde a Gelateria Parmalat. Mas estava tão calor, tão calor, que não deu para falar não. Daí, ficamos lá, fazendo a digestão, tomando sorvete, vendo o "movimento" passar... ô vidão bão sô!

Mas o objetivo do passeio era a Cachoeira do Martelo. A gente já tinha visto o caminho uma vez - uma estradinha de areia que não acaba mais - mas quando fomos a primeira vez, já era noite e não deu para encarar os 9 km de estrada de areia no escuro. Então, a gente resolveu encarar de dia mesmo.

E fomos indo. E indo. E indo. E... achou que chegamos? Não... vamos mais um pouco. Mais umas curvas, umas pedrinhas, umas ondulações e... Não, vamos andar mais um pouco. As plaquinhas - que começaram bonitinhas e enfeitadas, foram ficando mais feias e velhas conforme entravamos mais no mato.

Até que chegamos.

Ufa.

O lugar é lindo. E custa 20 reais por pessoa para visitar. O negócio é pagar e descer de carro até a mata - porque você vai sem guia nenhum e a gente bem que quis descer a pé mas é bem longe e tem umas vaquinhas fofas que ficam dormindo no meio da estradinha... e não dá para encarar espantar vaca a pé! 

Quando a gente chega na mata é que você tem noção de onde vai entrar. É mata fechada mesmo, daquelas com trilha para andar. E haja subida, pedra, galho, mosquito. Bom, enquanto estávamos só nós dois, eu estava tranquila, pagando meus micos, reclamando, falando, falando, falando. Mas teve uma hora que a gente encontrou um casal do tipo aventura que quis vir junto com a gente. Sabe aquele povo que adora esse tipo de programa? Faz rapel, canoagem e caça até cobra se der?! Eu detesto esse tipo de gente porque eles olham para seres como eu e pensam "bicho de asfalto", "patricinha", "fresca". Posso até ser. Mas não gostam que me chamem assim... tenho sentimentos snif....

Ainda bem que eles ficaram com a gente só até chegar à primeira cachoeira. Que é bonitinha... só bonitinha porque ela é pequena, cheia de pedra com limbo que não deixa você chegar muito perto e com muito mosquito. Muito mesmo. Eu não gostei muito dela, mas o casal aventura foi até chegar embaixo da queda d´agua. E o garoto ficou só olhando na dúvida entre ir atrás deles e ficar comigo. Ele acabou ficando no meio do caminho e eu fiquei um pouco para trás, tentando tirar foto.

Mas ainda tinha mais uma subidinha básica de alguns quilômetros para chegar, finalmente, à tal Cachoeira do Martelo. E posso confessar? Valeu cada pedaço. Não sei do que tomei picada - se é que tomei picada de algum mosquito, só espero que não seja da dengue de novo - mas o cansaço, o suor e tudo o que passamos valeu muito para ver aquela maravilha que Deus criou de pertinho.

Ela tem quase 40 metros de queda e faz aquele vaporzinho de água que é geladinho e refrescante. Tem pedra lá também, mas elas estão de um jeito que formam dois laguinhos que dá até para entrar dentro: água cristalina e sem aquele limbo nojento da outra. Eu não cheguei a entrar dentro - estava com medo de cobra - mas não resisti e tirei o tênis para, pelo menos, colocar o pé na água. Simplesmente, uma hidromassagem natural. Poderia ter ficado com os pés ali até agora. Maravilhosa!!!!

Ficamos lá, olhando, babando tudo aquilo. E claro que tiramos muitas fotos. De todos os jeitos possíveis. E filmamos aquela água maravilhosa caindo. E nem deu vontade de vir embora, mas era preciso.

A descida foi até mais legal porque estávamos bem mais relaxados. Paramos no barzinho da entrada da fazenda para tomar uma coca e voltamos muito mais felizes do que fomos.

Cachoeira do Martelo - vale a pena conferir!


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Tá nervoso, vai pescar!

Oi, tudo bem?

Quem nunca ouviu essa frase na pior hora da vida, quando você quer "pular
na garganta de um"? Bom, eu nem sabia direito o que era pescaria, a não ser pelos programas de pesca que pappy assistia todo domingo de manhã quando eu era criança. Mas o garoto.... bom, ele é fã de... hum... digamos... coisas do campo, como música caipira, viola... e claro.... pescaria.

O convite para acompanhá-lo na empreitada aquática veio alguns dias antes do feriado, já que teríamos um dia inteiro junto para não fazer nada e já fazia muito tempo que ele não ia pescar e queria pegar estrada comigo. Eu sou do tipo que adora coisas novas, aprender coisas novas, conhecer novos lugares... e esse passeio seria uma ótima oportunidade para eu ver/conhecer/aprender sobre um assunto que eu nem sonhava chegar perto.

Eu sempre fui bicho-de-asfalto, né?! Do tipo que adora shopping, cinema, teatro, um bom livro e nada de mato, pernilongo, verde, natureza. Tecnologia é a minha praia! Mas, vamos admitir, estamos nos adaptando a toda essa nova realidade que está cercando a minha vida, certo?! Bom, depois de levar mammy almoçar fora porque era feriado e ela merecia uma folga do fogão - a gente foi no restaurante de massa que ela ama e deixamos a dieta de lado para nos entupir de penne ao molho rose...que delícia!

Pegamos a pista e já no começo do passeio, ele me propôs uma novidade: pararmos para conhecer um spa/hotel-fazenda que ficava no caminho e que ele conhece os donos por causa do trabalho. Eba!!! Eu adoro isso, adoro quando coisas imprevistas acontecem e as pessoas topam de cara. É claro que aceitei, né?! Fomos dar uma volta, conhecemos as acomodações e todas as atividades e pacotes que eles oferecem.

Confissão: achei o lugar um pouco caro pela infra-estrutura que eles oferecem (e quase tive um enfarto quando vi que uma das proprietárias tem um sapo de estimação...isso mesmo, minha gente: um S-A-P-O). Além do que, a gente aprende que Photoshop em site é tudo porque as fotos do site são bem mais bonitas do que o original. Mas.... valeu a experiência.

Depois disso, pegamos uma estradinha de areia sem fim até chegarmos no nosso destino: o pesqueiro. Agora, vamos a parte que interessa: não gostei do ritual da pesca! Pronto, falei.

Você tem que pegar a pobrezinha da minhoca e fazer ela engolir o anzol (tudo bem que existem outros tipos de isca como ração, salsicha, acerola mas o garoto é da turma tradicional); daí, você joga a vara e corre o risco de enroscar em algum pobre coitado que estiver passando atrás de você; fica horas segurando a vara e pensando em nada; e, se der sorte, pega o peixe, arrasta o coitado pelo queixo preso no anzol e deixe o pobrezinho morrer asfixiado fora d´água para depois poder servir um bom filé para os amigos. Honestamente, prefiro comprar o bichinho pronto no supermercado sem ver toda essa tortura.

Eu encarei o programa - e até gostei bastante - porque acabei fazendo as adaptações necessárias. Arrumei um banquinho pra sentar, o garoto fez toda a parte "legal" da minhoca e tudo mais e ficamos a tarde toda conversando sobre a gente, sobre a vida, sobre tudo. Já até previ o futuro: nas próximas, eu levo um livro enquanto ele se preocupa com o anzol. O importante é ser companheira!

Sempre aparece alguém para se aparecer né?! E neste dia não podia ser diferente. Estamos nós, lá no pesqueiro, sentadinhos na sombra, namorando, enquanto esperamos o peixe pegar a isca quando chega aquele típico tiozinho de meia-idade que entende tudo de pesca, com sua super maleta e todos os equipamentos dignos de uma pesca marítima. O cara montou um verdadeiro arsenal de guerra do nosso lado, enroscou a linha dele na humilde varinha do meu garoto e, em menos de dez - eu disse DEZ - minutos, já saiu puxando um peixão de 1,5 quilo. Assim não vale!!!

Saldo do dia: continuo sendo bicho de asfalto, mas podemos abrir exceções em nome do amor.... .;)