sábado, 30 de janeiro de 2021

30 de janeiro

Oi, tudo bem?

Hoje, quero trazer a resenha de um dos melhores livros que li na vida - já saiu da minha pilha da vergonha de livros parados (há mais de 1 ano esse livro estava na minha pilha da vergonha) para a pilha dos livros queridos da estante. 

Título: Refúgio Secreto. 

Autores: Corrie Ten Boom, John e Elizabeth Sherill. 

Páginas: 296. 

Editora: Publicações Pão Diário

Corrie tem Boom foi uma relojoeira holandesa que se tornou heroína da Resistência, sobrevivente dos campos de concentração e uma das mais notáveis evangelistas do século 20. Durante a 2ª Guerra Mundial, ela e sua família arriscaram suas vidas para ajudar judeus e integrantes da Resistência a escapar do nazismo e, por causa dessa iniciativa, eles foram presos e enviados para os abomináveis campos de extermínio. O livro narra a história de como a fé triunfa sobre o mal. 

"Foi assim que aprendi que não é em nosso perdão, nem em nossa justiça própria, que repousa a sorte do mundo, mas nos do Senhor. Quando ele nos ordena que amemos os nossos inimigos, ele nos dá, juntamente com a ordem, o seu amor".

O livro conta, de forma curta e agradável, passagens da infância e criação de Corrie e seus irmãos antes de chegar a 2ª Guerra. Seu pai mantinha uma relojoaria, profissão que Corrie viria a adotar mais tarde, e viviam ela, suas duas irmãs, seu irmão, seus pais e suas duas tias solteironas.

Cornelia Johanna Arnolda ten Boom, conhecida como Corrie (15 de abril de 1892 – 15 de abril de 1983) já tinha mais de quarenta anos quando começou a segunda grande guerra. Ela e sua família eram holandeses cristãos e, num primeiro momento, eles acreditaram que a Holanda conseguiria se manter neutra na guerra -  o que não aconteceu, infelizmente.

Quando a guerra começou foi inevitável não ajudar os judeus que conheciam, não importa se estivessem correndo perigos. A pequena casa no Haarlem se tornou uma espécie de Centro de Operações e pouco tempo se passou até que eles também tivessem hóspedes fixos morando escondidos com eles. Dessa forma, eles viriam livrar muito judeus da morte certa nas mãos da SS nazista. A devota família cristã dos ten Boom era conhecida pela sua atitude prestativa para com todos. Com relação aos judeus, isso foi ainda mais acentuado pelo reconhecimento dos ten Boom da importância do povo judeu nas escrituras e na fé cristã: eles chegavam a se preocupar em providenciar comida kosher e respeitar o Sabá.

“Como podemos levar qualquer coisa pra Deus? Como nossas pequenas quinquilharias podem lhe interessar? Jesus querido, agradeço por termos que ir de mãos vazias. Agradeço por tudo, tudo o que fizeste na cruz, e porque tudo o que precisamos na vida ou na morte é ter certeza disso”.

"Amor. Como era que se mostrava amor? Como Deus poderia demonstrar, ao mesmo tempo, amor e verdade, em um mundo como este? Morrendo. A resposta me ocorreu  da maneira  mais  vivida  e aterradora possível: a forma de uma cruz marcara a História."


Por um bom tempo, Corrie e sua família conseguiram colocar em prática Mateus 25:40, acolhendo àqueles que sofriam, assim como Jesus ensinou. Mas em determinado momento, um colaborador holandês denuncia a família Ten Boom pelo que estavam fazendo e, consequentemente, a família toda, bem como alguns amigos que também cooperavam, são presos e levados ao campo de concentração nazista. Eles foram enviados para a prisão de Scheveningen, em seguida para o campo de concentração Vught (ambos na Holanda), e finalmente para o campo de Ravensbrück, na Alemanha, em setembro de 1944 – sem spoilers para você ler o livro.

“E nosso sábio Pai do céu também sabe quando vamos precisar das coisas. Não corra à frente dele, Corrie. Quando chegar a hora da morte de algum de nós, você irá procurar dentro de seus coração e encontrará  a força que precisar. No momento certo”.


No filme “O Refúgio Secreto” (tem no youtube), Corrie narra o episódio de sua saída do campo de concentração, contando que mais tarde ela soube que sua soltura havia sido um erro burocrático e todas as prisioneiras de sua idade no campo foram todas mortas uma semana após sua libertação.

“É preciso contar às pessoas que aprendemos aqui. Temos que dizer que não há poço tão fundo, que o amor Dele, ainda mais profundo, não consiga alcançar. Elas vão nos ouvir, Corrie, porque estivemos aqui”.

“Apenas o céu revelará o lado direito da tapeçaria de Deus”.

Ten Boom foi homenageada pelo Estado de Israel pelo seu trabalho em auxílio ao povo judeu. Ela foi convidada a plantar uma árvore na Alameda dos Justos, em Yad Vashem, próximo a Jerusalém. Em dezembro de 1967, Ten Boom foi honrada com a inclusão de seu nome nos “Justos entre as Nações” pelo Estado de Israel.

Em 2007, seu pai e sua irmã Elisabeth receberam a mesma honraria.

Ten Boom foi homenageada pela Rainha da Holanda em reconhecimento ao seu trabalho durante a guerra e um museu em homenagem a ela e sua família foi criado na cidade de Haarlem.

Tanto Corrie quanto sua família, principalmente sua irmão Betsie são um exemplo de fé cristã.

Por esses e outros motivos, é difícil transmitir o tanto que esse texto tocou minha mente e meu coração. 

Grifei diversas citações dela e de sua irmão Betsie - que me causou mais admiração ainda - e com certeza vou levar essas observações para a vida! 

“O círculo de algodão azul me dizia que quando estamos nos sentindo mais pobres, quando perdemos um amigo, quando um sonho é desfeito, quando aparentemente nada no mundo resta para deixar a vida bela, é que Deus fala: Você é mais rico do que imagina”

 “O que alimenta a alma é tão importante quanto o que alimenta o corpo”.

Na atual situação que vivemos, com tantas incertezas que falta de compaixão e amor ao próximo, é um livro que definitivamente merece ser lido e relido para "levarmos à mente o que nos dá esperança".

“Não há ses no tempo de Deus – eu podia escutar sua voz dizendo isso. Teu tempo é perfeito. Tua vontade é nosso refúgio secreto. Senhor Jesus, mantém-me de acordo com a Tua Vontade e não me deixes enlouquecer fazendo conjecturas fora dela”.



segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

25 de janeiro

Oi, tudo bem?

Chegando no 25º dia desse ano que se diz 2021 mas com cara de 2020. Alguém aí de saco cheio da humanidade? Gente, eu achava que ia ficar com mais empatia e mais amor ao próximo depois de passar por tudo isso, mas percebi que estou com mais ranço de gente do que nunca.

25º dia do ano. O que fiz até agora? Vivi, sai um pouco para não surtar (e gastei vários álcoois-géis para sobreviver), já li 2 livros e ainda estou trabalhando.

A nossa virada do ano foi a mais inusitada da vida: ficamos eu e o garoto no quarto esperando dar meia noite, demos o extrato de maracujá para Neguinha e... nem um rojão! Nem unzinho sequer! Nem parecia virada de ano: não tinha queima de fogos na tv, não tinha barulheira do vizinho, nada. Só silêncio.

Não tivemos almoço de início de ano porque mammy estava com labirintite que passou depois da consulta no médico que fez umas manobras para colocar os cristais do labirinto no lugar.

No 2º dia do ano, colocamos Bolinha para pegar estrada. Fomos até Ribeirão Preto para conhecer uma nova loja de aquarismo que o garoto queria ver e depois fomos no Ribeirão Shopping: tudo devidamente seguindo os rigorosos padrões de higiene, saúde e segurança da APEB (siglas do meu nome kkk): só tirei a máscara para almoçar, desinfetei pratos, talheres, copos, mesas e tudo que tocamos. As mãos ficaram ensebadas de tanto álcool gel. Pude voltar no Starbucks e confesso que nem lembrava como fazer o pedido depois de quase 1 ano de distância. Na livraria, lógico comprei 2: Adultos e O Tratador do Zoológico de Mossul.

Voltamos a vida “normal”, que significa trabalho com muitos desafios pela frente. E, claro, que o covid tinha que atrapalhar. A galera pegou pesado no final do ano e agora estamos com a conta de hospitais lotados e falta de tudo: medicamento, oxigênio, leitos, esperança. Aqui na minha cidade, regredimos para a fase mais crítica (vermelha) que tem mais cara de rosa bebê: tem o decreto super rigoroso que manda fechar tudo, mas todos dão “um jeitinho” de funcionar de alguma forma. E assim o Brasil segue.

Por isso, meu ranço tem crescido.

Fiquei sabendo que uma família próxima muito querida minha passou por maus bocados no final do ano com os pais doentes, irmãos doentes e outros suspeitos e me senti mais ainda isolada do mundo por ficar sabendo disso só depois, sem ter tido a chance de poder ajudar de alguma forma.

Quanto à minha lista de filmes e séries, já foram alguns para conta:

Lupin - Assane Diop (Omar Sy) é um homem que viu seu pai ser acusado injustamente de um crime. Agora, ele está em busca de vingança e, para isso, se inspira em Arsène Lupin, o famoso “ladrão de casaca” da literatura francesa. Para quem gostou de Intocáveis e Chocolate, mais um filme com esse ator incrível

Wandavision: nada é o que parece! Wanda e Visão estão casados, levando uma vida pacata em um subúrbio tipicamente americano com várias referências à sitcons clássicas. Mas... nada é o que parece e, a cada episódio, o plot da história fica mais sinistro... e interessante!

Mulher Maravilha 84 : Deus me livre! Que filme chato! Que história sem pé nem cabeça... um desperdício de tempo.

Acquaman:  mais um da galera DC que achamos em uma videolocadora (sim, isso ainda existe na minha cidade) e que é entretenimento puro para quem não quer pensar e só quer passar o tempo.

Os livros lidos até agora:

Operação Nínive: uma releitura do livro bíblico de Jonas à luz do problemas de hoje como terrorismo, guerras e racismo. Livro curto que vale a sentada para ler.

Espelho, Espelho Meu... Agora O Espelho É Deus: livro curto escrito para garotas adolescentes com “dicas” de como se comportar de acordo com a vontade de Deus. Confesso que alguns capítulos deram sono, tamanho foi o machismo do texto. Mas vale a leitura e, como bem disse o apóstolo Paulo, “ouvi de tudo e retém o que é bom”’.

Seguimos na vida de sempre, orando para permanecermos bem até virar jacaré -  entendedores entenderão.
 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Retro 2020 - parte II

 Olá, tudo bem?

Seguindo à retrospectiva tradicional do final do ano (que parece que nunca acaba ou que passou rápido demais), vamos à nossa segunda metade de 2020:

Julho

Melhor mês do ano pra mim! Mês que saí de suspensão de contrato e fiquei 30 dias em casa, sendo sustentada pelo governo. Coloquei minha saúde em dia, minhas séries em dia e não senti falta do trabalho em momento nenhum (para quem me conhece, sabe que isso é um milagre!).

O mês não foi bom para os meus pais que começaram a perder pessoas próximas para covid: uma ex-aluna de mammy, um amigo em comum dos dois, a filha de uma amiga de mammy... tenso. Também tive uma pessoa próxima do trabalho confirmada, mas ela se recuperou bem graças a Deus.

Foi o mês que abandonei geral os telerjornais e portais de notícias para me isolar literalmente das pessoas e do coronavírus – por isso, foi o melhor mês do ano.

Agosto

Mês de desgosto? Mês do cachorro louco? Mês que voltei ao trabalho (ainda bem que tinha trabalho para voltar) e descobri coisas que não queria sobre o meu trabalho (mas que fazem parte do meu crescimento como pessoa esse ano.

Mês que tirei uma semana de férias que não fiz nada porque choveu todos os dias.

Mês que participamos de um cultocar.

Setembro

Mês que passou apático e sem coisas grandes – até por isso, tem uma postagem só no blog.

Talvez a única coisa diferente que aconteceu foi o meu batismo nas águas – nem fiz post aqui.

Vamos à explicação: nascida e criada no catolicismo até os 10 anos, tive meu batismo na Igreja Católica quando era bebê, depois tive um batismo por aspersão na Igreja Presbiteriana quando meus pais se converteram e agora tive um batismo por imersão na igreja que estou indo com o garoto. Sinceramente, não sei para quê tanto batismo (vejam esse vídeo sobre as explicações dos tipos de batismos bíblicos para entender tudo isso, se quiser).

A experiência foi interessante porque estava chovendo e o batismo foi feito na beira do rio Tietê no interior – que é onde a água é mais limpa – e o pastor falou muito bonito antes de me “afogar” na água. Mas sobrevivi para contar!

Outubro

Único coisa legal foi a troca do Toddynho pro Bolinha no dia 26.

Novembro

Senhor, que mês foi esse? Mammy doente, garoto doente, eu de férias sem poder fazer nada a não ser correr atrás dos médicos, exames, consultas. Ufa.... ainda bem que passou!

Dezembro

E dezembro?

Ainda não processei o mês.

Consegui fazer meu home office.

Retomei o blog.

E espero ansiosamente pelo final desse ano.

Feliz 2021 para todos, com muita saúde e salvação em Cristo. Que o corona vai embora e que possamos ter mais amor ao próximo.

Com certeza, para 2020, não dá pra cantar “se chorei ou se sorri...” porque nem tivemos Robertão no final do ano.



 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Retrô 2020 - parte I

 Oi, tudo bem?


Será que 2020 merece uma retrospectiva? 

Ano totalmente atípico, acho que ninguém vai sair dele sem uma lição aprendida. 

Então, vamos aos acontecimentos do meu 2020:

Janeiro

Em Janeiro, comecei o ano com o pé esquerdo por conta das crises horríveis de dor na cervical que me levaram algumas vezes para o pronto socorro. Por conta disso, descobri que minha pressão estava alta e que eu tenho um escorregamento na vértebra c4.

Fevereiro

O mês do meu aniversário passou rápido por entre os inúmeros exames e tratamentos que tive que fazer por conta das minhas “novas” doenças.  

Tive treinamento na cidade vizinha com a minha chefa e enfrentamos um dilúvio que fez estrago no interior paulista. 

Bem no dia do meu aniversário – último dia do mês – comecei as minhas aulas de Pilates.

Março

O mês que estava muito bem, com o trabalho bombando e o pilates indo de vento em polpa, virou de ponta cabeça no dia 20. 

Tudo fechado, o mundo acabando, tivemos que paralisar todas as aulas na escola, montar esquema de home office entre a nossa equipe e reaprender a trabalhar em tempos de pandemia.

Abril

O mês em que o pico da pandemia nunca chegava... Acompanhamos os embates entre Mandetta x Bolsonaro, Dória x Bolsonaro, Dória x prefeitos e começamos a ver pessoas próximas ficarem doentes. Começamos a sofrer para ir no mercado e a dar banho em pacote de arroz.

No trabalho, 90% da equipe ficou em férias coletivas, enquanto eu fui incluída na galera que ficou trabalhando presencialmente para manter a unidade em funcionamento. Com isso, minhas férias foram canceladas e remanejadas ad eternum. 

Foi o mês que retomei as postagens aqui como forma de colocar os pensamentos em dia e compartilhar coisas que estavam me ajudando a enfrentar o isolamento, como livros, filmes e séries além das lives que pudemos acompanhar no conforto do lar.

O garoto ficou doente no final do mês e tivemos que encarar o pronto socorro – minha 1ª ida no hospital durante a pandemia. Fomos de madrugada, não pude entrar com ele e nem ficar na calçada do hospital esperando, tamanha era a neura de contaminação (confesso ter saudades de tempos onde o cuidado e preocupação com o próximo era maior). Graças a Deus, contamos 14 dias, o garoto teve plena recuperação e ninguém pegou covid.

Maio

Em Maio, continuamos aguardando o pico da pandemia: o medo de ficar doente era cada vez maior e cada tossida era prenúncio para uma oração de “Senhor, receba minha alma”. A coleção de máscaras ia aumentando para combinar com as poucas roupas que usávamos, além dos pijamas. 

Os colaboradores em férias coletivas voltaram ao trabalho e retomamos o esquema de home office para garantir que não houvesse aglomeração. Começaram os cortes: 3 demissões na nossa unidade e o medo de ficar desempregada vinha misturado com o alívio de poder ficar em casa, recebendo seguro desemprego.

Eu e o garoto sofremos para acessar o CAIXA TEM para receber auxílio dele, como qualquer brasileiro que passou por isso. O garoto, finalmente, se reconectou com Deus e começou o discipulado em uma nova igreja. Com isso, começamos a acompanhar os cultos online de lá e até eu me senti mais próxima de Deus, podendo acompanhar os cultos durante a semana – coisa que não fazia há 13 anos, a não ser no período as férias, porque trabalho durante a noite.

Junho

Mês mais tenso do ano no trabalho. No final do mês, com muito suspense, alguns colaboradores foram colocados em suspensão de contrato e outros continuaram trabalhando (eu inclusa). O clima ficou pesado, com aquela sensação ruim de competição porque as mesmas pessoas que permaneceram trabalhando em abril, também permaneceram trabalhando em junho.

A raiva com o resto do mundo crescia, à medida que víamos pessoas sem máscara, aglomerando e não seguindo as orientações para evitar a pandemia (mal sabia eu que isso era só o começo).

Para distrair do clima pesado, o garoto e eu fizemos a loucura de pegar o carro e ir na cidade vizinha comer meu querido risoto de camarão. Obviamente de marmita, dentro do carro e seguindo todas as orientações de segurança e saúde da OMS hahaha.

Ligamos no restaurante, confirmamos se eles estavam fazendo comida para entrega e fizemos o pedido para ir buscar.

40 minutos depois, chegamos na cidade e o garoto foi no restaurante. A gerente, toda fina, ficou toda preocupada se o risoto estaria frio por conta da demora para buscar e daí o garoto explicou que éramos de outra cidade e tínhamos ido lá só para comer o risoto hahaha.

No carro, depois de desinfetar o isopor e as latas de refrigerantes, paramos em frente a praça da cidade – que estava interditada com a faixa da covid – e saboremos nosso querido risoto, meio frio mesmo – com os talheres que levamos de casa devidamente desinfetados.

E continua a retro no próximo post...

domingo, 20 de dezembro de 2020

20 de dezembro

 Olá, tudo bem?


Muito tempo se passou desde a última postagem, não é mesmo?

Graças a Deus, tenho passado bem os dias e aquela foi a minha última crise de ansiedade. Podemos ouvir um amém, igreja?

Mas, não é porque a ansiedade bateu longe que não tive péssimos e difíceis momentos nos últimos tempos.

O trabalho teve momentos bem tensos esse ano, com atritos velados de pessoas que eu não esperava e chego no último mês do ano pensando que ainda estou para conhecer verdadeiros amigos. 

Apesar disso - e talvez por isso - os aprendizados também foram muitos e acho que chego ao final do ano com uma bagagem bem maior que os anos anteriores de crescimento, maturidade e "esperteza" kkkk além do que, graças ao nosso "amiguinho" covid não fui obrigada a me submeter à momentos sociais da empresa e foi bem mais fácil assim :)

Na vida pessoal, também passamos bons perrengues por aqui. Depois de quase 38 anos - sim, já estou quase chegando lá - mammy precisou ficar 4 dias internadas no hospital por conta de uma pedra do rim que precisou ser retirada. A única vez que ela tinha ficado internada na vida foi na minha cesárea. 

Dessa vez, o motivo não foi tão nobre e o período foi tenso: ficar 4 dias dentro de um hospital no meio de uma pandemia como essa foi muito pesado. Cada vez que eu ouvia uma tosse, tinha um pequeno surto interno. Mas disfarcei bem e, graças a Deus, o SENHOR nos guardou e ninguém ficou doente.

Depois da internação, ainda se seguiram mais 2 semanas de exames, consultas e dores porque a pedra era muito grande e não tinha saído inteira (eles fizeram aquele processo de "bater" a pedra). E essas 2 semanas foram bem as 2 semanas de férias que minha chefe tinha me dado por obrigação para não deixar vencer o período. Ou seja, não descansei nada.

Nesse mesmo período, com mammy se recuperando a duras penas, o garoto também foi fazer o checkup e descobriu que a saúde dele ia de mal a pior: triglicérides, ácido úrico, vitamina d, colesterol, glicemia, testosterona... tudo fora do eixo. E lá vamos nós tentar colocar o paladar dele na linha: não tem sido fácil, ele até que se esforça em alguns dias e relaxa totalmente em outros, mas... vamos seguindo. 

E, para fechar os problemas de saúde com "chave de ouro", comecei com dor na mama e meus exames revelaram cistos inflamados e um nódulo que - segundo a médica - "não tem motivo para preocupação".

Ufaaaaa... acho que 2020 já deu mesmo hein?!

Mas, nesse meio tempo, tivemos uma novidade boa: Toddynho nos deixou e Bolinha chegou em 26 de outubro.

foto ilustrativa

Um belo sábado, pedi pro garoto ir  com pappy no estacionamento ver um carro de anúncio de internet. O carro em si não era exatamente bom mas o garoto viu outro e se interessou. Trouxe para eu ver e eu gamei: exatamente do jeito que eu queria e ainda com placa de São Paulo!!!! O negócio fluiu super rápido e, por incrível que pareça, vendemos o Toddynho no mesmo dia pelo preço que queríamos!!! Foi super coisa de Deus mesmo.

Além disso, depois de sofrer com os problemas na cervical durante o período de home office, finalmente ganhei meu cantinho na casa com direito a espaço para os meus livros!!!

Ficou exatamente do jeito que eu queria, mas sempre tem algumas coisas para melhorar e adaptar, certo?! Aos poucos vai ficando totalmente a minha cara!

Não vou prometer postagens regulares nem nada porque sei que a rotina não permite. Mas quem sabe não nos falamos na semana que vem?

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

10 de setembro

Oi, tudo bem?

Nada que está bom não pode melhorar. E a máxima também vale ao contrário.

Para quem é novo aqui, há mais de 1 ano comecei com sintomas recorrentes de transtorno de ansiedade. A situação foi desencadeada na época em que eu estava usando o SIU - na bula, consta isso como um dos efeitos colaterais. Na verdade, quando eu usei o SIU, fiquei com a sensação que meu corpo deve ter lido a bula e pensado que o tópico EFEITOS COLATERAIS era uma lista a ser cumprida: tive praticamente todos.

Um dos últimos sintomas a aparecer foi o transtorno de ansiedade. 

Comecei com crises de choro recorrentes no final do ano de 2018 sem motivo aparente; do nada, pensava em alguma coisa e "exagerava" a situação da minha cabeça e bum: começava a chorar. Mas, sabe como é, eu odeio final de ano e daí justificava meus momentos ruins com "é porque é natal" ou "é porque eu vi aquele filme triste ontem". 

Passou a virada do ano e eu continuei justificando tudo: "é porque janeiro é corrido", "é porque fevereiro é meu aniversário". Até que chegamos em março de 2019 e fomos viajar para Campos do Jordão nas minhas breves férias do trabalho e foi uma das piores viagens da minha vida: não estava bem de saúde com cólicas intermináveis, sangramentos de escape, acnes inflamadas no maxilar que doíam o tempo todo. E aí foi que eu consegui admitir que precisava de ajuda.

Os sintomas que eu tinham eram uma irritabilidade além do normal, falta de ar, arritmia cardíaca, crises de choro intermináveis e a sensação de que toda a minha musculatura estava enrijecendo.

Procurei médicos, fui fazer terapia e recebi o "maravilhoso" diagnóstico: dá-lhe ansiolítico, terapia, readequação da vida, tentativa de novos hábitos.

Vim em uma espiral de melhora-piora desde então, intercalando períodos bons e ruins. 

E, estava conseguindo me manter bem sem ajuda extra desde 8/7/20... mas hoje senti que voltei a estaca zero.

Tenho a sensação que estou sentada na beira de um precipício: a qualquer momento, posso escorregar e cair. E cansa ficar equilibrando tantos pratos na vida, segurando aqui e ali para não desmoronar, tolerar situação para não criar conflito porque daí eu sei que vou ficar mal.

Hoje - que não estou bem - não estou feliz no trabalho, não estou feliz no casamento, não estou feliz com a minha família, com meus amigos: não estou feliz comigo.

Mas sei que vai passar, sempre passa.

domingo, 30 de agosto de 2020

30 de agosto

 Oi, tudo bem?

Como andam as coisas por aí? Por aqui, as coisas teimam em tentar voltar ao normal... mas será que isso é possível?

Uma das coisas que perdemos nessa quarentena foi a possibilidade de frequentar uma igreja. Aqui em casa - não sei se já te expliquei a novela - estávamos há tempos tentando achar uma igreja que os dois pudessem frequentar.

Eu explico.

Eu me converti ao evangelho aos 10 anos de idade, por conta dos meus pais começaram a frequentar a Igreja Presbiteriana. A história é longa: minha mãe sempre foi envolvida com religião e frequentou de tudo (menos terreiro de umbanda e candomblé) e meu pai era mais ateu. Quando minha mãe começou com diversos problemas de saúde (mioma, problema na coluna, no rim), ela procurou auxílio na bíblia porque não tinha médico que desse jeito na saúde dela. E tudo foi entrando nos eixos quando eles começaram a frequentar a igreja Presbiteriana. Glória a Deus.

Já o garoto foi nascido e criado na Igreja Universal, por conta do avô dele ter sido curado de um problema na coluna em um culto de cura e libertação na cidade vizinha. A igreja da nossa cidade começou na garagem deles. Mas o garoto andou desviado por um tempo, frequentou outras igrejas e nessas acabou me conhecendo em uma outra igreja (não, não era a Presbiteriana) onde eu costumava ir por conta dos amigos que fiz lá quando saí com um carinha de lá (longa história, hein?!)

Daí, começamos a namorar e ficávamos cada fim de semana em uma igreja, mas o garoto nunca gostou da presbiteriana por conta de ser uma igreja tradicional, daquelas que tocam hinos, não tem louvores muito barulhentos e somente o pastor fala na hora da oração (quem conhece igreja pentecostal sabe do que eu estou falando). Eu, por lado, não gostava da Universal por causa do barulho, pedição de dinheiro e falta de pregação da Bíblia.

Nisso, foram praticamente nossos quase 9 anos juntos (já?!) e não tínhamos chegado à um denominador comum para ter uma igreja para frequentar que fosse compatível com a minha formação religiosa e com a dele.

Por fim, em 2019, o meu cunhado que também era da Universal resolveu mudar de igreja e começou a congregar na igreja Ventos do Avivamento - a igreja já era velha conhecida minha porque pappy frequentou lá por um período depois que saiu da presbiteriana (resumo-para-não-ficar-longo: frequentamos a Presbiteriana por quase 10 anos os 3; quando o nosso primeiro pastor foi embora, pappy ficou quicando de igreja em igreja e passou por várias denominações... não se decidiu por nenhuma até hoje; mammy resolveu ir para uma igreja perto de casa para não depender de ninguém porque ela não dirige e está lá até hoje e eu fiquei na presbiteriana e nas outras que eles iam ao mesmo tempo hihihi).

No começo, o garoto ofereceu bastante resistência e colocava defeito em tudo da igreja. 

Daí, veio a pandemia.

O corona vírus.

O risco eminente de poder ficar doente e morrer.

E daí, a água bateu na b**** kkkk

Ele entrou em contato com a secretaria da igreja e foi designado um conselheiro para acompanhá-lo. Acho legal esse trabalho de discipulado da igreja: quando você começa a frequentar, é designado uma pessoa mais experiente na fé para te acompanhar, te aconselhar, te ajudar nos primeiros passos da caminhada cristã. 

E assim, o garoto foi pegando no tranco e eu, por tabela, fui junto. 

Enquanto estávamos em casa (eu de home office e ele de férias forçadas por trabalhar como autônomo), conseguimos acompanhar toda a programação da igreja que foi feita via internet (Santo youtube).

E ontem tivemos o nosso primeiro culto presencial... ou quase: foi um culto car.

Eles conseguiram emprestado o estacionamento de um dos shoppings da cidade e todo mundo foi de carro e ficou meio que um drive-in só que o pessoal do louvor e os pastores ficaram em cima do trio elétrico (quem disse que pastor não canta no trio elétrico?! kkk).

Foi muito legal ver pessoas que só tínhamos contato no virtual: mesmo à distância, sem abraço, sem praticamente ver o rosto por conta da máscara, deu para sentir o calor humano que estava lá... além do calor mesmo porque o Sol estava pegando pesado.

Vou deixar algumas imagens que tem no face deles... ah, e quem quiser acompanhar a programação da igreja, vou marcar o canal do youtube também:





Canal no youtube - clique aqui