terça-feira, 1 de agosto de 2017

Somente uma nota

Oi, tudo bem?

Hoje, foi um dia radiante e feliz. Acordei bem cedo porque pappy ia arrumar a lateral da porta do passageiro do Toddynho que estava soltando e aproveitei para passar a manhã na casa de mammy.

Como ela anda meio dodói e não aceita minha ajuda nas atividades domésticas, dei um "pequeno golpe" e aproveitei a manhã para organizar a casa para ela: passei aspirador, tirei o pó, lavei o quintal, a louça e deixei tudo no lugar.

Até a Nina entrou para ajudar na limpeza e estava tão radiante quanto eu.

Foi uma espécie de terapia voltar à minha antiga casa e ver de perto que tudo está bem, que as coisas não estão tão bagunçadas quanto eu achava que estaria... 

Apesar da saúde e da falta de ajuda de pappy - que é daqueles maridos que acham que afazeres domésticos são só das mulheres (queria que ele mudasse a mentalidade, mas acho que já está velhinho para isso), as coisas estão bem lá, graças a Deus, e ela está se virando bem sem mim.

Ela adorou tudo e agradeceu muito e até me propôs uma pequena "contratação" dos meus serviços quando ela não estiver boa. Era isso que eu queria: que ela aceitasse a minha ajuda, já que quando eu estou doente, ela sempre está a postos com uma canjinha para mim.

Como brinquei com o garoto, posso não ser muito boa na cozinha, mas de faxina eu entendo!


segunda-feira, 31 de julho de 2017

Segunda com cara de sexta

Oi, tudo bem?

Puxa, minha segunda começou com cara de sexta... não pelo clima de descanso e folga do fim de semana chegando, mas pelo cansaço de muito trabalho.

Ultimamente, tenho tentado programar minha rotina de "moça do lar" (affff, que título, não?! Essa é a parte chata de brincar de casinha com o garoto: ter que manter a casinha em ordem!) para que caiba dentro da segunda até a sexta, assim eu posso descansar no final de semana.

Como trabalho em um horário "diferenciado", tento programar as minhas atividades para caberem todas no período da manhã. E, por favor, não me venha com aquela frase "aaaaah, mais você tem a manhã livre. Que bom!". Manhã livre não, meu bem, que eu não acordo às cinco da manhã, né?! Eu tenho entre as oito e as onze para fazer tudo.

Vamos à minha rotina: costumo (ou pelo menos tento) levantar entre sete e sete e meia da manhã. Procuro dar prioridade na primeira hora para atividades como a minha devocional (pra mim, o dia rende bem mais quando começo dando prioridade a Deus. Tenho um livrinho chamado Pao Diário que tem devocionais para todos os dias do ano: são pequenos trechos da bíblia, sempre com uma explanação prática para o nosso dia e um motivo para fazer uma oração. #recomendo), fazer minha caminhada, tomar meu café da manhã.

Depois, a gente põe a mão na massa: para cada dia da semana, eu programei uma atividade para fazer. Nem sempre saí exatamente como o programado, mas a linha básica é: na segunda, a faxina simples com aspirador e pano no chão, lavar a roupa da semana anterior e fazer almço. Terça costuma ser o dia para a "folga": se tenho que programar algum compromisso, ou ir comprar alguma coisa... Na quarta, na maioria da semana, costumo fazer as compras da semana no mercado (já faço quitanda e açougue tudo junto) - lógico que esse dia pode variar, dependendo do dia que carrega o vale refeição no final do mês hihihi. Quinta é o dia da faxina pesada aqui em casa: dia de pegar no pesado, lavar banheiro, cozinha, trocar roupa de cama, lavar toda a área externa e tirar o pó dos móveis. Na sexta, eu costumo tentar dedicar à minha pessoa: manicure, pedicure, depilação, limpeza de pele... tudo feito em casa, ok?! Nada de gastar em salão porque eu já tentei ser dondoca, mas não deu muito certo hihihhi as unhas do pé encravaram, as da mão ficaram com alergia do esmalte, a pele ficou irritada. Faço tudo em casa para economizar e garantir que não vou morrer hihihi.

Daí, a ideia seria que sábado e domingo seriam dois dias para descansar, colocar minhas leituras em dias, meus filmes e seriados... mas, nem sempre dá certo né?!

Esse final de semana, eu tentei fazer isso... Consegui ver 3 filmes no netflix (To the bone, Still Alice e Uma Manhã Gloriosa), dois filmes trágicos e um filme leve que eu já vi várias vezes e o garoto não conhecia. Descobri que tem a 1ª temporada de Party of Five no netflix (eu era apaixonada pela série quando passava na Tv Record e chamava O Quinteto), mas não consegui colocar a leitura em dia e acabei dormindo além do horário ontem à tarde porque o celular desligou sozinho e não acionou o despertador.

Com isso, as coisas acumularam hoje. Limpar a casa, lavar a roupa, limpar a área de fora (que é o banheiro da minha filha), lavar a verdura (que está na geladeira desde sexta e o garoto não lavou), fazer o tempero pra comida da semana, fazer almoço... além de dar um trato na minha pessoa porque não fiz nem isso no final de semana.

Enfim, hoje é segunda mas estou cansada como se fosse sexta.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Tudo mais leve

Oi, tudo bem?

Hoje, estou feliz. Estou contente porque a semana trouxe boas notícias e novas esperanças. A vida não tem sido fácil para ninguém e, por aqui, não é diferente. O período de inverno é particularmente mais difícil porque mammy fica mais doente (ela tem problemas de artrose e artrite e o inverno judia mais do corpo), o garoto fica com pouco trabalho (será que já contei que ele é autônomo?!) e eu acabo engordando mais porque como mais para descontar toda a ansiedade e não vou fazer minhas caminhadas porque as manhãs são muito frias hihih. A parte boa do inverno é que minhas enxaquecas me dão uma trégua (costumo sofrer mais crises em temperaturas mais altas). E vamos combinar que inverno é vida, certo?! A maquiagem não escorre, as roupas são mais bonitas, as comidas mais gostosas...xiii, a lista vai longe.

Desde que me casei, as postagens diminuiram consideravelmente aqui no blog e até parei com algumas postagens coletivas que costumava participar por pura falta de tempo. Ainda tenho, em alguns momentos, a sensação de estar "correndo atrás do rabinho" com tantas atividades e responsabilidades da casa, do casamento, do trabalho, da família, dos amigos, da igreja... enfim, por isso nao tenho sido tão presente (se é que isso serve de justificativa).

Outro ponto é a falta de assunto. Minha vida é bem comum, sem novidades nem grandes acontecimentos. Antes, eu até conseguia fazer um super mega post por uma coisa simples, mas agora simplesmente não me sobra tempo nem pra isso.

Aos poucos, eu acho que estou chegando em um ponto de equilibrio. A minha vida tem mudado consideravelmente depois que comecei estudar mais sobre o minimalismo e toda a filosofia de vida por trás desse movimento que virou a última moda do momento.

Ontem mesmo, estava conversando com uma colega de trabalho que me disse "qual o motivo de trabalhar, se não podemos ter as coisas?". Eu tenho que admitir que aquela frase ficou martelando na minha cabeça por muito tempo. Porque o sentido do minimalismo não é deixar de ter as coisas, mas ter somente o que é necessário para a sua vida e não ter o que a revista diz que você tem que ter.

Por que eu preciso de cinco jeans, sendo que a indústria da moda é uma das mais poluentes no mundo? Tanta gente precisa de mais roupa do eu, certo?! E se minha rotina se resume a trabalho (que tem uniforme) e sair uma ou duas vezes no final de semana para passear ou ir a igreja, acho que não preciso de um guarda roupa tão extenso assim.

E isso não é só sobre roupas (apesar de ser o principal assunto quando buscamos o tema no google): é sobre as pessoas que ocupam espaço demais em nossa vida e não acrescentam nada, sobre a vida virtual que nos engole nas redes sociais e não nos acrescenta nada, sobre a alimentação extremamente industrializada e cara e que não nos acrescenta nada... Tudo que está em nossa vida e não nos acrescenta nada, é o que está excedendo e devia ir embora.

Essa tem sido a minha principal preocupação: rever meus hábitos, conceitos e (por que não?!) coisas que tenho na vida e minimalizar tudo para ser mais leve.


terça-feira, 4 de julho de 2017

Ensinamento das mães

Oi, tudo bem?

Pra lembrar, e rir.

Coisas que nossas mães diziam e faziam…


Era uma forma, hoje condenada pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com a gente e por isso não saímos seqüestrando a namorada, calculando a morte dos pais, ajudando bandido a sequestrar a mãe, não nos aproveitamos dos outros, não pegamos o que não é nosso, nem matando os outros por ai, etc…



Minha mãe ensinou a VALORIZAR O SORRISO… 
"ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!"

Minha mãe me ensinou a RETIDÃO… 
"EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!"

Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS… 
"SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!"

Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA… 
"PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?"

Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO… 
"CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VC CHORAR!"

Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO… 
" FECHA A BOCA E COME!"

Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO… 
"ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!"

Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA… 
"CALMA!… QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ…"

Minha Mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS… 
"OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!"

Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO… 
"SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!"

Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL… 
"SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!"

Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA… 
"VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!"

Minha Mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES… 
"TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?"

Minha Mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE… 
"QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER."

Minha Mãe me ensinou sobre JUSTIÇA… 
"UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO ELES FAÇAM PRÁ VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!"

Minha mãe me ensinou RELIGIÃO… 
"MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!"

Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ… 
"SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!"

Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO… 
"OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!"

Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO… 
"VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!"

Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRÍLOGO… 
"NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?"

Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO… 
"EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!"

Minha mãe me ensinou a ESCUTAR… 
"SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!"

Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS… 
"SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!…"

Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA… 
"JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!"

Minha mãe me ensinou os NÚMEROS… 
"VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!"

Brigadão, Mãe !!!

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Só para preencher a lacuna

Oi, tudo bem?

Só estou passando aqui para preencher a lacuna. Tenho que me policiar para manter o blog atualizado o minimamente aceitável ou vou fechar as portas de vez.

O mês de junho é o mês do inverno; por aqui, o tempo já está com aquela cara de tarde fria: solzão, vento gelado, típico clima para chocolate quente e pão de queijo. Duas coisas que aboli do meu cardápio no período noturno e, com isso, já foram vários dias sem enxaqueca. 

Além dessas pequenas trocas no cardápio (uma coleção de chás entrou no lugar do leitinho antes de dormir), também diminui o óleo (troquei por azeite, na verdade); tirei o vinagre, parei de ficar no celular e tablet antes de dormir, estou fazendo pequenas caminhadas diárias (quase diárias porque tem dia que está muito frioooooo) e, com isso, já foram 3 quilos embora. Faltam 6!

A rotina no casamento está muito gostosa, mas as pessoas ao redor ficam palpitando que ficamos muito em casa, que quase não saímos. Uai, somos assim! Para mim, não tem coisa mais gostosa que ficar no sofá, cobertinha com ele, fazendo maratona no Netflix.

Falando em Netflix, infelizmente descobrimos HIMYM nas duas últimas semanas de exibição no Netflix. Os primeiros episódios da série não tinham me inspirado muito, mas tentei dar mais uma chance depois da propaganda que uma prima minha fez (e os filhos do meu coordenador também) e eu e o garoto nos encantamos por Lilly, Marshall, Ted (nem tanto), Robin e o legen...esperem um pouquinho...dário Barney! Já estamos no meio da 4ª temporada e vamos ter que terminar pela internet porque os episódios saem do ar no próximo sábado, dia 1. Snif, snif. snif.

Bom, finalmente consegui terminar A equação do Casamento e Esperando Doggo e agora estou vendo qual livro vou priorizar na minha pilha da vergonha. 

Passei o mês bem feliz porque consegui ficar mais de 20 dias sem comprar nada para mim: grande progresso na minha jornada minimalista. Ontem, fomos viajar e eu passei no shopping para comprar somente 2 peças que estava precisando para o inverno. As compras estão sendo feitas mais bem planejadas agora e estou tentando otimizar meu guarda roupa. Muito feliz!

Infelizmente, nosso querido pastor que fez o nosso casamento vai embora da cidade no final do ano. O antigo pastor da igreja - que estava aqui na época em que minha família se converteu - vai voltar para aqui no início de 2018. Ainda não sei se isso é uma notícia boa ou ruim; ainda não resolvemos a questão igreja, mas temos visto mais vídeos de pregações no youtube para nos ajudar a fortalecer nossa fé.

Confesso que, os últimos dias, tenho estado mais otimista, apesar de algumas dificuldades que surgiram. Afinal, tem tanta gente passando por tanta coisa mais grave que meus pequenos problemas que acho que devo ser muito grata a Deus por isso, no mínimo.



terça-feira, 13 de junho de 2017

A mulher no banheiro público

Oi, tudo bem?

Das minhas andanças por aí, das coisas que leio e me fazem rir:

"O grande segredo de todas as mulheres com relação aos banheiros é que quando pequenas, quem as levava ao banheiro era sua mãe. Ela ensinava a limpar o assento com papel higiênico e cuidadosamente colocava tiras de papel no perímetro do vaso e instruía:
"Nunca, nunca sente em um banheiro público"
E, em seguida, mostrava "a posição", que consiste em se equilibrar sobre o vaso numa posição de sentar sem que, no entanto, o corpo não entre em contato com o vaso.
"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, super importante e necessária, e irá nos acompanhar por toda a vida. No entanto, ainda hoje, em nossa vida adulta, "a posição" é dolorosamente difícil de manter quando a bexiga está estourando.
Quando você TEM que ir ao banheiro público, você encontra uma fila de mulheres, que faz você pensar que o Bradd Pitt deve estar lá dentro. Você se resigna e espera, sorrindo para as outras mulheres que também estão com braços e pernas cruzados na posição oficial de "estou me mijando".
Finalmente chega a sua vez, isso, se não entrar a típica mamãe com a menina que não pode mais se segurar.
Você, então verifica cada cubículo por baixo da porta para ver se há pernas.
Todos estão ocupados.
Finalmente, um se abre e você se lança em sua direção quase puxando a pessoa que está saindo.
Você entra e percebe que o trinco não funciona (nunca funciona); não importa... você pendura a bolsa no gancho que há na porta e se não há gancho (quase nunca há gancho), você inspeciona a área.. o chão está cheio de líquidos não identificados e você não se atreve a deixar a bolsa ali, então você a pendura no pescoço enquanto observa como ela balança sob o teu corpo, sem contar que você é quase decapitada pela alça porque a bolsa está cheia de bugigangas que você foi enfiando lá dentro, a maioria das quais você não usa, mas que você guarda porque nunca se sabe...
Mas, voltando à porta...
Como não tinha trinco, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto, com a outra, abaixa a calcinha com um puxão e se coloca "na posição".
Alívio...... AAhhhhhh.... .finalmente. .....
Aí é quando os teus músculos começam a tremer ...
Porque você está suspensa no ar, com as pernas flexionadas e a calcinha cortando a circulação das pernas, o braço fazendo força contra a porta e uma bolsa de 5 kg pendurada no pescoço.
Você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o assento nem de cobrir o vaso com papel higiênico. No fundo, você acredita que nada vai acontecer, mas a voz de tua mãe ecoa na tua cabeça "jamais sente em um banheiro público!!!" e, assim, você mantém "a posição" com o tremor nas pernas...
E, por um erro de cálculo na distância, um jato finíssimo salpica na tua própria bunda e molha até tuas meias!! Por sorte, não molha os sapatos. Adotar "a posição" requer grande concentração. Para tirar essa desgraça da cabeça, você procura o rolo de papel higiênico, maaassss, puuuuta que o pariuuuu..... .! O rolo está vazio...! (sempre)
Então você pede aos céus para que, nos 5kg de bugigangas que você carrega na bolsa, haja pelo menos um miserável lenço de papel. Mas, para procurar na bolsa, você tem que soltar a porta. Você pensa por um momento, mas não há opção...
E, assim que você solta a porta, alguém a empurra e você tem que freiá-la com um movimento rápido e brusco enquanto grita OCUPAAADOOOO! !!
Aí, você considera que todas as mulheres esperando lá fora ouviram o recado e você pode soltar a porta sem medo, pois ninguém tentará abrí-la novamente (nisso, as mulheres nos respeitamos muito) e você pode procurar teu lenço sem angústia. Você gostaria de usar todos, mas quão valiosos são em casos similares e você guarda um, por via das dúvidas. Você então começa a contar os segundos que faltam para você sair dali, suando porque você está vestindo o casaco já que não há gancho na porta ou cabide para pendurá-lo. É incrível o calor que faz nestes lugares tão pequenos e nessa posição de força que parece que as coxas e panturrilhas vão explodir. Sem falar da porrada que você levou da porta, a dor na nuca pela alça da bolsa, o suor que corre da testa, as pernas salpicadas.. .
A lembrança de tua mãe, que estaria morrendo de vergonha se te visse assim, porque sua bunda nunca tocou o vaso de um banheiro público, porque, francamente, "você não sabe que doenças você pode pegar ali"
.... você está exausta. Ao ficar de pé você não sente mais as pernas.. Você acomoda a roupa rapidíssimo e tira a alça da bolsa por cima da cabeça!...
Você, então, vai à pia lavar as mãos. Está tudo cheio de água, então você não pode soltar a bolsa nem por um segundo. Você a pendura em um ombro, e não sabendo como funciona a torneira automática, você a toca até que consegue fazer sair um filete de água fresca e estende a mão em busca de sabão. Você se lava na posição de corcunda de notre dame para não deixar a bolsa escorregar para baixo do filete de água... O secador, você nem usa. É um traste inútil, então você seca as mãos na roupa porque nem pensar usar o último lenço de papel que sobrou na bolsa para isso.
Você então sai. Sorte se um pedaço de papel higiênico não tiver grudado no sapato e você sair arrastando-o, ou pior, a saia levantada, presa na meia-calça, que você teve que levantar à velocidade da luz, e te deixou com a bunda à mostra!
Nesse momento, você vê o teu carinha que entrou e saiu do banheiro masculino e ainda teve tempo de sobra para ler um livro enquanto esperava por você.
"Por que você demorou tanto?" pergunta o idiota.
Você se limita a responder: "A fila estava enorme"
E esta é a razão porque as mulheres vamos ao banheiro em grupo. Por solidariedade, já que uma segura a tua bolsa e o casaco, a outra segura a porta e assim fica muito mais simples e rápido já que você só tem que se concentrar em manter "a posição" e a dignidade.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Um aninho!

Oi, tudo bem?

Minha bebê fez um aninho!!!

Eu sei que tem muita gente que não entende amor por bicho, que vem com aqueles papos "porque adotar cachorro com tanta criança abandonada no mundo?" e blá, blá, blá.

Eu não quero ter filhos (momento "podem me tacar pedras" começa agora) e, graças a Deus, Ele me mandou um marido maravilhoso que pensa igual a mim. Não tenho paciência com crianças e poderia ficar aqui páginas e páginas escrevendo todas as razões pelas quais tenho certeza que não nasci com o dom da maternidade. Admiro e respeito quem tem, quem consegue criar dignamente e com valores nessa sociedade doida que vivemos, mas eu passo a vez.

Por isso, antes mesmo de casar, eu e o garoto já sabíamos que não queríamos filhos, mas iríamos adotar uma cachorrinha. No começo, eu queria macho e ele queria fêmea. Depois que tentamos com o Chico, eu tive que dar o braço a torcer que não ia me dar bem com machos mesmo. Tentamos com a Lola e foi bem traumático e eu estava quase perdendo as esperanças de ter uma baixinha para chamar de minha ... até que ela chegou!

Hoje, faz um ano que estamos juntos, formando uma família linda (mesmo que tenha quem diga que não somos família). Como diz o Stich, "família...pequena e incompleta...mas é boa! É, é boa".

Sem grandes comemorações (afinal, eu sei que ela é uma cachorra, ok?! Nada de roupinhas de gente, por favor!), ela passou o dia vendo o garoto limpar o aquário grande (os peixes estavam um pouco ofegantes porque o filtro não estava oxigenando a água direito) e ganhou um ossinho de presente para brincar (eu parei de dar ossinho todo dia porque descobri que isso é um perigo para saúde deles; então, ela vai comer bem de vez em quando, só para deixar os dentinhos em dia).

Só tenho que agradecer a Deus por ter mandado uma baixinha tão na medida para gente: carinhosa como o garoto queria, de bigode e sobrancelha como eu queria. Feliz aniversário, filha!