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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

E mais uma perda

Oi, tudo bem?

E lá vamos nós para mais um velório...

Entre as duas perdas da minha amiga, o garoto perdeu a avó.

Ela já estava velhinha - ia fazer 90 anos em outubro - e começou a desenvolver os problemas típicos da idade.

Problema no coração - toma remédio que mexe com o rim.

Problema no rim - toma remédio que mexe com o intestino.

Problema no intestino - toma remédio que mexe com o fígado.

Conserta de um lado, estraga do outro.

Ela já tinha deixado avisado que não queria que estendessem a vida dela no leito do hospital; e assim foi feito. Ela foi internada e teve uma piora rápida - menos de 1 semana depois, ela faleceu.

O velório foi muito sentido por todos porque ela era a vó mais ativa, tão velhinha mas tão disposta, tão lúcida. E, pra ajudar, na hora do enterro, lá estávamos nós de novo com aquela garoa fria e gelada para encerrar a tarde.

Parecia o dia chorando a morte dela....

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

L-U-T-O

Oi, tudo bem?

Passando apenas para registrar luto. 

A minha última avó viva faleceu hoje.

Há um mês, ela já vinha sofrendo com as sequelas de um avc e já estava com 85 anos.

Não tenho muito o que falar porque nunca fomos próximas. Mammy foi criada com a minha bisavó, a espanhola Ana da qual herdei o nome e o gênio, segundo mammy. Só faltaram os olhos azuis.

Mammy me surpreendeu chorando bastante no velório; logo ela, que é tão díficil chorar. Mas a perda da mãe deve ser muito dolorida, mesmo quando não tivemos o contato da convivência diária.

Obrigada pelas orações de todos.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Tudo confuso

Oi, tudo bem?

Espero que para vocês realmente esteja tudo bem. Por aqui, tudo está confuso. Ontem, um amigo meu faleceu de uma morte meio estúpida, sem sentido. Ele se afogou num rio, quando participava de um churrasco com amigos. As versões do fato variam bastante: que ele foi nadar sozinho, que o bote em que ele estava virou, que ele caiu do bote, que a correnteza estava muito forte. Na verdade, em uma situação como essa, pouco importa a real versão dos fatos.

Afinal, o que falar para uma mãe aflita que perdeu seu filho caçula de uma forma tão inesperada? O que falar para uma irmã mais velha, super carinhosa que perdeu o irmãozinho? O que falar para um pai, em estado de choque, parado ao lado do caixão do filho? Nessas horas, somente o conforto de Deus pode fazer alguma coisa realmente significativa.

Isso me levou a lembrar do velório de outro amigo que aconteceu alguns anos atrás, mais ou menos na mesma época, e que também foi levado de uma forma repentina e estranha. Mas, afinal, a morte é sempre repentina e estranha e sem explicação, certo?! A ordem natural das coisas é a mãe enterrar o filho, é o (a) falecido(a) ter seus oitenta, noventa anos e ter vivido muito antes de encarar o paletó de madeira. Nunca é pra ser como foi ontem.

Mas, também temos notícias boas. No meio de tudo isso, revi grandes amigos ontem e conversei com muita gente boa. Essas situações fazem a gente ver o grande valor de uma verdadeira amizade: todo mundo mobilizado, um tentando avisar o outro, ajudar o outro a encarar uma situação dessas. E, no meio, o meu garoto do meu lado todo atencioso e preocupado comigo, apesar de também estar sentindo uma grande perda.

Depois dessa turbilhão, só tenho que ser grata a Deus mais ainda pela vida, pela família, pelos amigos e por todos os segundos vividos e os que ainda estou para viver porque, pelo que deu pra perceber, a gente nunca sabe quantos realmente são.