Oi, tudo bem?
Espero que para vocês realmente esteja tudo bem. Por aqui, tudo está confuso. Ontem, um amigo meu faleceu de uma morte meio estúpida, sem sentido. Ele se afogou num rio, quando participava de um churrasco com amigos. As versões do fato variam bastante: que ele foi nadar sozinho, que o bote em que ele estava virou, que ele caiu do bote, que a correnteza estava muito forte. Na verdade, em uma situação como essa, pouco importa a real versão dos fatos.
Afinal, o que falar para uma mãe aflita que perdeu seu filho caçula de uma forma tão inesperada? O que falar para uma irmã mais velha, super carinhosa que perdeu o irmãozinho? O que falar para um pai, em estado de choque, parado ao lado do caixão do filho? Nessas horas, somente o conforto de Deus pode fazer alguma coisa realmente significativa.
Isso me levou a lembrar do velório de outro amigo que aconteceu alguns anos atrás, mais ou menos na mesma época, e que também foi levado de uma forma repentina e estranha. Mas, afinal, a morte é sempre repentina e estranha e sem explicação, certo?! A ordem natural das coisas é a mãe enterrar o filho, é o (a) falecido(a) ter seus oitenta, noventa anos e ter vivido muito antes de encarar o paletó de madeira. Nunca é pra ser como foi ontem.
Mas, também temos notícias boas. No meio de tudo isso, revi grandes amigos ontem e conversei com muita gente boa. Essas situações fazem a gente ver o grande valor de uma verdadeira amizade: todo mundo mobilizado, um tentando avisar o outro, ajudar o outro a encarar uma situação dessas. E, no meio, o meu garoto do meu lado todo atencioso e preocupado comigo, apesar de também estar sentindo uma grande perda.
Depois dessa turbilhão, só tenho que ser grata a Deus mais ainda pela vida, pela família, pelos amigos e por todos os segundos vividos e os que ainda estou para viver porque, pelo que deu pra perceber, a gente nunca sabe quantos realmente são.