terça-feira, 22 de outubro de 2024

Ainda tem alguém aí?

 Oi tudo bem?

Nem vou me justificar pelo tempo sem postar, sem visitar ninguém. A vida anda acontecendo e, com ela, muita coisa ao mesmo tempo me faz ficar longe daqui. Se me sobra um tempo no trabalho, até tenho ânimo para postar mas... quem disse que sobra? E, para ser sincera, não tenho a menor vontade de ficar no computador teclando aos finais de semana depois de passar mais de 40 horas resolvendo problema no computador de segunda a sexta.


Por isso, resolvi dar o ar da graça hoje só porque é uma data especial: bodas de linho minha e do garoto.



O linho é um material resistente e representa o fortalecimento do relacionamento ao longo dos anos. também chamado de bodas de renda porque a renda, por sua vez, pode simbolizar a transparência e honestidade que se quer para uma relação. 

Para quem está chegando agora por aqui, tudo começou nesse dia

E depois se oficializou nesse dia e nesse dia

Aproveitando a deixa, para quem tiver pique, eu consegui atualizar todo

o blog desde 2004 - descobri o site Archive onde dá para pesquisar sites

antigos e consegui achar meu antigo blog do zip.net que a Dona UOL fez

o favor de excluir sem me consultar. Recuperi muita coisa e sigo relendo

e me divertindo com a antiga Nana.


Entre as postagens que gosto de reler, foi muito legal ver na minha carti-

nha ao futuro que eu nem imaginava como estaria: 

- sigo viva kkkk

- ainda no mesmo emprego

- ainda casada e muito feliz

- sem filhos (se não considerarmos Dona NegraLi)

- Pappy, Mammy e Nina ainda estão vivos (mesmo depois do infarto de 

pappy e Nina com metade das tetinhas por causa de um câncer, metade 

dos dentes por causa do excesso de tártaro, sem visão, sem audição e fir-

me e forte aos 16 anos)

- o Toddynho foi trocado pelo Bolinha 

- Jesus ainda não voltou (apesar de estar perto....).


Quem sabe não volto mais vezes?!





sexta-feira, 15 de março de 2024

A sociedade do hospital

 Oi tudo bem?

Em janeiro, foi lançado o filme A Sociedade da Neve na Netflix (ou seria nO Netflix?), mostrando a história trágica e heróica - para alguns - dos sobreviventes de um acidente de avião nos Andes. O título do filme é bem sugestivo porque mostra como realmente se formou uma sociedade ali, com suas regras específicas para a realidade imposta no local e que valiam somente para aquela situação, naquele local, com aquelas pessoas (apesar de algumas pessoas até cogitarem comer o coleguinha de trabalho na hora do nervoso).

E foi pensando nisso que me vi ontem em meio a sociedade do hospital.

Eu explico.

Desde 2022 - quando pappy infartou e passamos por toda aquela saga - o garoto começou a ter problemas digestivos sem causa aparente. Do nada começa com ânsia, náusea, dor abdominal... Já passamos por pronto socorro, alguns médicos e ninguém fecha algum diagnóstico. Para mim, é problema de alimentação e falta de exercício mas vai falar isso para ele! "Não tenho tempo para fazer isso", "Como a hora que o serviço deixa", "Ah, agora não posso mais comer lanche?!" e por aí vai.

Em agosto de 2023, o gastro que ele estava indo pediu uma endoscopia mas o exame não deu certo porque o estômago ainda não estava vazio. Então, repetimos o exame novamente ontem.

E aí, começa a saga.

Primeiro, porque o médico do garoto pede para fazer o exame no hospital. Eu já fiz duas endoscopias na vida e sempre no consultório; como eu brinco, endoscopia raiz: só espirra um anestésico na garganta, enfia o cano, olha o estômago, tira e você vai embora. Sozinho; não tem essa de levar acompanhante. No hospital, tem todo um preparo: não faz o exame se não tiver acompanhante, vai pro centro cirúrgico, tira tudo (tudo mesmo), mede pressão, temperatura, oxigenação, coloca oxigênio no nariz, sedação na veia e tem que esperar uns 30 minutos depois do exame para liberar.

Aqui na região - acho que em todo o Sudeste e Sul do país - estamos com uma severa epidemia de dengue que tem superlotado as unidades de saúde e hospitais. Então, o exame que estava marcado para 15h foi antecipado para 13h30 por conta de atender a superlotação que estava no hospital. O garoto estava em jejum desde as 21h do dia anterior e sem água desde às 10h - isso em um dia mega quente em que ele precisou trabalhar de manhã.

Chegando no hospital, completamente lotado, já fomos logo encaminhados para o centro cirúrgico. Ele entrou e eu fiquei na sala de espera. E ali, minha gente, as regras são outras.

Eu, que sou a pessoa que não converso, começo a papear e pegar amizade com todo mundo igual mammy. Tinha a senhora que estava esperando a filha grávida dar a luz - e estava terminando o último casaquinho do neto. Tinha o filho esperando a mãe fazer um procedimento rápido. Tinha a esposa esperando o marido fazer a colonoscopia. Tinha o marido esperando a mulher fazer cirurgia da vesícula. Tinha a moça esperando alguém - sei que era homem pelo nome que vieram chamar, mas ela dormiu o tempo todo de espera na cadeira mais desconfortável do mundo. Tinha a faxineira reclamando que o bebedouro estava vazando água e ninguém vinha arrumar.

Ali se cria uma sociedade nova, onde todo mundo se conhece, conversa sobre os assuntos mais sem noção e vira amigo por algum período, que pode se tornar horas.

Enquanto estávamos lá, chega um cirurgião:

- Acompanhante da senhora Regina

- Sim, sou eu. É a minha mãe.

O cirurgião se aproxima e delicamente passa o braço pelas costas do garoto.

- Então, tivemos uma intercorrência durante o procedimento...

- Mas ela está bem, doutor?

- Sim, mas teremos que observar porque a pressão dela variou bastante.

- Não, doutor. Ela não tem problema de pressão. Falaram que o exame era rápido 

Nessa hora, todo mundo que estava esperando um "exame rápido" arregalou o olho.

- Sim, mas ela teve reação da anestesia e precisamos controlar a pressão por conta do coração....

Nessa hora, todo mundo que sabia que ia rolar anestesia no exame arregalou o outro olho

- Mas como ela tá, doutor?

- Ela está indo para UTI para obs...

- Não, uti não. Ela ia para casa! Ela ia fazer um exame rápido!

Aí, o cirurgião foi encaminhando o filho para fora da sala da espera e ficou aquele clima de preocupação, um olhando para cara do outro: afinal, ninguém tinha informação de ninguém que tinha passado pela porta do centro cirúrgico.

Em questão de segundos, a recepção do centro cirúrgico lotou: quero saber do meu marido, quero saber da minha mãe, como está a minha esposa, cadê meu filho... coitada da recepcionista.

Descobri que o garoto às 16h ainda aguardava para fazer o exame, sem água e sem comida desde às 10h mas que "estava sedado desde às 13h30, então não precisa se preocupar". Como não me preocupar? Sedação por tanto tempo não faz mal? Ah, mas tem uma enfermeira acompanhando, segundo a recepcionista. Grande alívio! #sqn

Conforme as horas passavam, alguns ficavam mais estressados, outros começavam a chorar e o coração disparava a cada vez que a porta do centro cirúrgico abria. "Acompanhante de....". Alívio para um que ia embora, preocupação para os outros que seguiam na espera. E, quanto mais a sala de espera esvaziava, mais angústia dava - afinal, cabeça de ansioso só pensa o pior.

Até que, finalmente, às 17h45, o garoto apareceu: de cadeira de rodas, mas bem consciente, e graças a Deus o exame deu certo.

Saímos eu e ele e o outro casal que o marido foi fazer colonoscopia. Ainda ficou o marido esperando a cirúrgia de vesícula da esposa, mas ele acabou ficando sozinho. Espero que tudo tenha dado certo.


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

4.1 reloaded

Oi tudo bem?

Sim, hoje é meu aniversário - 28 de fevereiro de 1983. 

Hoje entro na casa dos 40-e-1. :)

Graças a Deus tive um dia tranquilo - sem crises de ansiedade ou de identidade hahaha. Já comecei bem!

Ganhei parabéns do garoto ontem porque ele se confundiu com os dias; de mammy ganhei uma calça social para o trabalho; de pappy ganhei uma caixa super cheirosa de sabonete; da querida chefa que insiste em mudar meu jeito ganhei uma carteira de couro marrom (só uso preto, mas vamos fazer um esforço em prol da política da boa vizinhança) e das amigas do trabalho ganhei um "presente de grego": um fardo de Toddynho. :0

Sim, o achocolatado de caixinha. Segundo elas, eu tomo quase todo dia um desses na cantina e resolveram me dar um estoque para eu "economizar". Só quero ver para levar a caixa embora e estocar na minha minúscula cozinha. 

Ah, do garoto ganhei o presente no domingo: ele me levou para almoçar no meu querido restaurante italiano para comer meu amado risoto de camarão com a abóbora que custa dois rins e um fígado e deixamos para experimentar somente em duas datas especiais: meu aniversário e nosso aniversário juntos, em outubro.

Ontem à noite, fiz um ritual de passagem: assisti meu filme favorito - Mensagem para Você (You´ve Got Mail, 1998) pela enésima vez. Sei o filme de cor em inglês mesmo mas não me canso de assistir: é aquele tipo de filme que traz um conforto de outras épocas, que relaxa e me deixa com um sorriso no rosto. É o meu top favorito, mas gosto também de Capitão Fantástico e Lilo e Stich... e não me ocorre mais nenhum de memória agora.

Hoje, durante meu período de folga antes do trabalho, tive um boom de produtividade: recebi mammy para a visita de aniversário, limpei a casa, fiz meu treino, lavei roupa, fiz almoço e consegui ver 2 lives que estavam na minha lista do Youtube há semanas. Entrei bem na nova idade!

Para o próximo ano de vida, espero conseguir emagrecer (sim, a eterna briga da balança continua graças a minha falta de disciplina com alimentação e exercício mas isso é assunto para outro post) e prosseguir bem como estou (mesmo que fique sem remédio e terapia, também assunto para outro post).

Obrigada Deus por me conceder mais um ano!






sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Escrita Terapêutica - 17

 Olá tudo bem?

E começamos 2024... espero que por ai tenha começado bem. 

Por aqui, começamos com muitos rojões para resolver no trabalho, pappy enchendo o saco que quer comprar novamente um carro e disse que vai entrar na academia e eu tentando equilibrar todos os pratinhos da vida.

Ponto positivo: a psiquiatra me disse que, finalmente, cheguei no tal D0 e esperamos tirar o remédio daqui 1 ano. #oremos

Uma das coisas que tem me ajudado muito é estar aqui e só escrever... mesmo que seja sobre nada. E aprendi que isso é uma técnica de tratamento.

journaling é uma técnica que envolve escrever diariamente em um caderno ― ou quando sentir a necessidade de esclarecer ideias e estabelecer metas ― todos os pensamentos, desejos, medos e objetivos. Trata-se de permitir que a imaginação e a caneta trabalhem livremente, tornando a experiência única e adaptada a cada pessoa.

Como sempre gostei de ler e escrever, colocar no papel ideias, metas e desabafos tem me ajudado muito a me acalmar e clarear as coisas. Também tenho conseguido falar mais abertamente sobre as coisas - principalmente as que me aborrecem - e assim consigo tirar o peso das costas que sempre carreguei.

Aos poucos - bem aos poucos - estou percebendo uma certa melhora. 

Lógico que ainda tem muito para melhorar e um dos pontos mais frágeis para mim ainda é minha aparência. Meus quilinhos a mais me derrubam toda vez que subo na balança e, por mais que me dedique na alimentação e no exercício, nunca vejo uma grande perda ou uma boa melhora na saúde.

Mas vamos seguindo...

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Novo ano, vida nova - será?

 Oi tudo bem?


2024, o ano da mudança. Será?

Comecei o ano bem... reinando kkkkk Comi camarão demais e tive uma diárreia. Entrei 2024 dormindo e com dor de barriga.

Estou sem inspiração para escrever - calma, não estou tendo recaída da depressão. Só que os dias tem sido bastante corridos por conta do trabalho e por conta de tentar manter uma rotina que seja, no mínimo, saudável para mim.

Cuidar da alimentação, saúde e sono é muita coisa. Eu preciso planejar as comidas da semana, organizar os horários para não perder os treinos e me policiar para não ficar no celular até altas horas antes de dormir.

E no trabalho estamos com pessoal de férias e uma constante de problemas pipocando por conta dos erros e atrasos de outros. Se fosse na minha vez, dava justa causa para mim...

Pelas 2 primeiras semanas do ano, eu consegui me manter bem e com rotina regrada! E seguiremos assim, um dia de cada vez para chegar lá. Espero, sinceramente, terminar o ano sem terapia e sem remédio #oremos


E agora é a época que eu mais gosto do ano - premiações de cinema e Carnaval (que o meu pastor não me escute hahaha).

Na última semana, teve #goldenglobe com chuva de prêmios para Oppeheimer que eu tive o prazer de ir ver no cinema quando lançou. Sim, fui do time do contra e não perdi meu tempo indo de rosa ver Barbie - a agradeci por essa sábia decisão depois que vi o filme no streaming


E também vi o maravilhoso A Sociedade na Neve na (ou seria no) netflix e a-m-e-i de paixão. Aliás, já deu para perceber que filmes verídicos são os meus favoritos, certo?!

Uma super conquista logo no início do ano foi ter ido ao shopping, não ter comprado nenhum livro e ter comprado 3 blusinhas sem precisar fazer chamada de vídeo para mammy. #aterapiaestáfuncionando.

Bom, só passei para dar sinal de vida mesmo... e seguimos.


sábado, 30 de dezembro de 2023

Retrô 2023

 Oi tudo bem?


2023 definitivamente foi um ano fora da curva. Com certeza, 2022 teve muito mais acontecimentos trágicos para contar, mas 2023 foi um ano que eu tive que mudar para sobreviver.

Fiz coisas por impulso (as 2 viagens das férias para Campos do Jordão em abril e Monte Verde em outubro foram totalmente sem planejamento kkk), trabalhei muito, consegui voltar a estudar e conclui minha pós graduação, voltei a frequentar a minha igreja com mais frequência e consegui me encontrar quase no finalzinho do ano.

O tratamento para TAG e Depressão começou no final de agosto, quando eu realmente achei que não tinha mais alternativa para mim. Mas Deus, em Sua infinita misericórdia, me cercou de excelentes profissionais, família e amigos que me entenderam e me ajudaram a começar a sair dessa.

Das coisas que fiz e vi esse ano:

- meu filme favorito foi o evento Oppeheimer: fomos no cinema no meio da pink vibe da Barbie e não me arrependi de ver aquele acontecimento em tela grande e som ensurdecedor.

- minha série favorita foi The Chosen que mostra Jesus e seus apóstolos de uma forma bem mais acessível e descontraída do que estamos acostumados

- meu livro favorito foi a biografia do Elon Musk: que eu li no finalzinho do ano, depois que conseguir manter a minha meta de 12 livros/ ano (com muito custo porque, até agosto, eu tinha lido só 4:

1. Todo dia a mesma noite

2. Porque amamos cachorros comemos porcos e vestimos vacas

3. Adultos

4. A biblioteca da meia noite

5.  A Probabilidade Estatistica do Amor à Primeira Vista

6. Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível

7. Sabor

8. A origem

9. O que sobra

10. A historia de um anjo

11. Os 8 vestidos Dior

12. Elon Musk

 

Para 2024, espero saúde e paz e que a presença de Deus encha a todos os corações.

E, como diria Robertão, se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi....


 


Escrita Terapêutica - 16

Oi tudo bem?

Final de ano chegando, hora de olhar para trás e pesar os eventos desse ano tão puxado.

Resolvi compartilhar aqui alguns dos devocionais do ano que mais me ajudaram em momentos díficeis.

São textos extraídos do Pão Diário

Testemunha silenciosa

Amy vive num país onde é proibido pregar o evangelho. Ela é enfermeira formada e trabalha num grande hospital, cuidando de recém-nascidos. Ela é uma profissional tão comprometida que seu trabalho se destaca, e muitas mulheres têm curiosidades a seu respeito. Elas se sentem impelidas a fazer perguntas particulares. É então que Amy fala sobre seu Salvador abertamente.

Por causa de seu bom trabalho, algumas colegas sentiram inveja dela e acusaram de roubar medicamentos. Seus superiores não acreditaram nas acusações, e as autoridades por fim encontraram a culpada. Esse episódio levou algumas das enfermeiras a perguntar sobre sua fé Seu exemplo me faz lembrar o que Pedro disse: "Amados (...) Procurem viver de maneira exemplar entre os que não creem. Assim, mesmo que eles os acusem de praticar o mal, verão seu comportamento correto e darão glória a Deus" (1Pe2:11)

Nossa vida cotidiana em casa, no ambiente de trabalho ou na escola exerce um impacto sobre os outros quando deixamos Deus agir em nós. Somos cercados por pessoas que reparam no modo como falamos e nos portamos. Dependamos de Deus e o deixemos controlar nossas ações e nossos pensametos. Então, influenciaremos quem não crê, e isso pode levar alguns deles à fé em Jesus.