sábado, 31 de dezembro de 2016

Retrô 2016 - O ano!

Oi, tudo bem?

Último dia do ano, não podia faltar né?! Retrô 2016!!! "O" ano! O ano que virei gente grande, casei, virei "mãe" e nem atualizei tanto o blog porque a vida foi bem movimentada.

Mas ainda temos alguns registros aqui e lá vamos nós para relembrar:

1) Comecei o ano na igreja, com um baita crise de choro por saber que era minha última virada solteira. Tivemos a saga da #operacaocasamento com todos os preparativos descritos a cada cinco dias. E claro, com direito à um spin-off  sobre o presente misterioso.

2) Se 2016 foi "O" ano, Fevereiro foi "O" mês: mês do casamento, da lua de mel, do início da vida de casada.

3) Eu já estava com "tlinta e tlês" anos e já era uma senhora casada, sofrendo para aprender administrar tanta novidade junto. 

4) Abril foi o mês dos "primeiros": primeira tentativa de adotar uma "filha", primeiro acidente doméstico, primeira intoxicação sem ajuda de mammy. Ufa, eu sobrevivi!

5) Maio foi um mês mais tranquilo... acho que foi culpa do inverno. Algumas leituras, comecei a minha adequação à minha nova filosofia de vida, o minimalismo. E você conheceu nosso sobrevivente, o Cegueta.

6) O sexto mês do ano foi simplesmente perfeito, maravilhoso, lindo, abençoado por Deus. Nossa filha chegou!

A vida foi seguindo e o ano também, sem muitas coisas para contar. Meu ano ainda teve a castração da filha, nosso álbum de casamento que demorou seis meses para ficar pronto, fiquei doente e tentei começar uma vida saudável mas a coisa não saiu como planejado,  alguns progressos em relação à filha, o dia de ações de Graças com tanto para agradecer, o vício em Gilmore Girls e o nosso primeiro natal em "família".

Não ficou um post muito longo porque não dediquei tanto tempo ao blog este ano; foi um ano de adaptações e espero que consiga conciliar tudo melhor no ano que vem. Poucos livros lidos, poucos filmes e séries - apesar da Sky e do Netflix - mas a vida em si foi muito boa. Obrigada, Deus!

E, claro, para encerrar com chave de ouro... "Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!".

E como!!!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Primeiro Natal

Oi, tudo bem?

Primeiro Natal casada! Ai, meu Deus! Eu já odeio essa época do ano, né?! Para quem vem aqui há mais tempo, sabe que nunca fui fã de festas de final de ano (ok, eu era quando criança e ainda acreditava em Papai Noel... mas mudei de opinião conforme fui conhecendo o mundo aí fora).

Já não tinha muito motivo para celebrar porque a tia de mammy está internada no hospital com AVC hemorrágico, anemia, diabetes, pressão alta e penumonia. Bom, ela entrou só com o AVC, mas acabou com tudo isso durante a estadia na UTI improvisada do hospital por coma induzido (é, rede pública é punk!).

Com um parente no hospital - e essa é  bem querida porque mammy foi criada com ela desde os 7 anos - a gente acaba não tendo muito motivo para comemorar, certo!? Mas, como era meu primeiro natal casada, eu tinha que arrumar alguma coisa para a ocasião não ficar tão triste pelo fato que não ia estar junto com mammy 24 horas.

Graças a Deus, minha querida chefe montou um esquema de plantão no nosso setor e consegui 3 dias de folgas. Aproveitei para refazer a faxina de final de ano - que eu já tinha feito há quinze dias, mas confesso que estou ficando a #loucadalimpeza - e comprei as lembrancinhas de natal para todo mundo (lembrancinhas porque não tô para gastar muito dinheiro por causa da crise e por causa da minha filosofia de minimalismo que prima pelo combate ao desperdício e ao consumismo dessa época).

Na véspera de natal, passamos na casa de mammy. Foi minha primeira ceia de natal adulta porque, quando eu era criança, fazíamos a ceia eu, mammy e nossos bichinhos porque pappy nunca foi disso. O cardápio foi escondidinho de frango com creme de milho e salada de palmito e a sobremesa foi mousse de limão.

Pappy ganhou uma calça jeans e uma camisa; o garoto ganhou um perfume e uma bermuda; mammy ganhou um par de brincos, o mouse para o pc (que resolveu pifar bem na noite de natal) e um sabonete líquido importado e eu ganhei uma blusa, uma máscara para dormir (que eu amei), um seca salada (que eu adorei kkkk #donadecasa), um delineador e uma escova de cabelo elétrica.

No domingo, fomos almoçar com os sogros e foi uma catástrofe kkkk. O sogro torrou a carne na churrasqueira; o cunhado queria fazer peixe assado e o cheiro impregnou em tudo; a sogra fez lasanha para acompanhar o churrasco que não deu certo e ninguém comeu; a sobrinha estava com virose e dormiu o tempo todo e eu e o garoto só comemos linguiça e pão-de-alho kkk. E viva a família buscapé! kkkk

Teve culto de natal na igreja e o final da noite de domingo foi coroado com uma deliciosa chuva de verão e...infelizmente... com a morte do meu querido George Michael.

Termina logo 2016!



sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

GG: Um ano para recordar

Oi, tudo bem?


Nossa, este post está super atrasado. A nova "temporada" de Gilmore Girls: um ano para recordar estreou no Netflix em 25/11 às 6h e só agora consegui sentar para contar o que achei.

Já tinha comentado aqui que Gilmore Girls era a única série em comum que eu conseguia assistir com o garoto no Netflix. Motivo simples: conheci o seriado como Tal mãe, tal filha no SBT e me acostumei com a versão dublada. Dai, consegui levá-lo para o maravilhoso mundo de Stars Hollow por longas sete temporadas que assistíamos na hora do almoço ou aos sábados à noite, em maratonas regadas de pizza e coca cola. Ele, sempre fã do Luke e do time do Dean; eu sempre fã da Rory e super Jess Team.

Esperei com bastante ansiedade o tal revival prometido pelo Netflix e, lógico, que maratonamos os quatro episódios no final de semana de estréia.

Posso ser sincera? Terminei o quarto episódio com uma sensação meio agridoce.

* Contém spoilers*

A começar pelo formato: achei os episódios de 90 minutos com informação demais para processar. Alguns personagens importantes da história - como o pai da Rory, por exemplo - só tiveram uma cena, UMA CENA, durante todo o revival.


A cidade de Stars Hollow continua mítica como sempre, com seus personagens únicos que parecem que pararam no tempo. Se Stars Hollow continua basicamente a mesma, as Gilmores Girls de fato (Rory, Lorelai e Emily) estão em momentos difíceis de suas vidas. Lorelai ainda vive com Luke, mas está começando a se sentir estranhamente acomodada; Rory, apesar do sucesso na carreira, subitamente se encontra sem emprego e sem um teto para morar, o que a deixa perplexa; por fim, Emily está de luto pela morte de Richard, trocando suas roupas elegantes por jeans e camiseta e parecendo mais deprimida e ácida do que nunca.

Emily foi uma das minhas decepções no seriado: apesar de algumas cenas memoráveis como a que ela aparece de camiseta e calça jeans - #choquetotal - achei que deixaram a personagem muito descolada, como seu o centro da vida dela fosse o Richard. Se bem que deve ser mesmo muito estranho ficar viúva depois de tantos anos de um casamento sólido e duradouro. É, acho que ela não me parece agora tão decepcionante assim.

Rory, por sua vez, está totalmente perdida e sem rumo, sendo a outra do Logan e sem emprego fixo, sem casa, sem carro, "sem calcinha" (adorei essa frase). A famosa última frase do seriado não foi tão surpresa para mim: quando comecei a ver o último episódio, já imaginava que dar nisso mesmo. Mas me decepcionou um pouco porque parece que tudo o Lorelai passou para educar aquela garota direito foi direto pro lixo porque ela repete os mesmos erros que a mãe, mesmo tendo muito mais chances e oportunidades de fazer diferente.

Só que, mesmo com todas essas impressões meio negativas, o seriado não deixa de ter o seu charme. Gilmore Girls é um conto sobre família, em muitos sentidos, e a estreia no Dia de Ação de Graças, feriado mais “familiar” dos EUA, não é por acaso. E toda família tem os seus momentos agridoces, assim como nossa vida certo?!





quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Projeto Escrita Criativa: O que acontece com os personagens quando os livros fecham

Oi, tudo bem?

Que tema interessante!!!! Eu adorei quando eu vi. Quando eu era criança, eu achava que os personagens dos livros, assim como os meus brinquedos ganhavam vida depois da meia noite e andavam pela minha casa. Essa ideia veio da minha super criativa mamãe que me falava isso para eu ir dormir cedo e não acordar no meio da noite kkkk. Ela dizia que se minhas bonecas ou se um personagem do livro me visse, eles podiam morrer de susto e eu não ia querer isso, né?! Cada coisa que criança acredita kkkk

Eu gostaria que os personagens realmente tivesse vida, que eles existissem além da gente. Não seria nada mal se Coração de Tinta fosse de verdade, né?! Eu tenho alguns personagens queridos com os quais eu adoraria ter uma longa conversa; alguns, com certeza, me dariam ótimos conselhos.

Eles também poderia ficar lá, nas páginas dos livros, ansiosos esperando pelo momento de serem lidos, de receberem atenção. A vida deles não faria sentido enquanto não tivessem os olhos e a atenção de algum leitor, de alguém ávido para saber mais sobre a vida deles.

Mas, o que será que aconteceria com eles depois que a história termina? Já dizem que ninguém sabia o que aconteceu com os casais dos contos de fada depois do "felizes para sempre". Foram felizes mesmo? E na primeira TPM? E na primeira conta de luz atrasada? kkk vai saber né?!

Mas, seria muito legal se eles realmente pudesse interagir com a gente. Se bem, que daí eu não leria mais livros de terror hehehe.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Thanksgiving

Oi, tudo bem?

"Rendei graças ao Senhor porque Ele é bom, porque a Sua misericórdia dura para sempre"
Salmo 118:1

Hoje é Dia de Ações de Graça. Infelizmente, não temos o hábito de celebrar a data aqui no Brasil - apesar de termos copiado a Black Friday.

Mas eu tenho o costume de celebrar a data por ser uma tradição dos cristãos protestantes desde muito tempo atrás.

Antigamente, era o dia em que os colonos agradeciam a Deus pelo ano de colheita e compartilhavam com os mais pobres o que tinha restado da safra.

Hoje, aqui no Brasil, o dia serve mais como um memorial para olharmos pra trás e agradecermos a Deus por tudo. O simples fato de poder agradecer já é um grande milagre; afinal, se você está vivo para agradecer, está bem melhor que muita gente que não chegou até a data de hoje para ser grato. #filosofando.

Eu tenho muito a agradecer este ano.

1) Por ter corrido tudo bem com os preparativos do casamento e por todos os livramentos e providências divinas para resolver tudo que aconteceu de última hora (e foi emocionante, viu!?);

2) Pelo mês de fevereiro que foi lindo: casamento, lua de mel, aniversário, várias bençãos e livramentos. Tudo de bom!

3) Por sobreviver à adaptação do início do casamento.

4) Por não ter quebrado o nariz (nem o vidro) nesse dia aqui

5) Por Deus ter nos livrado de uma fria, mas nos ter dado um benção!

6) Pelo Cegueta ser um sobrevivente;

7) Pelo livramento com o garoto e pelas coisas estarem se encaixando.

E, com certeza, teríamos uma lista imensa aqui mas eu não registrei tudo no blog. Acho que escolhi viver mais do que escrever este ano que está terminando. Passeios, viagens, novas experiências: a vida de casada, com toda certeza, acrescentou muito para mim.

Aproveite e tire o dia para pensar nisso: para ser grato a Deus pelas pequenas coisas da vida e pelas grande também! Feliz Dia de Ações de Graças e que venha a Black Friday!



segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Está melhorando

Oi, tudo bem?

E não que parece que conseguimos reativar esse espaço aqui? Puxa vida, no feriado eu resolvi sentar o bumbum na cadeira e tirar a poeira do Blogger: fiz post, atualizar os links dos amigos que sigo (tinham uns que abandonaram o barco faz tempo, enquanto tinha muita gente nova e legal para entrar na lista). Ainda estou em débito com as postagem do Projeto Escrita Criativa, que continuo a participar mais por persistência do que por dedicação. Mas, obrigada por todos que passaram por aqui!

Aos interessados na filhota, o pezinho dela já melhorou, graças a Deus. No mesmo dia, depois de algumas horas, formou uma casquinha cicatrizante e parou de sangrar. Mas manicure e pedicure só no veterinário daqui para frente. 

Andei atualizando também os canais e favoritos do Youtube porque aquilo também estava um abandono só. Adicionei vários videos do canal da Paloma Soares ("Olááááá lindooonas! E meninos também que assistem o canal!" kkkk) de culinária e limpeza para dar um up em casa porque estou achando que os pisos estão começando a encardir. Moro no interior né?! E daí tem muita terra e vento e poeira e mato perto de casa e a casa é toda de piso e azulejos claros, claros até demais! Quando tudo está limpinho e cheirosinho, é uma beleza! Mas, para pegar poeira e sujar... é no estalar de dedos. 

Uma amiga minha me indicou um super produto que desencarde as coisas como em um passe de mágica. Lá fui eu na quinta para comprar o tal produto e adorei o atendimento da loja. A moça, com um sotaque muito simpático cantado do Nordeste, me ensinou como preparar e usar o produto e veio toda preocupada limpar minha mão porque pingou uma gota do produto e ela disse que ele é muito ácido. #fofa

No final de semana, terminei o seriado The Crown - sou a #loucadoseriadohistorico. O seriado foi uma das estreias mais caras do Netflix e conta a história da família real, sobre a vida da Rainha Elizabeth II e os bastidores do início de seu reinado a partir de seu casamento em 1947 até os dias atuais. Assim, os episódios também nos levam ao momento político, social e econômico do país e do mundo na época, revelando grandes eventos que moldaram a segunda metade do século 20. 

É muito legal ver que desde sempre a família real lida com os paparazzi e a imprensa fuçando todos os detalhes da vida da monarquia. A riqueza de detalhes nas locações e figurinos é de encher os olhos - inclusive, aos amantes da moda, a série é um prato cheio, pois nos mostra um verdadeiro desfile de modelitos masculinos e femininos espetaculares.  


As interpretações são majestosas, mas destaco a princesa Margareth de Vanessa Kirby e o simplesmente perfeito primeiro-ministro Winston Churchil de John Lithgow. É sério, gente: eu terminei o seriado muito inspirada em comprar de Natal os dois volumes da biografia do grande estadista que ajudou a governar a Inglaterra durante os períodos das primeiras guerras. E a rebelde Margareth é belíssimamente interpretada, servindo de contraponto à Sua Majestade, a rainha.

E sobre a crise, hein?! Gente, como a situação do país está feia. Os escândalos dos políticos corruptos não terminam nunca (#vergonha alheia pelo "evangélico" Garotinho e seu vexame na ambulância), as empresas não param de fechar e demitir (até o Banco do Brasil está fechando agências!) e até aqui na minha cidade a prefeitura está fazendo jornada reduzida para economizar dinheiro e garantir que as contas fechem no final do atual mandato. #fimdostempos

O garoto anda preocupado porque não está ganhando como ganhava antigamente, mas eu ainda acho que nosso padrão de vida não foi totalmente atingido e ainda conseguimos manter alguns luxos de final de semana. Mas eu gostaria de tentar pisar no freio, diminuir o ritmo dos gastos principalmente com lazer, para que possamos realmente seguir a filosofia do minimalismo: viver com menos. 

Ah, aproveitando #ficaadica do canal da Isadora que eu AMO de paixão: ela leva uma vida super minimalista com seu namorido e seus dois cachorros super fofos, Lucy e Ringo. Confiram!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Pequenas notas

Oi, tudo bem?

Focando na ideia de dar valor às pequenas coisas para ver se eu melhoro o meu psicológico, vamos a pequena conquista de hoje: a Neguinha andou de carro comigo.

É assim: ela foi adotada em 8 de junho desse ano e a madrinha dela - que foi quem a encontrou à beira da estrada - disse que ela tinha muito medo de carro, provavelmente porque ela foi abandonada por um. Ela me contou que teve um cara que entrou em contato com ela para saber sobre a cachorrinha e não retornou mais às ligações. Olhando o facebook do cidadão, ela viu uma postagem de algumas semanas antes doando uma cachorrinha de pequeno porte que batia com as características da minha filha (mas a postagem não tinha fotos para comprovar). Deduzimos que o cidadão não encontrou um novo dono e resolveu se livrar da cachorrinha na beira da estrada, na saída da cidade. #semcoracao #genteruim

Com esse trauma de infância, o veterinário dela nos orientou a não forçar a situação: então, não saímos muito com ela de carro. A pé, a coisa não é muito diferente: é só colocar a coleira e sair com ela na calçada e ela já treme toda e quase tem um infarto. A situação piorou um dia atrás aí que eu saí com ela e tentei dar uma volta na quadra. Passando perto de um portão, o cachorro deu um latido forte do lado de dentro e ela deu um pulo de susto! O tranco soltou a coleira do corpinho dela e ela disparou rua abaixo. Graças a Deus, eu ajoelhei e gritei o nome dela e ela olhou pra trás e voltou correndo desesperada pro meu colo. Quando a agarrei, ela arranhou meu pescoço e bateu no meu queixo de tanto medo, coitadinha. Depois desse dia, eu desisti totalmente de tentar sair com ela na rua: ao invés de acalmá-la, ela voltava mais estressada para casa.

Assim, seguimos nossa vida com ela correndo bastante pelo nosso quintal, fazendo muito exercício com as bolinhas e os brinquedos que demos para ela - dos quais, os de pelúcia não sobrevivem mais que alguns minutos, porque ela adorou fazer anatomia dos bonequinhos e abrir todos e arrancar toda espuma de dentro kkk #vocacaoparamedica

Hoje, eu tinha que levá-la para tomar banho e tosar e arrisquei levá-la dentro do Toddynho porque o pet shop é duas quadras acima de casa. Coloquei ela na coleira e abri a garagem (não tenho o hábito de deixar ela na frente de casa porque nosso portão é automático e tenho medo que ela escape, além de evitar sujeirinhas indesejáveis bem na frente da sala né?!) e ela foi meio receosa até o carro. Incentivei-a a entrar no Toddynho e ela foi meio ressabiada, orelhinha murcha, rabinho no meio das pernas. Amarrei a cordinha da coleira no apoio de braço da porta do passageiro e fomos bem devargazinho. E não é que deu certo?! Ela foi chorando um pouco, mas se comportou melhor do que o esperado e consegui levá-la e buscá-la sem maiores problemas.

Ou quase.

Primeiro, porque a moça tentou de novo cortar as unhas dela - da outra vez, ela tinha cortado demais e me avisou. Dessa vez, ela não conseguiu cortar tudo e até me pediu desculpas, mas não me disse na hora que tinha tentado cortar das patinhas de trás e tinha cortado demais. Quase tive um piripaque quando vi as manchas de sangue no piso de casa quando soltei ela no quintal. Liguei para o veterinário que disse que não era um caso grave e me orientou a fazer um curativo com gaze e pomada cicatrizante que ia parar o sangue em até uma hora. O garoto tirou sarro da minha cara, dizendo que sou mãe superprotetora e que ainda bem que não teremos filhos gente porque se eu já sou assim com uma cachorrinha, imagina com uma criança! Admito: até chorei de preocupação.

Segundo porque voltando para casa, teve um pequeno acidente com o vizinho da esquina que acertou um motoqueiro. Na hora que fui fazer a curva, tinha a caminhonete do vizinho, a moto do moço, mais duas motos ajudando e uma perua kombi cheia de gente no meio do cruzamento. Eu tentei atravessar o cruzamento para guardar o carro e a cachorrinha e voltar para ver se o vizinho ou o moço da moto precisavam de alguma coisa: não dava para fazer nada com a filha dentro do carro. Só que a tal kombi estava meio que andando, acredito que porque o motorista estava prestando atenção no acidente e não estava freiando 100%. Eu buzinei pedindo a vez e o cara da kombi me deixou passar. Só que na hora que eu estava guardando o carro, o tal cara da kombi buzinou e sinalizou falando que eu precisava ter mais coração. Oi? Eu só pedi a vez para passar e fui acusada de ser fria? Para governo daquele mané, eu guardei meu carro e minha cachorra e fui lá ver no que eu podia ajudar. Só que o vizinho é político da cidade e, lógico, não queria ajuda de ninguém e já estava cuidando de tudo sozinho mesmo. Vai que perde um voto, né?!

Com isso e com o sangue da patinha da Neguinha, meu almoço foi meio azedo e a comida ficou ruim e caiu feito cimento no estômago.

Ainda bem que hoje é dia de branco e eu vou trabalhar.