segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Black November

Oi, tudo bem?

Todo mundo conhece Black Friday, torce pela Black Friday, espera pela Black Friday. Mas e quando você tem um Black November pra lidar, hein?!

O início do mês foi tenso, como foi descrito no post anterior. Depois do baque da perda da mãe da minha amiga (que era tia da turma desde sempre, daquela que nos dava carona quando ainda não tínhamos CNH) e da perda do meu querido professor (quem quiser ter uma ideia de como ele era figura, clica aqui), cai de cama por causa de um resfriado pesado. E olha que fazia tempo que eu não pegava um resfriado desses.

Abandonei a casa, deixei as atividades pendentes e fiquei curtindo cama, chá, caldinho de mammy e mimo do garoto. Quando comecei a melhorar, o garoto caiu de virose.

Mas não foi uma virose qualquer. Ele passou tão mal na última segunda pela manhã que não conseguiu segurar e lavou o banheiro da suite com vômito. Coitado, fiquei morrendo de dó. Sabe aquela situação que você não sabe se vomita ou se c***? Exatamente assim; quem já teve virose das bravas, sabe do que estou falando.

Mudei ele pro banheiro social e criei coragem (Deus sabe onde!) para limpar o banheiro da suite. Só que ele continuou a passar mal... e eu tive que limpar o segundo banheiro também. Limpeza pesada, daquelas bravas mesmo, se é que me entende.

Tive que levar o garoto pro hospital de SAMU (e ninguém merece andar naquela ambulância que balança mais que carroça) e ele tomou soro para reidratar. Ficou a semana toda de molho em casa, com diarréia, cólicas históricas e fraqueza. A recuperação foi aos pouquinhos com caldinho da mammy (aliás, eu preciso aprender a fazer caldo de legumes urgentemente!), muito Gatorade, salada e frutas. Saldo final: cinco quilos a menos em três dias. 

Conclusão: mais uma semana que abandonei a casa, deixei as atividades pendentes e fiquei de enfermeira. 

O feriado prologado (na minha cidade também é feriado no dia 20) veio em boa hora. No sábado, só não lavei o telhado porque choveu. Fiz aquela faxina na casa de acordo, com todos os produtos de limpeza que tem direito. Depois, coloquei Rosicreide - dona máquina de lavar - para trabalhar e fui cuidar de mim: pé, mão, sobrancelha (estava parecendo o Melocotom), depilação, lavar e hidratar o cabelo de acordo. Aproveitei o sinal aberto do Telecine para colocar os filmes em ordem no feriado e faxinar os favoritos do Chrome que estavam abandonados há duas semanas.

Os feriados acabaram, as doenças também (graças a Deus pelo sustento e livramento de coisas piores) e o saldo final pré black friday foi que eu ganhei um celular novo do garoto (o meu estava pedindo clemência depois de 4 anos ininterruptos de uso e vários tombos) e conseguimos uma super promoção pré black friday para comprar a tv do quarto. Ebaaaaaa!!!! Ah, e até Toddynho passou por uma super recauchutagem no mecânico para garantir mais um ano ao meu lado!

E agora, vai começar a época do ano que eu mais "amo". Então, é Nataaaaaaaal.....

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

O que somos nós?

Oi, tudo bem?

Duas semanas seguidas com dois baques pesados de grandes perdas.

Na quarta passada, antes de ir dormir, entrei no Facebook e tomei uma bordoada de uma pessoa que ficou ofendida com um comentário meu. Para me distrair, fui conversar com a mãe de uma amiga que estava vendo 1922 no  (ou seria na?) Netflix. "E aí, tia? O filme vale a pena?". Ela não respondeu porque devia ainda estar vendo o filme.

Na quinta, o marido dela saiu pra trabalhar. O filho, irmão caçula da minha amiga, acordou e viu que a mãe ainda não tinha acordado. Chamou por ela na porta do quarto que estava trancada mas ela não respondia. Ele ligou pro pai e arrombou a porta. Ela estava dormindo... e gelada. Teve parada cardiorrespiratória durante o sono e não acordou para me dizer se o filme era legal. Tinha 53 anos, marido, 3 filhos, 1 genro, 1 nora, 1 netinho de meses de vida e um belíssimo trabalho social em nossa igreja.

Na segunda desta semana, acordei com a notícia que um grande professor meu do ensino médio estava desaparecido. Aos poucos, a polícia foi avançando na investigação e achou dois homens, um de 21 e um de 28, que estavam de posse da caminhonete do meu professor. Na terça, um dos homens confessou o crime e entregou o local do corpo. Segundo os depoimentos, eles pediram carona pro meu professor (um deles era conhecido da vítima) e o fizeram na intenção de roubar a caminhonete. Anunciaram o assalto no meio da estrada e, segundo eles, ele reagiu e eles entraram em luta corporal. Dois contra um. Eles espancaram, esganaram, arrastaram o corpo por cerca de 10 metros pra dentro do matagal e atearam fogo ao corpo com uso do perfume e das apostilas dele que estavam no carro. Segundo a perícia, ele ainda estava vivo no momento. O terceiro elemento envolvido, que ajudou a ocultar o cadáver, foi preso hoje de manhã. Meu querido professor tinha 51 anos, desde sempre dedicado ao ensino da matemática da forma mais brilhante que eu já vi. Fonte de inspiração para muitos jovens que tiveram o privilégio de serem seus alunos, há oito anos ele tinha aberto um colégio que era seu sonho de infância. Um cara batalhador, honesto, brilhante que teve sua vida ceifada de forma tão brutal.

E ai, eu te pergunto: o que somos nós? Nada, absolutamente nada. A avó que fez planos de brincar com o netinho não o fez. O professor que estava a mil por hora com a preparação para o ENEM não vai ver o resultado dos seus alunos. Mal sabemos nosso segundo a seguir e, muitas vezes, nos pegamos com picuinhas, briguinhas bestas, ofensas desnecessárias. 

Quanto à mãe da minha amiga, que talvez tenha sofrido pra morrer (acho que todos sofremos porque a morte não deve ser legal), creio que ela acordou no céu, nos braços do Pai, com a certeza de que "combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé" (2Tm 4:7). 

Quanto ao meu professor, que com certeza sofreu para morrer, não sei qual foi seu final do lado de lá. Não sei se era uma pessoa com fé em Deus, com Cristo em sua vida. Suas obras na terra foram grandiosas, mas perante o Pai somos todos iguais. Espero que ele tenha tido chance de estar próximo a Deus em vida para ter um descanso eterno na morada celestial.

E, com isso, quero deixar a minha conclusão dessas duas últimas semanas estranhas e difíceis: busque sua vida espiritual em primeiro lugar. Busque a Deus, busque a Cristo, busque a bíblia. Não falo de religião ou placa de igreja, mas de um relacionamento verdadeiro e direto com nosso Criador e Senhor. Depois que a gente morre, os amigos choram, a família sofre mas a vida segue. 

E o que você vai levar pro outro lado? 

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Morcego?


Oi, tudo bem?

Quarta feira, último dia de férias, resolvi fazer o dia render e valer a pena. Levantei cedinho e já peguei no pesado em casa para deixar tudo em ordem para amanhã não precisar limpar nada e me preparar para volta ao trampo. 

Enquanto estou lá erguendo móveis e tirando as coisas para lavar, passou uma revoada de maritacas em cima da minha casa e minha pequena saiu correndo no quintal. Dali a pouco, percebi que ela estava choramingando perto da pia do fundo, na nossa área gourmet (chique, não?! É apenas um coberto com churrasqueira e pia, mas dizem que esse aí é o nome correto para essa parte da casa kkk). Quando cheguei mais perto, só vi um focinho cinza gordinho, por entre as folhas do jornal que ficam embaixo dos vasos de boldo (sim, tenho muitos problemas digestivos e sim, tenho boldo em casa porque adoro tomar um chazinho detox de vez em quando). 

Era um rato... foi o que eu achei.

Entrei em pânico. Não que eu tenha medo de rato, mas eles são pequenos e muito rápidos e muito perigosos para saúde. Então, peguei minha baixinha no colo e corri para dentro de casa. Liguei pro garoto: "onde você tá?"; "do outro lado da cidade, porquê?"; "tem um rato no quintal!!!"; "aaaaaah, se tranca em casa com ela. Eu consigo chegar aí daqui uns 40 minutos".

40 minutos???? Fala sério!!! Até lá, o bichinho já estaria na porta de casa... Ecaaaaaa!!!

Apelei para pappy, que tem a manhã livre. "Você sabe matar rato?"; "Tem rato aí?"; "Acho que sim, lá fora."; "Tô subindo aí".

Em dez minutos ele chegou e me encontrou na calçada com vassoura e veneno para mosquito em spray na mão: "Será que ajuda?"; "Se não ajudar, pelo menos atordoa o bichinho".

Quando fomos chegando mais perto, escutei o barulho de patinhas na cuba da pia.... rasq, rasq, rasq, rasq...

"Aaaaah, filha... não é rato, é morcego!".


Como se esse diagnóstico fosse muuuito melhor....

O bichinho estava com a asa quebrada e, por isso (eu acredito), ele estava caído no nosso quintal. Pappy jogou um pouco de veneno em cima para atordoar mesmo e, infelizmente, não teve jeito e matou o coitadinho. 

Pegamos jornal para pegar o cadáver e jogamos no lixo. Passei alcool até nas telhas (exagero, mas a limpeza foi bem minuciosa) para garantir que não tivesse nada que ficasse contaminado. Para quem não sabe, morcegos são extremamente perigosos para animais domésticos por causa da raiva e eu não posso arriscar minha filhota, né?!

Valeu o susto e o atraso na faxina.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Férias?

Oi, tudo bem?


Amanhã, terminam minhas férias. Foram 10 dias oficialmente (mais os quatro dias do feriado de 12 de outubro que emendamos no trabalho) e não sei se fiz alguma coisa útil nesses dias. E férias não é pra isso mesmo?

Faxinei a casa, arrumei as coisas, doeei o que não estava usando, comprei o que faltava, vi filmes e li livros.

Filmes:

Zumbilândia - tosco, mas engraçado.

What the health - na linha que estou tentando seguir de uma vida mais saudável, mais um documentário doutrinário do Netflix sobre alimentação.

Kiss and Cry - filme bem água-com-açúcar sobre uma história verídica

Um Natal Animal - outro filme fofinho sobre animais e o espírito do Natal

Meus 15 anos - pensa em um filme leve e gostoso de ver!!! Eu adorei!

Nerve - em dias de vida digital, o filme vale a reflexão

Ex Machina - filme futurista com um filme surpreendente

Lion - filme indicado ao Oscar, muito bonito!

Loucamente apaixonados - que filme chato!

SOS Mulheres ao mar - Brasil sabe fazer comédia, né?!

A hora mais escura - mais de 2 horas de duração, mas a tensão cresce ao longo do filme e vale muito a pena

A garota do livro - achei que o filme prometia uma coisa, mas a história era outra e não gostei muito do andamento arrastado da história.

Li apenas o livro A Dama da Fé, biografia da esposa do Edir Macedo e não foi grande coisa: sabe que aqueles livros feitos pra vender, que mostram o quanto a pessoa sofreu para chegar onde está e o quanto ela é humilde, apesar de todas as suas conquistas. 

Do resto, não fiz nada de extraordinário; nem comemoramos nossos 6 anos juntos que foram dia 22... #triste

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Oi terrinha

Oi, tudo bem?

Depois de muito tempo, voltei para minha terrinha. E sozinha!

Tivemos um treinamento em São Paulo e minha chefe pediu para ir no lugar dela porque o marido dela está passando por um tratamento de câncer - aliás, oremos por ele porque ele é como um segundo pai para mim, já foi meu chefe por 4 anos no emprego anterior e, praticamente, tudo que sei no trabalho, aprendi com ele. Além dos dois serem meus padrinhos de casamento.

Como ele passou por uma cirurgia, ela queria ficar com ele e pediu se eu poderia ir pra Sampa no lugar dela. Macaco quer banana? Lógico que aceitei.

Fui de busão, sozinha pela primeira vez, e penei por quase cinco horas em um ônibus que pára se a árvore balançar na estrada. As outras duas meninas que iam de escolas da região, foram em outros ônibus em outros horários e fomos nos falando por zap até chegar na Barra Funda.

Pegamos táxi, fomos para o hotel e tivemos que comer lanche porque já estava tudo fechado às 22h05 (na verdade, o problema maior foi a localização do hotel bem no centrão velho de Sampa que é meio perigoso para sair à noite e as meninas não queriam pagar táxi que a empresa não ia reembolsar).

O lanche me fez ir  dormir depois das 2h da manhã. Admito: senti falta da cama, do chuveiro, da Neguinha e do garoto. Minha casa é meu pequeno paraíso e percebi que, agora que minha vida e da minha família está estabelecida, eu não tenho mais motivos parar querer morar longe, viver na correria extrema e só pensar em ganhar dinheiro. Tem coisa mais importante que isso. E essa vibe de minimalismo e slow living me faz dar valores maiores às pessoas do que as coisas (Deus, com certeza, é a principal razão de eu estar buscando uma vida melhor a cada dia).

Dia seguinte, caprichei no café da manhã (suco de melancia, ovo mexido, cereal com achocolatado e rabanada) e fomos pro treinamento. Depois, as meninas queriam bater perna no Brás com mala e tudo, mas consegui convencê-las a ir pro shopping.

Quarenta minutos depois.... ar condicionado e segurança, pudemos comer e passear tranquilamente antes de ir pro terminal para voltar para casa. 

Subindo a rampa do terminal, tinha uma senhora bem figura na minha frente (calça moletom dois tamanhos menores, mochila virada na frente do corpo e viseira de praia em um corpinho de 1,4 m) que ficava me fazendo careta, enquanto um "nóia" (palavras da senhora) estava em cima da minha amiga para ajudá-la a carregar a mala. Confesso que não sabia se estava com mais medo da senhora ou do garoto. No final da rampa, o garoto devolveu a mala para minha amiga e nos desejou boa viagem. A senhora me agarrou pelo braço: "estava te avisando que ele é perigoso!". 

Gente, eu fiquei até sem graça. Sei lá se o cara era perigoso ou não, mas a que ponto chegamos de ter medo das pessoas por causa da violência? Que mundo é esse?

Casa, cama, chuveiro, ver minha filha, minha mãe e dormir com meu garoto... essas coisas não tem preço e Sampa não tem mais o mesmo gosto de antes.

domingo, 8 de outubro de 2017

Macarronada com amigos

Oi, tudo bem?

Muito feliz por ser casada, fico mais feliz ainda por não ter hora para voltar para casa. E, com isso, a gente deveria aproveitar mais para sair com os amigos e curtir a vida, mas ultimamente temos ficado em casa curtindo nosso PSN (pizza-sofá-netflix) com nossa filhota de quatro patas.

Mas, de vez em quando....

Os amigos mais chegados estão em outro ritmo. Um está com filho pequeno e o outro casal está juntando dinheiro para a segunda fase da reforma da casa. Por isso, as saídas são escassas e bem econômicas. No último final de semana, resolvemos fazer macarronada em casa e sessão pipoca (sem pipoca, com sorvete).

Fomos inaugurar a sala do casal que está com a casa em reforma. A macarronada, de molho rosê com calabresa e milho, foi acompanhada de suco de uva integral que estava na  promoção do mercado. A sobremesa foi sorvete de chocolate e o filme da noite foi O Círculo.

O filme, produzido por Tom Hanks e baseado no livro do mesmo nome, aborda um cenário futurístico que é quase presente, em que nos deparamos com elementos no nosso dia a dia, especialmente no que diz respeito ao mundo das redes sociais.

O filme é muito atual, colocando em discussão este universo em que empresas são objeto de idolatria. Por sinal, a Circle tem muitos elementos que lembram companhias como Apple e Facebook.

Achei o filme meio superficial ao abordar temas tão atuais e polêmicos. O perigo do avanço da tecnologia e o final da privacidade, em nome da "segurança e bem estar de todos" tem tudo para dar um desfecho pesado na história, mas por fim o desenlace é sem impacto e inespressivo. Vale a dica para refletir além da história, que fica bem no plano raso.

O programa não foi mais legal porque estava super desconfortável no sofá e o garoto estava caindo de sono, por causa da correria da semana (calor=muito trabalho). Por isso, no domingo, nós literalmente morgamos em casa e eu maratonei mais dois filmes.

Consegui achar IT - A coisa com uma qualidade legal na Internet e resolvi dar uma chance ao palhaço Pennywise que me deu tanto medo na infância (vi a versão da década de 90 sem querer porque vi o palhaço na capa do vhs e achei que era filme de criança - oi? - e acabei ganhando meu pânico por palhaços ali). Já tinha visto muitos vídeos no Youtube sobre o livro e o novo filme e devo admitir que não fiquei com tanto medo, mas fiquei bem impressionada. 

As cenas mais impactantes de It - A Coisa se intercalam entre sequências de terror intensas e alívios cômicos imediatos. Diferente da maioria dos filmes do gênero, It toma muito tempo aprofundando a relação entre os membros do Clube dos Perdedores e apresentando a vida dos principais componentes do grupo. Nisso, o longa consegue, com a ajuda do ótimo elenco, criar uma afeição do espectador com cada um deles. O filme brinca habilmente com os nervos do público: logo após uma tirada engraçada, um momento aterrorizante aparece de surpresa; no final de um episódio sangrento, um dos garotos lança uma frase cômica para desestabilizar o espectador. 

Eu sou apaixonada por histórias do Stephen King, justamente pelo terror psciológico que sempre trabalha no subjetivo e IT consegue deixar isso bem claro com as aparições da Coisa variando de acordo com os medos de cada personagem.

Depois de um filmão de terror, fui para uma coisa mais leve. Em defesa de Cristo é um filme pequeno, com pouca recepção no circuito comercial, sobre a investigação do jornalista Lee Strobel sobre a ressureição de Cristo. Após a conversão da esposa, o jornalista resolve pesquisar as evidências da ressureição de Cristo para provar que ela está errada em seguir uma religião. 

Temos, ao longo do filme, a exposição de uma série de profissionais que atestam a verdade na história de Cristo como historiadores, psicólogos.... Eu achei o filme um pouco arrastado e o debate sobre o Cristo me soou mais brando do que no filme Deus não está morto, por exemplo.  O filme subaproveita o livro original, que tem um tom bem mais investigativo e cético do que doutrinário - talvez, por isso, tem sido best seller.  Para quem é cristão, vale muito a pena. Para quem é cético, assista com boa vontade por favor.

domingo, 24 de setembro de 2017

Seria eu uma cerimonialista?

Oi, tudo bem?

Tem coisas na vida que não damos muito valor até precisarmos. Quando me casei, não esquentava a cabeça com muita coisa de casamento e cerimonial era uma delas. Só contratei uma amiga  para fazer o cerimonial do casamento por insistência da mammy. Mas, no último final de semana, vi o quanto isso é importante em uma cerimônia.

Tivemos o casamento de um primo do garoto que foi muito bonito e bem simples, mas que eu fiquei com dó por não ser mais íntima da noiva para poder ajudar na cerimônia. Foi tudo super desorganizado do começo ao fim e vou até elencar os problemas para ter noção da encrenca:

- ninguém cuidou da entrada dos padrinhos (que entraram todos praticamente juntos); 

- a noiva quis fazer uma declaração ao noivo de dentro do carro antes de entrar e o microfone ficou falhando; 

- a equipe da igreja nem fechou a porta na entrada da noiva e todos vimos ela saindo do carro (quebrou o encanto, né?!); 

- não teve roteiro na cerimônia e o pastor esqueceu da música na hora das alianças; 

- a noiva saiu pra um lado e o noivo pro outro lado para cumprimentar os padrinhos; o noivo já tinha cumprimentado todo mundo e a noiva ainda estava na terceira pessoa da fila;

- a florista entregou flor pra todo mundo do altar (ao invés de entregar apenas para as madrinhas) e foi andando no meio dos noivos para entregar (ao invés de esperar no pé do altar e entregar na saída dos padrinhos); obviamente, faltou flor e rolou um "escravos-de-jó-jogavam-cachangá..." entre os padrinhos para passarem as flores para as mulheres que ficaram sem.

Você deve estar pensando "que pessoa cricri!", "você só olhou os defeitos!". A cerimônia foi belíssima na sua simplicidade e eu adorei alguns pontos, como a entrada de dois meninos como "segurança" da noiva, as músicas foram muito bem escolhidas, o carinho da mãe da noiva que entrou com o noivo porque a mãe dele não quis vir no casamento (longa história de família...), a declaração que o noivo fez pra noiva no altar (tocante e romântica, realçada pelo nervosismo dele que ficou mais fofa ainda), entre outros pontos.

Só que eu percebi o quanto é importante uma boa organização em uma data tão especial. Lógico que eu acho que os noivos nem perceberam esse tipo de coisa porque o nervosismo da ocasião causa amnésia mesmo (eu revi meu vídeo de casamento e percebi erros que não tinha nem notado no dia). Mas eu fiquei triste porque não era íntima da noiva para tentar ajudar a organizar um dia tão especial e evitar tantos problemas.

A festa também foi bem simples e acabamos não ficando muito porque estava muito quente e o garoto queria vir pra casa comer pizza kkkk. De todo o episódio, me marcou o carinho da sogra que foi super atenciosa com cada convidado, tendo a preocupação de falar e agradecer a cada um dos presentes. #lindo