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sábado, 23 de novembro de 2013

Educação, por favor!

Oi, tudo bem?

Gente culta é outra coisa, né?! E conviver com gente educada é a melhor coisa do mundo! Não estou falando de estudo em si: não é porque o cara é PHd em alguma coisa que ele não pode ser um total porre de pessoa (se bem que eu nunca vi gente muito inteligente ser sem-educação... se existir, por favor não me apresente!).

Há umas duas semanas atrás, eu e mammy resolvemos ir numa apresentação de ballet que ia ter no teatro da cidade. O festival era de uma escola de educação infantil e fundamental da cidade que atende pessoas, digamos assim, mais "simples" (outra coisa: falta de dinheiro também não faz a pessoa mais ou menos educada...mas, algumas vezes, as coisas coincidem como foi o caso desse dia).

Estamos acostumadas a frequentar esse tipo de evento que costuma ser muito relaxante: música, dança, teatro...a nossa versão do céu. Mas nesse dia, o teatro estava mais para a sala de espera do inferno.

O local estava extremamente lotado, insuportavelmente quente. E, como diria Caco Antibes, a Creuza estava de bermuda de cotton e bata de viscose, guardando lugar para 25 pessoas da família, incluindo a mãe da Kathelene que ia dançar e foi lá atrás arrumar a menina.

Conclusão: não tinha um santo lugar para sentar, nem no corredor. Saí do teatro para tentar ver se tinha cadeiras extras para pegar porque vi um monte de gente subindo com umas cadeiras de "prástico" brancas. As tais cadeiras, na verdade, estavam lá na frente do palco com uma plaquinha de "reservado para equipe técnica", mas quem disse que o povo respeita "praca"?!

Enquanto isso, mammy ficou em pé, no fundo do teatro esperando eu voltar. E foi quando ela estressou e resolveu vir embora. Porque tinha uma senhora bem idosa do lado dela, que também estava procurando lugar pra sentar, e começou a passar mal por causa do calor. "Ai, não tem lugar e eu não boa". A Creuza, sentada em berço esplêndido entre 6 lugares "guardados" para família, olhou a cena e fez cara de paisagem. E daí, mammy estressou e preferiu vir embora e não ver o ballet, a ter que ficar presenciando esse tipo de cena e ser obrigada a brigar com alguém.

Contei tudo isso porque, no último final de semana, uma grande amiga minha chamou a gente para assistir um festival de música de uma escola da cidade. Escola tradicional, com mais de 100 anos de funcionamento e uma mensalidade, digamos, bem alta para maioria das pessoas. Mammy nem quis ir: estava com sono, cansada da semana e meio traumatizada do último evento. O garoto, apesar de cansaço também, topou ir comigo.

Que diferença!

O teatro também estava cheio, mas dentro da sua capacidade. A organização do evento - muito cuidadosa por sinal, - cuidou de abrir janelas e ligar todos os ventiladores e não exagerou na iluminação do local para não criar aquele "efeito estufa". A apresentação começou pontualmente e nem vimos a hora passar. As pessoas faziam silêncio durante as músicas para todo mundo conseguir realmente apreciar o concerto. Quanta diferença!


Por isso, fica a dica: seja sempre educado, sendo rico ou pobre, estudado ou analfabeto. Educação vem de berço e não tem coisa melhor nesse mundo do que falar com alguém que usa e conhece bem as três palavrinhas mágicas: por favor, obrigada, com licença.


domingo, 13 de novembro de 2011

O dia em que fui na orquestra no escuro

Oi, tudo bem?
Pois é, o título é verdadeiro. Ontem, pela primeira vez na vida, fui assistir uma orquestra no escuro. Ou quase...eu explico.

Depois de tudo que andou me acontecendo nos últimos dias, ontem tivemos o privilégio de assistir um concerto da Orquestra Bachiana do SESI-SP regida pelo inigualável maestro João Carlos Martins e participações mais que especiais de alguns convidados ilustres dos quais eu não lembro o nome agora (mas o talento deles está bem guardado na memória).

Mammy estava realizada com esse evento porque, da última vez que eles vieram na minha cidade, nós não pudemos ir porque estávamos trabalhando no horário (a apresentação foi em uma sexta-feira e a gente trabalha até às 22h). Mas ontem estava tudo combinado para realizarmos um sonho de mammy. Se não fosse a chuva....

O evento estava marcado para às 20h. Pretendíamos sair de casa às 19h para chegarmos cedo e pegar um bom lugar, de preferência no pé da boca-de-cena do teatro (na última apresentação, várias pessoas assistiram em pé porque o teatro não tinha assento para tanta gente). Portanto, tínhamos que começar a nos arrumar por volta das 18h30, o que nos levava a ter que jantar às 18h. Tudo cronometrado, certo?!

Porém, lá pelas 17h30 começou a cair um pequeno dilúvio na cidade. O céu já estava bem fechado com densas nuvens negras desde o meio da tarde, mas sabe como é, né?! A gente espera, espera, espera e geralmente só venta e suja o quintal... chuva que é bom, nada! Mas ontem tinha que ser diferente.

No primeiro raio que surgiu no céu, seguido de uma gigantesco estrondo do trovão...pufffff!!! Lá se foi a energia elétrica. Pappy correu pro telefone para ligar no 0800 da concessionária e, pra nossa surpresa, não foi o atendimento automático que o atendeu com aquela mensagem fofa "já estamos cientes da falta de energia no endereço xxxx. A previsão de retorno é de xxx minutos". Pappy foi transferido para uma atendente que abriu um chamado, passou um número de protocolo (que geralmente não funcionam para nada...mas isso é papo para outro post) e disse que a previsão de retorno da energia era para... DUAS HORAS DEPOIS!!!

Bom, o mundo estava caindo do lado de fora, estávamos no escuro, com fome e sem chance de se arrumar para ir para a orquestra. Desanimamos?! Jamais... kkkk... Mammy improvisou uma iluminação no fogão com uma pequena lanterna e conseguiu fazer um lanche esperto pra gente. Com o celular, consegui iluminar a pia do banheiro para acertar a pasta de dente nas cerdas da escova de dente (e não na pia ou na minha mão) e consegui escovar os dentes e colocar as lentes de contato. Com a mesma lanterna do jantar, iluminamos o guarda-roupa para acharmos as roupas que íamos usar naquela noite.

Pappy guardou o carro dele na garagem e ligou os faróis para iluminar a sala, enquanto a gente improvisava um espelho para pentear o cabelo. E assim fomos.

Apesar de todo esse improviso, não chegamos com a roupa no avesso ou algum fio de cabelo fora do lugar, ou batom borrado na bochecha...rsrsrs... e tivemos a oportunidade de assistir um espetáculo maravilhoso da arte da música.

Valeu a pena ficar quase 1 hora em pé pra esperar abrirem a porta do teatro (parênteses para a observação da falta de consideração da equipe do teatro com os vários velhinhos que também ficaram esperando quase 1 hora em pé pelo mesmo evento).

Valeu o esforço para poder ouvir a versão mais linda que já tinha visto do tema do filme
CINE PARADISO.

E valeu mais a pena ainda para ver
esse pequeno talento cantando My Way.


Valeu mesmo!