Oi, tudo bem?
Gente culta é outra coisa, né?! E conviver com gente educada é a melhor coisa do mundo! Não estou falando de estudo em si: não é porque o cara é PHd em alguma coisa que ele não pode ser um total porre de pessoa (se bem que eu nunca vi gente muito inteligente ser sem-educação... se existir, por favor não me apresente!).
Há umas duas semanas atrás, eu e mammy resolvemos ir numa apresentação de ballet que ia ter no teatro da cidade. O festival era de uma escola de educação infantil e fundamental da cidade que atende pessoas, digamos assim, mais "simples" (outra coisa: falta de dinheiro também não faz a pessoa mais ou menos educada...mas, algumas vezes, as coisas coincidem como foi o caso desse dia).
Estamos acostumadas a frequentar esse tipo de evento que costuma ser muito relaxante: música, dança, teatro...a nossa versão do céu. Mas nesse dia, o teatro estava mais para a sala de espera do inferno.
O local estava extremamente lotado, insuportavelmente quente. E, como diria Caco Antibes, a Creuza estava de bermuda de cotton e bata de viscose, guardando lugar para 25 pessoas da família, incluindo a mãe da Kathelene que ia dançar e foi lá atrás arrumar a menina.
Conclusão: não tinha um santo lugar para sentar, nem no corredor. Saí do teatro para tentar ver se tinha cadeiras extras para pegar porque vi um monte de gente subindo com umas cadeiras de "prástico" brancas. As tais cadeiras, na verdade, estavam lá na frente do palco com uma plaquinha de "reservado para equipe técnica", mas quem disse que o povo respeita "praca"?!
Enquanto isso, mammy ficou em pé, no fundo do teatro esperando eu voltar. E foi quando ela estressou e resolveu vir embora. Porque tinha uma senhora bem idosa do lado dela, que também estava procurando lugar pra sentar, e começou a passar mal por causa do calor. "Ai, não tem lugar e eu não tô boa". A Creuza, sentada em berço esplêndido entre 6 lugares "guardados" para família, olhou a cena e fez cara de paisagem. E daí, mammy estressou e preferiu vir embora e não ver o ballet, a ter que ficar presenciando esse tipo de cena e ser obrigada a brigar com alguém.
Contei tudo isso porque, no último final de semana, uma grande amiga minha chamou a gente para assistir um festival de música de uma escola da cidade. Escola tradicional, com mais de 100 anos de funcionamento e uma mensalidade, digamos, bem alta para maioria das pessoas. Mammy nem quis ir: estava com sono, cansada da semana e meio traumatizada do último evento. O garoto, apesar de cansaço também, topou ir comigo.
Que diferença!
O teatro também estava cheio, mas dentro da sua capacidade. A organização do evento - muito cuidadosa por sinal, - cuidou de abrir janelas e ligar todos os ventiladores e não exagerou na iluminação do local para não criar aquele "efeito estufa". A apresentação começou pontualmente e nem vimos a hora passar. As pessoas faziam silêncio durante as músicas para todo mundo conseguir realmente apreciar o concerto. Quanta diferença!
Por isso, fica a dica: seja sempre educado, sendo rico ou pobre, estudado ou analfabeto. Educação vem de berço e não tem coisa melhor nesse mundo do que falar com alguém que usa e conhece bem as três palavrinhas mágicas: por favor, obrigada, com licença.
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