Oi, tudo bem?
Na tentativa de dar um novo gás ao blog - e à algumas partes da minha vida - surgiu um projeto muito legal que fui convidada a participar pela Fê Rodrigues, o Escrita Criativa.
O grupo no Facebook tem o objetivo de reunir pessoas que gostam de escrever e conta com 3 tipos de atividades diferentes para participar:
- o tema do mês que é votado entre os membros do grupo
- o gênero literário (um por mês, definido pela moderação)
- Fazendo História (em que os participantes escreverão um livro juntos)
Para começar, foi proposto uma publicação bem inusitada, as Morning Pages.
Pensando que escrever histórias é um processo intenso, que precisa de um autor inteiro, vivemos uma rotina tão estressante que, muitas vezes, temos o tal bloqueio criativo. Há um exercício – de vida, diga-se de passagem – chamado Morning Pages (Páginas Matinais, em tradução livre) que tem como objetivo “limpar a mente” e registrar ideias, falas, sentimentos e possíveis rascunhos de material de escrita. Mais que uma tempestade de ideias, as Morning Pages servem para liberar a mente do escritor para a criatividade. Criada pela artista Julia Cameron (autora de mais de trinta livros, dentre eles, The Artist’s Way e The Miracle of Morning Pages), a atividade funciona da seguinte forma: você deve escrever três páginas de tamanho A4, no início de cada uma das suas manhãs, com pensamentos, sentimentos, acontecimentos e tudo mais que cruzar a sua mente.
A ideia era criar 3 morning pages, mas com muito custo, consegui escrever uma hoje... Aí vai:
Bom dia papel,
Bom, tenho que começar por
onde? Hum...vamos ver como foram as minhas últimas manhãs... porque,
ultimamente, minhas manhãs tem sido um tédio... apesar que outro dia – na quinta
pra sexta – eu quase nem tive manhã porque parecia um zumbi em pé, já que não
consegui dormir direito por causa dessa tosse irritante e fiquei acordada até
as quatro da manhã vendo TV.
Aliás, isso me faz lembrar
que preciso baixar o documento Ilegal – a vida não espera para mammy ver.
Assisti no GNT e fiquei chocada com as histórias. Tudo bem que achei o filme
totalmente parcial, daqueles feitos para te induzir a apoiar a legalização da
maconha. Mas acho que é um tema válido para ser debatido, apesar dos interesses
capitalistas da indústria farmacêutica.
Mesmo agora, duas manhãs
depois, ainda sinto o efeito de ter visto aquele documentário e ter
compartilhado um pouco do sofrimento daquelas pessoas com dores crônicas.
Credo, aquilo não é vida.
O que mais posso escrever
aqui? Será que posso falar das minhas noites também? Que não tem sido boas por
causa da tosse e por causa da ansiedade. Casa, casamento, lua-de-mel, vida
nova, ficar longe de mammy... esse último item me dá nó na garganta só de
pensar. Acho que é por isso que tenho chorado tanto ultimamente. Choro até em
inauguração de supermercado! Que droga ficar tão emotiva!
Deus, ou Espírito
Santo, ou minha consciência...sei lá...ficam me dizendo para não ficar, que a
ansiedade não leva a lugar nenhum e não ajuda em nada, não resolve nada. Que
não é para eu ficar tão desesperada que tudo vai dar certo, vai se ajeitar com
o tempo. Mas está difícil dar ouvidos à Ele, viu?!
Tem horas que queria
fechar os olhos e acordar daqui um ano, com tudo estabelecido e terminado para
eu não sofrer tanto...pena que não dá para fazer isso.
Hum...bom, hoje é
domingo...dia de ficar de bobeira com mammy...vendo TV e arrumando as
coisas...bora lá?!