quarta-feira, 14 de novembro de 2018

E mais uma perda

Oi, tudo bem?

E lá vamos nós para mais um velório...

Entre as duas perdas da minha amiga, o garoto perdeu a avó.

Ela já estava velhinha - ia fazer 90 anos em outubro - e começou a desenvolver os problemas típicos da idade.

Problema no coração - toma remédio que mexe com o rim.

Problema no rim - toma remédio que mexe com o intestino.

Problema no intestino - toma remédio que mexe com o fígado.

Conserta de um lado, estraga do outro.

Ela já tinha deixado avisado que não queria que estendessem a vida dela no leito do hospital; e assim foi feito. Ela foi internada e teve uma piora rápida - menos de 1 semana depois, ela faleceu.

O velório foi muito sentido por todos porque ela era a vó mais ativa, tão velhinha mas tão disposta, tão lúcida. E, pra ajudar, na hora do enterro, lá estávamos nós de novo com aquela garoa fria e gelada para encerrar a tarde.

Parecia o dia chorando a morte dela....

terça-feira, 13 de novembro de 2018

O que é a vida?

Oi, tudo bem?

Escrevo esse texto com um certo peso no coração por uma amiga que teve um ano bem difícil até agora.

Infelizmente, ela perdeu duas pessoas extremamente importantes na sua vida, dois pilares que sempre a sustentaram em todos os sentidos. Ela perdeu a mãe e a vó em menos de 2 meses.

Acompanhamos toda a dor que ela enfrentou, o período sofrido de internação da mãe que teve complicações de uma cirurgia por um erro médico e a internação da avó que veio logo em sequência e parecia uma repetição dos acontecimentos anteriores.

Nessa hora, o que a gente fala para uma pessoa dessas? Existe alguma palavra para consolar, diminuir a dor ou abrandar a perda? Como ajudar uma pessoa assim a seguir em frente, a levantar todos os dias apesar da dor, a seguir com a vida apesar do sofrimento?

Como bem disse o pastor Hernandes Dias Lopes em um vídeo que eu enviei para ela ver, de todas as dores da vida, a dor do luto parece ser a mais aguda. Infelizmente, todos nós enfrentaremos essa dor, ninguém escapa. Não é fácil enterrar um ente querido ou um amigo do peito. A dor do luto dói na alma, aperta o peito, esmaga o coração e arranca lágrimas dos nossos olhos. 

Até Jesus chorou no túmulo de Lázaro.

Mas, existe um amparo, um conforto na fé que nos sustenta todos os dias. A mesma fé que nos faz levantar para buscar o pão, para procurar um emprego, para levar o filho no médico, para acreditar no amor. A fé em Cristo traz a esperança porque Jesus já venceu a morte. Aqueles que nele creem nunca morrerão eternamente. 

Aqui, choramos a dor da saudade, mas sabemos onde nossos queridos estão. Eles estão no céu com Jesus. Para os filhos de Deus, que nasceram de novo, morrer é deixar o corpo e habitar com o Senhor.  Como já disse o apóstolo Paulo, "viver é Cristo e morrer é lucro"(Fp 1:21).

Isso não abranda o sofrimento, a dor. Mas Deus nos sustenta de forma sobrenatural. Tenho uma amiga que perdeu o marido muito cedo - ela até tem um blog contando toda a história. Aprendi com ela o sentido do versículo bíblico sobre "a paz que excede todo o entendimento" (Fp4:7). Aquela paz que brota no coração da gente na hora que não era para ela estar lá, aquela força que vem de dentro e te ajuda a seguir um pouquinho a cada dia até o sol nascer de novo. Essa paz é Deus e só Ele consegue fazer isso.

Oro pela amiga todos os dias - para que ela venha experimentar essa paz que excede todo o entendimento.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Bora descansar, mammy?

Oi, tudo bem?

Pra quem não sabe, mammy já tem 62 anos (com carinha de uns 50, pode acreditar) e trabalha fora há quase 10.

Antes de casar, ela trabalhava fora mas quando se casou, em 1982, ficou naquele dilema que as mulheres tinha naquela época: continuar trabalhando fora ou virar dona de casa? (Ô tempo bom....).

Como ela engravidou rápido de mim (tipo um mês depois de casada), ela acabou ficando com a 2ª opção e foi assim por quase longos 18 anos.

Quando eu estava na faculdade, passamos por sérios problemas financeiros (novamente, porque pappy já tinha falido quando eu tinha 12 anos e tivemos que vender casa, carro, rim para pagar dívidas de bancos e agiotas).

Naquela 2ª falência da família, eu já estagiava e mammy se virava nos 30 para ajudar na renda da casa, mesmo sem trabalhar fora: vendia pão, tapete de crochê... até itens da cesta básica que eu recebia e que não usávamos, ela vendia na venda da esquina para fazer um troco.

Ela começou a pegar serviço terceirizado de banca de calçado para fazer casa: costura, bordado, enfeites. E assim foi até ela conseguir um emprego registrado na cozinha de um hospital da cidade. Trabalhou 3 meses lá e não aguentou a pressão de uma abençoada colega de trabalho que era o próprio cão-chupando-manga para infernizar a vida das outras.

Voltou para o calçado mas não desistiu do emprego registrado. Prestou vários concursos e, finalmente, foi chamada para trabalhar de merendeira municipal. Meu maior orgulho! Ficou 8 anos na mesma escola, trabalhando manhã e noite e segurando toda a cozinha com mais de 100 alunos sozinha à noite sem receber hora extra.

Quando finalmente conseguiu mudar para horário diurno, as substitutas dela foram trabalhar em 2 à noite para cerca de 60 alunos e ainda receberam hora extra porque acharam o serviço puxado demais. É, mammy é muito boa no que faz mesmo.

Só que serviço de cozinha é muito puxado e a saúde dela começou a cobrar o preço: artrose, artrite, dores nas costas, nas mãos... Então, com a eminente reforma da previdência para acontecer e ela correndo o risco de ter que trabalhar até os 75 anos, conseguimos convencê-la a entrar com o pedido de aposentadoria.

Fizemos todo o processo pelo aplicativo MeuINSS porque a agência da nossa cidade não faz mais nenhum atendimento presencial sem que tem algum registro de solicitação pelo aplicativo. A solicitação foi feita em 24 de julho e o pedido foi aprovado religiosamente em 10 de setembro (a data que constava no pedido era 7 de setembro, mas foi feriado que emendou com final de semana... sabe como é?!).

O último dia no trabalho dela foi aquele chororô, afinal ela ia fazer muita falta mesmo. Agora, ela é uma senhorinha aposentada que está colocando os seriados e filmes do Netflix em dia. Afinal, com o valor da aposentadoria no Brasil, não dá pra fazer muita coisa mesmo.


domingo, 11 de novembro de 2018

Possante de cara nova

Oi, tudo bem?

Pelo título, você já deve estar pensando: você trocou o Toddynho!

J-A-M-A-I-S

Meu relacionamento com o Toddynho, meu companheiro de aventuras, vem desde 13/12/07 e não pretendo encerrar tão já, apesar de saber que esse momento inevitavelmente vai chegar porque ele está ficando velhinho.

Nem quero pensar nisso...

Depois da greve dos caminhoneiros e do sufoco que foi ficar correndo atrás de gasolina, decidimos que precisamos ter pelo menos um carro com alcool na família; se fosse flex, melhor ainda.

O garoto já estava há tempos procurando carro porque ele trabalha com o carro e precisa de um carro bom para ficar encarando as estradas que tem por aí. Mas o mais difícil era conseguir guardar dinheiro, juntar dinheiro e faltava coragem de assumir mais uma prestação de financiamento por mês, uma vez que ele é autônomo e não tem renda fixa.

Mesmo assim, o garoto continuou procurando e procurando e, por fim, achou um carro exatamente como ele queria: conservado, baixa quilometragem e com um bom preço. Graças ao paitrocínio, ele conseguiu trocar de carro.

Ficamos ainda um tempo com os 2 carros dele até ele conseguir vender o carro antigo e pagar parte da grana do paitrocínio. Nota: anunciem em OLX e Internet porque o retorno é rápido e garantido - conseguimos vender o carro antigo assim.

Agora, o garoto tem um carro flex para os momentos de economia e falta de gasolina e eu estou me preparando financeira e psicologicamente para trocar o Toddynho... ai, que dor no coração!

sábado, 10 de novembro de 2018

Tanque?

Oi, tudo bem?

A paixão da vida do garoto são os peixes. Já contei aqui sobre o 1º aquário que tivemos em casa e nosso peixinho de estimação.

De lá pra cá, o aquário aumentou, virou 2 que cresceram e viraram 2 maiores. E cresceram mais um pouquinho esse ano para virar 1 só.

O tanque da discórdia.

O garoto já tinha me mostrado o tamanho daquela bagaça, mas eu o vi em um barracão mega espaçoso - o que é bem diferente do que vê-lo dentro do meu minúsculo home office.

O dia da instalação foi um evento: ele chamou todos os amigos dele para ajudar colocar o trem dentro de casa, eu passei o dia fora para não estressar e achei que seria possível ficar de boas mesmo.

Quando cheguei em casa...

O susto foi tão grande que quebramos o pau bonito. Só que nosso maior erro foi deixar que meus pais subissem em casa bem na hora do tempo fechado.

Obviamente, meu pais tomaram as minhas dores e ficaram contra o garoto. Mammy é sempre mais sensata mas nem ela soube lidar direito com tudo aquilo. 

O garoto foi se lamentar para os pais dele que, obviamente, ficaram do lado dele. 

Nos primeiros dias, tivemos bastante dificuldade com o barulho das bombas, com o espaço ocupado e o novo layout do home office.

Mas, graças a Deus, conseguimos nos acertar e agora ele está lá gigante (Detalhe para o "enfeite" em cima):


sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Parabéns: você sobreviveu a 100% dos seus piores dias

Oi, tudo bem?

A frase acima ficou bombando na minha cabeça durante todo o processo. 

No final de junho, passei pela pior situação da minha vida (eu acho e até agora).

Tudo começou na sexta, dia 29. O garoto tinha combinado comigo que ia almoçar no restaurante mas, em cima da hora, me mandou mensagem avisando que o cliente tinha atrasado e ele não ia conseguir chegar a tempo.

Com preguiça e não querendo gastar, fiz um prato congelado no microondas que tinha em casa e almocei. 
No meio da tarde, comecei a me sentir mal, parecia que a pressão estava bem baixa e senti muita dor de cabeça. Tentei comer alguma coisa no meu intervalo, mas nada ajudava a melhorar.

À noite, assim que cheguei do trabalho, tomei um belo de um banho quente e isso foi suficiente para eu vomitar tudo que estava entalado. Senti melhora e fui dormir.

No sábado, até que acordei bem e fui trabalhar de boas. Mas, no meio da manhã, comecei de novo com todos os sintomas da sexta. Fui pra casa e nada me fazia melhorar: tomei caldinho de mammy, dormi, o garoto cuidou da casa pra mim mas eu não conseguia me sentir melhor.

No final da tarde, a febre apareceu e eu tomei remédio. E a febre subiu, subiu, subiu. Subiu em um ponto que eu achei que já estava delirando porque não conseguia ficar descoberta, tudo doía e eu tinha a sensação que me faltava o ar.

Lógico que pedi socorro pra mammy e ela subiu em casa e chamamos o SAMU. A ida pra Santa Casa foi terrível - aquele negócio balança demais e eu fui piorando, piorando, piorando. Cheguei lá em pânico, chorado muito e com aquela sensação horrível de formigamento no corpo inteiro.

O médico que me atendeu pediu exame de sangue e me colocou em obsservação tomando soro.

Depois de uma hora de soro, a febre ainda não tinha abaixado. Tomei injeção de dipirona e, uma hora depois, a febre não tinha baixado ainda.

Aí, veio a pior notícia da minha vida: eu tinha que ficar internada.

Nunca fiquei internada, nem sabia como isso funcionava, perdi o chão e desatei a chorar.

Mammy ficou comigo enquanto o garoto foi dar entrada na papelada da internação. Subimos pro quarto e eu mal sabia como me ajeitar na cama com os acessos do soro no braço.

Passei o final de semana no hospital com vômito, diarréia e soro com antibiótico no braço em todo o tempo. Era difícil ir no banheiro minúsculo do quarto, era quase impossível arrumar o cabelo; tomar banho foi um martírio. Mal podia esperar para voltar pra minha casa, minha cama, meu chuveiro.

Na segunda, dia de jogo da Copa do Mundo, minha alta estava prevista para hora do almoço. Já cedo estava com tudo pronto pra sair de lá. Veio uma moça transferida para ficar no quarto comigo e a coitada passou o maior perrengue na hora de tomar banho porque o esgoto voltou e transbordou o vaso - dá pra acreditar nisso. O quarto e o banheiro ficou cheio de m**** e a faxineira demorou horrores pra vir limpar e tivemos que ficar no corredor esperando porque não tinha a menor condição de ficar lá.

Finalmente, consegui a alta por volta das 14h e saí de lá de pijama mesmo - mal podia esperar pela minha casa. 

Passei quase 1 semana de molho em casa para me recuperar do que me disseram ser uma infecção alimentar que me levou 5 quilos embora.

Nunca mais comprei aquele prato congelado.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Copa do Mundo

Oi, tudo bem?

2018 com certeza foi um ano marcante: Carnaval, greve dos caminhoneiros, eleições... e Copa do Mundo.

Ano de Copa do Mundo já começa com a gente conferindo o calendário dos jogos com horários para ver quando vamos ficar sem trabalhar hahaha.

No meu trabalho, seguimos o padrão de parar 2 horas antes e voltar 2 horas depois do término do jogo.

Confesso que não sou muito fã de futebol e tive preguiça de ver os jogos; dormi no 1º, fiz faxina no horário do 2º e só vi o 3º em companhia do garoto e da Neguinha.

Fora que no trabalho sempre tem aquele melindre porque "fulano trabalhou menos que ciclano". Afff... eu tenho culpa dos horários dos jogos?!

Infelizmente, não foi dessa vez que trouxemos o Hexa.

Mas vamos tentar catar em 2022 hahaha.