sábado, 5 de fevereiro de 2005

 Galera, segue um poema que é o meu favorito:

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor, vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como,ou quando, ou de onde,
te amo simplesmente sem complicações ou orgulho;
assim te amo porque não sei amar de outra maneira
senão assim deste modo em que não sou nem és,
tão profundamente que tua mão sobre meu peito é minha,
tão profundamente que quando fechas os olhos.... sonho contigo.


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