Oi, tudo bem?
Em tempos de Netflix e séries on line (quem aí é do tempo de baixar um episódio por semana, com arquivo de legenda separado e deixar o pc ligado a noite toda para conseguir fazer o download porque a internet era mais barata de madrugada?), fazer resenha de seriados é quase que lugar comum.
Já fui fã de vários seriados, parte disso por culpa da mammy que me viciou em séries desde a Sessão Aventura no final de tarde da Rede Globo, em plenos anos 80.
Cresci (não muito) e continuei apaixonada por seriados. Mas mammy também foi a culpada por me mostrar o mundo mágico da Televisa e suas novelas mexicanas, tão transmitidas e retransmitidas pelo SBT até os dias de hoje. Comecei bem novinha com Rosa Selvagem,depois teve Carrossel, Vovô e Eu, umas 25 reapresentações de Chispita até que finalmente conhecemos Paola Bracho em A Usurpadora. Ai, foi amor eterno! hahaha
Na época, também tinham novelas latinas em outros canais como Além do Horizonte na extinta Tv Manchete, além as tradicionais novelas venezuelanas que fizeram tanto sucesso como Bete, A Feia na Rede TV e a primeira versão de Joana a Virgem, feita na Venezuela e exibida na TV Record.
Para minha surpresa, os norte-americanos copiaram Bete a Feia (Ugly Betty) e Joana, a virgem (Jane, the Virgin). E essa segunda virou minha paixão nos últimos tempos!
Jane,
The Virgin é
inspirada livremente em Juana, la virgen,
telenovela venezuelana exibida em 2002. O formato foi vendido ao mercado norte-americano
e resultou em uma bela adaptação que traz a trama original, envolvida em outras tramas paralelas que seguem a linha mexicana: absurdas, as emoções intensas, as
reviravoltas fantásticas e o humor involuntário.
Sinopse: Jane
Villanueva é uma jovem latina de 23 anos que nunca teve relações sexuais. Além
de ter ficado apavorada com o TERRÍVEL sermão pró-virgindade que
sua avó lhe deu aos 10 anos de idade, a moça morre de medo da possibilidade de
uma gravidez indesejada, como a de sua mãe, Xiomara. Isso obviamente não a
impede de ter um saudável relacionamento de longa data com Michael. Um belo dia, Jane vai à ginecologista fazer
um teste de Papanicolau, mas a médica havia acabado de descobrir a traição de
sua namorada. Arrasada e absorta, ela troca os prontuários e acaba realizando
em Jane o procedimento da sala ao lado: uma inseminação artificial. Querem mais
drama? O sêmen em questão pertence a Rafael, uma ex-paixonite de Jane. Devido a
um câncer, é a última chance que ele e sua esposa têm de ter um filho
biológico. Mais drama? A
médica que inseminou nossa heroína por engano é irmã de Rafael. E sua mulher,
Petra, só quer a criança para sustentar o casamento por mais alguns anos e
ganhar o que lhe foi prometido no acordo pré-nupcial. D-R-A-M-A.
Perceberam o resumo rocambolesco da série?! E, mesmo como todas essas linhas malucas, a série é uma delícia de assistir e está indo para a sua season finale no próximo ano, depois de 4 temporadas de sucesso.
Pontos positivos da série (para falar só de alguns)
- Jane, The Virgin não fala só de
Jane, mas também de Xiomara e Alba. São três gerações de mulheres latinas com
perspectivas completamente distintas sobre a vida, mas que, ainda assim, se
respeitam e se amam. É uma história sobre ancestralidade, sobre raízes e sobre
empoderamento feminino.
- O triângulo amoroso central: uma hora você
vai ser Team Michael, outra hora você
vai ser Team Rafael e outra hora
você vai torcer pra ela ficar sozinha. E
isso é deliciosamente delicioso de acompanhar (é pra ser redundante mesmo).
- O elenco: nomes conhecidos, outros nem
tanto... Eles são o ponto alto da série porque dá pra perceber o quanto eles se
divertem fazendo aquelas cenas doidas e aquelas reviravoltas malucas. Quando
nem o elenco se leva à sério, com certeza é sinal de coisa boa.
- RRRRRRorrrrélio de la Vega:
o seriado valeria só por ele. Jaime Camil já é conhecido do público brasileiro
por ser um galã cômico da Televisa há alguns anos. E, quando ele aceitou fazer
o papel no seriado norte-americano, ele levou a sério a ideia de tirar sarro de
si mesmo e dos personagens tão característicos das novelas mexicanas: o galã
lindo-maravilhoso-pleno-tudodebom. É o melhor personagem dos últimos temos! Ele
é um megastar de novela mexicana MUITO vaidoso, mas tudo que
tem disso, tem de gente boa e, principalmente, muito sensato, ele dá os
melhores conselhos e até te oferece corretivo quando você precisa. Além disso,
ele ama o Twitter, cria as melhores #’s e cita muitas coisas do nosso universo
pop. Ele conhece a Britney, recorre à Lauren Conrad para conselhos
festivos, ama o universo Kardashian, sabe da febre LipKit e quer uma festa mais
babadeira que a da North West, isso só pra citar alguns pontos.
- A realidade: a
série mostra a real da maternidade, do início do casamento, da convivência familiar,
do namoro sem sexo (sim, porque eles mostram isso da forma mais real que pode
exisitir), da busca pelo emprego dos sonhos... tem comédia, tem romance, tem
reviravoltas clássicas mas tem muita
dose de vida real para gente ver que todo mundo é gente como a gente
(menos RRRRRRorrrrélio de la Vega , é claro) hahaha
Enfim, vale a pena conferir as temporadas que já estão no Netflix. No Brasil, a série é transmitida pelo canal Lifetime, toda quarta-feira às 21h30.