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terça-feira, 24 de junho de 2014

A culpa é do choro mesmo

Oi, tudo bem?

Consegui. Finalmente. Assisti A Culpa é das Estrelas.

O filme estreiou no Brasil no dia 5 de junho e, dede então, eu estou tentando ir ver no cinema ou achar um arquivo decente para ver no computador.

Na minha cidade, infelizmente, o filme entrou uma semana depois, com dois horários disponíveis - que viraram um, apesar das filas quilométricas - e dublado. Affff.....

Na cidade vizinha, temos vários horários e cópias legendadas disponíveis, mas o preço do ingresso.... sem condições!

Na Internet, bem.. eu...hã... achei um vídeo alguns dias depois do lançamento. Como poderia descrever aquilo? A pessoa que filmou deve ter ido em um cinema com pulgas e comido muita pipoca. A imagem está escura, o áudio abafado, a câmera treme e sacode o tempo todo e só dá para ouvir um cof-rof-cof de alguém mastigando alguma coisa. Sem chance para ver o filme. Ah, e também era dublado, eca!

Então, tive a brilhante ideia. Como já li o livro, já sei o que me espera, certo?! Já tinha assistido Divergente com áudio original e legendas em espanhol e deu para entender tudinho - leio melhor do que falo espanhol.

Então, joguei no Google Download+the fault is in our stars e lá estava... um arquivo perfeito! Imagem de alta qualidade, som limpo e sem tremedeiras. Aleluia, irmãos!!!


A Culpa é das Estrelas - por ser um melodrama, é esperado que o romance apele para as emoções do público, partindo da identificação com os personagens. Mas ao contrário dos típicos “filmes para chorar”, que inventam sucessivos conflitos para tornar a história mais lacrimosa, este projeto anuncia desde o começo o único (e imenso) problema dos protagonistas: o câncer. 

Todos os conflitos serão decorrentes desta doença, sem tornar o calvário da dupla maior do que o necessário apenas para despertar o choro. Por isso, o projeto parece bastante honesto, e menos manipulador do que a grande maioria das obras do gênero. O tom do filme é permeado pela autoparódia como mecanismo de defesa: Hazel (Shailene Woodley) e Gus (Ansel Elgort) brincam com frequência com o fato de ter perdido uma perna, no caso dele, e de ter uma fraca capacidade pulmonar, no caso dela. 


É uma das raras produções adaptadas de uma obra literária que não parece corrida demais, sedenta para incluir o máximo de reviravoltas possível. O ritmo da narrativa é fluido, graças igualmente a uma edição discreta e eficiente. A sintonia entre os atores, as cenas mais belas do filme acontecem em silêncio, quando os dois se comunicam muito claramente com o olhar – como no primeiro encontro no grupo de apoio. 


Claro, para os fãs mais fervorosos, o filme tem algumas diferenças com o livro. E quem quiser detalhes pode ler aqui.  A verdade é que nem todos os momentos do livro, que tem 25 capítulos, poderiam caber num filme de 125 minutos. De todos os momentos que faltam, acho que os itens 6, 8, 9, 10, 11 e 12 da lista foram os mais sentidos por mim. Acho que foram tirados para deixar o romance mais comercial e menos sofrido que o livro #spoiler


Um resumo? A amizade levou ao amor. O amor os levou a uma eternidade, algo como um pequeno infinito. Quem não vai se emocionar com algo assim tão profundo e bonito? Preparem os lenços a história tem uma alta capacidade de enternecer. O filme não vai ganhar o Oscar, nem Cannes, nem Berlim. Ele vai ganhar seu coração! Não percam. O.K?

Ah, e eu chorei muito...