terça-feira, 6 de novembro de 2018

E a greve?

Oi, tudo bem?

Acho que um dos episódios mais tensos desse ano - depois das eleições - foi a greve dos caminhoneiros que teve em maio.

O governo foi avisado, as autoridades foram avisadas mas eu acho que a população entendeu que íamos passar pelo apocalipse pré The Walking Dead. Do nada, minha cidade estava cercada de filas intermináveis nos postos de combustível e as postagens mais curtidas do Facebook eram as "onde ainda tem gasolina?".

O garoto enfrentou fila no posto para abastecer o carro dele porque ele trabalha com o carro o dia inteiro e era à gasolina, então não dava pra ficar sem. Mas confesso que cedi ao desespero da massa e pedi pra ele pegar gasolina pra mim e pra pappy também.

Fui no mercado e fiz a compra como se não houvesse amanhã - não devia ter feito isso.

Acompanhamos os protesto, assisti em choque a matéria do Domingo Espetacular sobre a qualidade das estradas pelo país e vi a cidade ficar quase às moscas porque todo mundo precisava economizar combustível.

Até no meu trabalho as coisas ficaram meio tensas porque tivemos que cancelar alguns eventos por causa do problema de mobilidade dos clientes. O nosso estagiário quase teve que dormir no trabalho porque o ônibus que ia pra cidade dele estava sem diesel para rodar.

Confesso que acabei excluindo algumas pessoas do meu Facebook porque não aguentava mais as fake news e compartilhamentos ridículos do tipo "estamos com vocês", "somos todos caminhoneiros", considerando que o agente-postador da mensagem estava sentado no conforto do seu lar, embaixo do ar condicionado enquanto os caminhoneiros estavam dormindo ao relento, buscando um pouco de dignidade para sua categoria. Fora os mentes-brilhantes que pediram a intervenção militar affff... vamos ter um pouco de aula de história né, galera?!

Graças a Deus chegou o feriado e, com ele, finalmente a pacificação e o fim da greve. De saldo, aprendi que não devo estocar nada e que não podemos acreditar em todas as postagens de Facebook e mensagens de whats.


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Quem eu mato primeiro?

Oi, tudo bem?

Dentre todos os episódios estranhos da adaptação do SIU, eu tive muitos sangramentos de escapes, inchaço abdominal e cólicas estranhas.

Com 1 mês de uso, eu fui fazer os exames de rotina para monitorar se estava tudo ok. Exame de sangue em ordem - até o colesterol começou a baixar depois que parei com os remédios. Depois tinha o ultrassom para ver se o SIU estava no lugar.

A médica que fez o exame na clínica particular que meu convênio cobre falou que estava tudo certo e o SIU estava bem posicionado. Quando fui buscar o resultado dos exames, vi que o laudo veio com SINDROME DO OVARIO POLICISTICO e não veio falando nada do SIU.

No mesmo dia, talvez por nervoso, talvez por coincidência, comecei a sangrar. Sangrar pra valer. Fiquei alguns dias assim. E, desesperada como sou, mandei um whats pra minha médica/amiga que se dispôs a me atender no plantão dela na Maternidade da Santa Casa da cidade.

Chegando lá, o guarda me questionou:
"- Vai onde?
- 3º Andar com a Dra. Fulana.
- Vai fazer o que lá?
- (Juro que minha vontade foi falar: fazer crochê com ela). Exame, estou com sangramento.
- (acho que ele pensou que eu estava grávida). Claro, pode subir!"

Chegando lá, ela esperava que eu tivesse levado os exames lá mas eu não levei e daí ela me deu um soro interminável para tomar para tentar cortar o sangramento. Que foi em vão porque eu continuei sangrando até a semana que seguinte que eu tinha consulta com ela.

Chegando no consultório, dessa vez levando os exames, ela olhou, olhou, olhou, me examinou (porque não dava para examinar no hospital na hora que eu fui) e concluiu: seus exames estão errados e você só está menstruada. 


Lá fui eu de volta na clínica questionar o lado do exame e a recepcionista disse que iria verificar. Quando voltei à tarde, ela veio com aquela cara fofa-de-quem-não-tem-culpa-de-nada e disse bela e plena: " Me desculpa, trocamos os exames". Foi tão espontâneo que soltei na cara dela: "Ainda bem que não era exame de câncer". 

Meu laudo correto constava a posição do SIU e que todo o resto estava ok. Conforme minha médica previu, a menstruação cessou 3 dias depois da consulta.

Só fiquei na dúvida se matava primeiro a médica que fez o exame e não conferiu os laudos ou a recepcionista que falou com tanta calma que tinha sido erro médico. Por fim, não matei ninguém porque o crime não compensa.

domingo, 4 de novembro de 2018

DIU ou SIU?

Oi, tudo bem?

Tomo anticoncepcional há quase 7 anos. Comecei com ele porque já tinha tentado vários outros métodos para tratar as cólicas menstruais tenebrosas que eu tinha todo mês. 

Primeiro, tomei o Allestra 20 que me inchou alguns quilos e me dava enxaquecas terríveis durante a pausa. Depois foi o Qlaria que era contínuo e praticamente igual à àgua pro meu corpinho: não dava dor de cabeça nem cortava as cólicas.

Daí, a médica doida que eu tratava na época me deixou 1 mês sem remédio pra poder começar com o Mercilon conti e aquele mês eu quase vi o inferno de perto de tão mal que passei. Pappy chegou a ir me buscar no trabalho porque eu não conseguia sair do chão do banheiro de tanta dor e eu lavei de vômito de tanta dor o chão da farmácia que fomos para eu tomar a injeção de Buscopan que era a única coisa que resolvia.

Passei 6 longos anos com o Mercilon conti e até que tivemos uma relação boa: não engordei tanto, pele e cabelo ok, libido médio, menstruação tranquila e pequena. 

Só que depois que casei, comecei a perceber um aumento nos episódios de crise de enxaqueca que eu já vinha tendo há algum tempo. Tentei tratamento no neurologista novamente, tentei tratamentos alternativos com osteopata mas nada aliviava 100% a dor. E ainda tinha o fato de eu não poder fazer exercícios físicos porque a crise vinha com tudo.

Depois que casei, tive a felicidade de começar a me tratar com uma grande amiga de infância, irmã da minha melhor amiga de infância e as coisas começaram a ficar mais fáceis pro meu lado. Afinal, nada como ter uma pessoa com quem você consegue realmente conversar quando se tratar de dúvidas da intimidade né?! 

Nunca tive problema em fazer exames com ela, em desabafar com ela, em tirar as dúvidas mais absurdas com ela. E ela foi a pessoa que me perguntou "por que você não tenta outro método contraceptivo para ver se a enxaqueca melhora?". Hum, interessante...

Para ajudar a mudança (penso que foi sinal divino), a produção de Mercilon Conti foi descontinuada no Brasil

Começamos a fazer exames e levantar meu histórico de saúde para ver qual método seria melhor pra mim e chegamos ao SIU - sistema intrauterino, mais popularmente conhecido como DIU hormonal.



O SIU é diferente do DIU porque o DIU é de cobre e não tem hormônio e não era indicado pra mim porque ele costuma aumentar as cólicas e o fluxo menstrual. 

O SIU tende a diminuir o fluxo - segundo a bula, até 20% das usuárias ficam sem menstruar geral - e diminui sintomas como cólicas, TPMs e enxaquecas. Ambos só tem o problema da parte estética que perdemos: pele e cabelo voltam a ficar "normais" e mais oleosos do que antes. 

Feitos os exames e tomada a decisão, esperei a menstruação de abril para marcar a colocação. 

E que sufoco que foi. 

Bem no mês de abril tivemos uma baixa no trabalho e começamos a trabalhar em número menor (leia-se trabalho dobrado) e bem na semana que marquei a colocação, tínhamos a suspeita da visita do presidente da empresa. Aí Jesus!

A colocação até que foi tranquila: beeem dolorida, mas rápida. Primeiro você fica naquela posição super confortável do exame ginecológico (#sqn) e a médica vai abrir o seu colo do útero e limpar o canal com iodo por causa do sangramento menstrual. 

Até aí, ok. 

A primeira dor vem na hora que ela vai medir o seu útero para ver se está ok com a medida de ultrassom e para ver se o diu vai entrar certinho. É uma dor tão aguda que dá aquela sensação que estão sugando tudo de dentro de você, mas ela não deve durar 5 segundos. 

Como a minha pressão começou a cair (ficou uma enfermeira do meu lado o tempo todo), a minha médica tentou descontrair um pouco e me relaxar:

"- Vamos parar um pouquinho e distrair. Adivinha quem está grávida?
- Quem?
- Eeeeeeuuuu!
- Como assim???? Você usa o SIU e falou pra mim que era mais seguro que a laqueadura?!?!? (quase levantei da cadeira nessa hora)
- Aaaaaaah, eu tirei aaaaaantes néééééé?! Que raio de médica eu seria se engravidasse no susto?!
Enfermeira ao lado: - Doutora, acho que a tentativa de relaxar ela não deu certo hihihi"

Depois disso, veio a segunda dor menos intensa mas bem incômoda da colocação do SIU e que também não durou 5 segundos. E acabou!

Fiquei 4 dias de repouso em casa e tive uma recuperação super tranquila. 

Depois que parou o sangramento, a médica me liberou para as "recreações em casal' e devo te contar que o negócio ficou muito melhor. Gente, senti músculos que nem sabia que eu tinha hahahaha.

Já estamos com 7 meses de uso ainda não parei totalmente de menstruar mas o fluxo diminuiu muito, tive alguns episódios estranhos mas tudo dentro do esperado do período de adaptação. A minha pele está parecendo um choquito só no período menstrual, graças a Deus. O garoto, como esperado, foi maravilhosamente paciente e amoroso em todos os episódios, graças a Deus. Choquei em saber que tem mulheres que desistem da transição porque os "maridos" não tem paciência com episódios turbulentos.

Para quem se interessar, estou a disposição para perguntas e tira-dúvidas. Sempre lembrando que isso é igual comércio das lojas Marisa: depende "de mulher pra mulher". 

sábado, 3 de novembro de 2018

Antologia Escrita Criativa

Oi, tudo bem?

Puxa, com certeza esse foi o meu maior orgulho em 2018 até agora. Participei do projeto Escrita Criativa entre 2015 e 2016 e fiquei muito feliz quando as meninas mediadoras do projeto escolheram alguns textos meus para fazer parte da 1ª Antologia a ser publicada.

O Projeto Escrita Criativa nasceu em 2015 com o objetivo de reunir blogueiros e novos escritores, para exercitarem a sua criatividade no papel.

Atualmente o Projeto apoia novos escritores seja por meio de seu blog e de suas mídias sociais, seja na troca entre os escritores que é proporcionada nas conversas que há no grupo do facebook.

É moderado pelas escritoras Ane Carol (do blog Profano Feminino), Ayumi Teruya (do blog Pandinando) e Fernanda Rodrigues (do blog Algumas Observações).

A primeira Antologia "Amor e Resiliência: Cartas, Contos, Crônicas e Poemas" reúne textos dos escritores e blogueiros que participaram ativamente do Projeto Escrita Criativa, entre maio de 2015 e abril de 2017, transformando temas específicos do dia a dia em literatura.

No início, as meninas fizeram o e-book que foi vendido na Amazon.com para tentar arrecadar uma grana e poder fazer uma doação para algum projeto legal que envolvesse o social e o incentivo a leitura, escrita, educação (uma coisa pela qual todas são apaixonadas). 

Só que sabe como é?! E-book, kindle, não temos uma grande divulgação em massa para várias mídias diferentes e a venda não foi lá muito expressiva. Mammy mesmo me cobrou o livro físico para ela "ter em casa e mostrar pras amigas".

Daí, as moderadoras correram atrás, se mobilizaram e... tchã-tchã-tchã: Saiu o livro físico!

Para quem se interessar - e eu espero que muitas pessoas se interessem - o livro físico está disponível no Clube dos Autores. Pretendemos ainda fazer uma doação para algum projeto legal que possa fazer a diferença.

Quem quiser saber mais sobre a antologia, pode conferir os posts mais detalhados das moderadoras aqui, aqui e aqui.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Ah... a natureza

Oi, tudo bem?

Fevereiro passou rapidinho por aqui, viu?! Geralmente, é um mês mais curtinho mesmo, mas esse anos passou voando e foi tão bom.

Fevereiro é um mês especial pra mim: meu aniversário, aniversário de casamento, Carnaval. Tudo de bom, né?!

Esse ano cheguei às minhas 35 primaveras e 2 anos de casadinha. Nem dá pra acreditar que já passaram 2 anos, gente! Olha que o início do casamento foi tenso - duas pessoas com hábitos diferentes, criações diferentes, indo morar debaixo do mesmo teto?! Só por Deus e muito amor mesmo hahaha - mas passou tão rápido que me acostumei fácil.

Daí, o garoto (lembram-se dele?! Ainda meu marido hahaha) resolveu programar uma viagem especial para comemorar o combo aniversário-meu+aniversário-casamento.

Fomos para Brotas, interior de São Paulo. Marcamos um final de semana na Pousada Estalagem e para curtir as belezas naturais de lá. Já fomos pra lá algumas vezes: para fazer passeio de cachoeira, para ver lugar pras fotos do pré-wedding e o garoto gosta bastante desse tipo de programa mais... digamos... rural. 

Fomos no sábado na hora do almoço porque eu trabalho até às 12h. Chegando lá... 


Bem, digamos que o garoto esperava muito mais do lugar. Muito mais mesmo. O estilo da pousada é bem medieval, com aquelas cortininhas em volta da cama, armários de madeira maciça e o chaveiro da porta do quarto era bem... hum... gigante e pesado.


A cama era cama de casal convencional - segundo o garoto, era muito pequena e o colchão era daqueles beeeem fofinhos, do tipo que te abraça à noite e acaba com a sua coluna pela manhã. A tv mal pegava canal aberto. O cheiro de quarto fechado há semanas estava meio forte, considerando que era a suíte com diária mais cara porque tem hidro no banheiro (sonho de consumo do garoto). E a sacada fica de frente pra piscina do hotel e a distância não é nada suficiente para afastar os olhares e barulhos de dentro do quarto. 


O banheiro tinha cara de que não era usado há algum tempo, mas como sou uma mulher prevenida levei meus apetrechos para garantir a higiene e recreação a dois, se é que me entendem?! ;)

Me julguem: levei alguns panos multiuso e álcool 70% e literalmente dei um banho na hidro hahaha. 

Tirando esses pequenos perrengues logo de cara, tivemos um final de semana incrível. 

Fomos conhecer o Recanto Alvorada, que faz parte da Pousada Estalagem, que é um eco resort incrível que oferece ambiente natural e vários tipos de entretenimento. Como hóspedes da Pousada Estalagem, temos direito ao day-use do resort e fomos lá para conhecer.


Saímos para curtir a noite e fomos jantar na Viccino Della Nona, uma cantina charmosa que fica no centro da cidade e que conta com menu de massas como capeletti e nhoque com molhos, pratos de forno e vinhos. Pedi o risoto de camarão com creme de abóbora que veio servido em uma linda panelinha de ferro vermelha e o garoto pediu uma pizza de frango com catupiry, feita nos moldes italianos para 1 pessoa. Super recomendo! Saímos de lá quase rolando de tanto que comemos hahaha.

Tentamos dar um rolê pela cidade e... nos perdemos! Em Brotas, uma cidade com cerca de 20 mil habitantes hahaha. Foi tenso porque caímos nos bairros mais afastados do centro turístico e a iluminação e o asfalto são bem ruins, o que dificulta a localização para tentar fazer uma busca no GPS.

No dia seguinte, domingo, acordamos... bem.. quebrados. Já vão pensar "nossa, a noitada foi boa hein?!" hahaha. Até que foi sim, mas o colchão da pousada não ajudou muito a relaxar e já cedo a galera hospedada correu pra piscina e nos acordou.

O café da manhã da pousada estava delicioso e acho que ficamos mais de 1 hora lá comendo pão-de-queijo quentinho, bolo de fubá, bolo de chocolate, suco de melancia, suco de laranja, chocolate quente... que delícia!

Tirando esses pequenos detalhezinhos chatos, o atendimento é nota 10, a localização é excelente e super recomendo para quem não for tão exigente com o colchão como nós hahaha.


Fizemos o check-out e fomos bater perna no Parque dos Saltos que fica em frente à pousada. Já fui lá tantas vezes e nunca tinha atravessado do outro lado da ponte para conhecer outras cachoeiras. Depois fomos almoçar no Camillo´s, mas não encontrei o cantor Daniel... snif.

Voltamos pra casa no meio da tarde de domingo com ânimo renovado para mais um ano de casamento e para mais um ano da minha vida!

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Como foi o ano?

Oi, tudo bem?

Quanto tempo, hein?! 

Quase faz um ano que eu deixei esse cantinho de lado para ir lá viver a minha vida real. 

E não é que foi um bom negócio? Tenho tanta coisa pra contar agora. 

O tal "período sabático" que tirei - e até fiz post falando sobre ele já - rendeu algumas estórias muito boas para contar aqui e prometo que vou atualizando aos pouquinhos, ok?!

Tenho um plano audacioso agora para Novembro: vamos ter post todo dia! 

A galera mais famosa costuma fazer VEDA ou BEDA (blog every day in april or august). Eu vou tentar fazer o meu BEDN (blog every day in November). Sou diferentona hahaha.

Daí,  vou atualizando as novidades e fofocas do mundo dos não-famosos que cercam minha vida e vamos retomando contato, ok?!

Vamos lá :)

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Período sabático mais que delicioso

Oi, tudo bem?

A última postagem do blog foi no final do ano e já estamos em 26 de abril. Quatro meses se passaram sem eu dar as caras por aqui.

Passei - e ainda estou passando - por um delicioso período sabático de cobranças da minha pessoa. A rotina da vida segue o baile: casa, trabalho, casamento, família, igreja, amigos. Mas tenho reavaliado minhas prioridades na vida e dado atenção e valor ao que realmente interessa.

Venho me sentindo mais leve nos últimos tempos, como se tivesse tirado um elefante obeso das minhas costas. Não é um aprendizado fácil: todo dia tem uma lição nova para aprender, uma respirada funda sempre que preciso me policiar para continuar buscando essa leveza. As dificuldades do dia, a convivência com pessoas desagradáveis (as quais eu sou obrigada a conviver por causa do trabalho, por exemplo) me baqueiam em alguns momentos, mas o progresso que tenho feito tem sido tão delicioso que basta uma respirada mais profunda, uma pequena parada para colocar o Tico e Teco no lugar, para que tudo volte a fazer sentido e eu volte a focar no que interessa.


Sinto falta da escrita, sinto falta de ter meu espaço aqui para contar as pequenas coisas, resenhar filmes, séries, livros... tenho visto tanta coisa legal, lido tanta coisa legal. Mas será que teria feito tanto se ainda estivesse presa aqui, com as cobranças de atualização e retribuição de visitas? Não sei.

Por enquanto, só passei para atualizar e lembrar que ainda estou aqui: vivendo feliz e bem leve do lado de cá do monitor.

sábado, 25 de novembro de 2017

Fim

Oi, tudo bem?

Em 13 de janeiro de 2005, comecei um humilde blog (ainda no dominio zip.net da UOL) que viria durar mais de dez anos e contar com quase cem mil visualizações. Não sei se são números expressivos para alguns, mas para mim, são demais!!!!

Fiz muitos amigos (virtuais e reais) e pessoas especiais entraram na minha vida por causa desse blog. Conselhos, piadas, dicas... compartilhamos muitas coisas desde 2005.

Nestes mais de dez anos, muita coisa aconteceu. Eu mudei muito, mais muito mesmo, daquela garota de 2005: altos e baixos. Perdi, ganhei. Vivi pequenas e grandes vitórias. Sofri pequenos e grandes tombos. Realizei sonhos – alguns que eu nem imaginava realizar. Cresci em todos os setores: pessoalmente, profissionalmente e fisicamente (mais pros lados do que pra cima hehehe). E compartilhei tudo que foi possível pelos blogs, pela escrita. 

Mas, de uns tempos pra cá, as redes sociais como um todo tem me chateado muito e, particularmente por alguns episódios que tive que presenciar, me deixaram de queixo caído.

Eu tenho me questionado se ainda há espaço para os blogs pessoais, onde você pode postar sua opinião, sua vida e não ser julgado por isso. A internet mudou muito de 2005 pra cá e eu não me sinto mais a vontade por aqui. A vida real parece que está beeeeeem mais interessante que esse mundinho virtual aqui. As pessoas, ao vivo e a cores, são bem mais legais e bem mais facéis de lidar (nunca pensei que escreveria isso kkkk).

Vocês estão cansados de saber que anda difícil pra mim esta coisa de escrever. 

A vida muda, escolhas são feitas ... então, relevem.

Tenho tentado voltar e recuperar o ritmo (e ânimo) dos tempos do início: voltar ao blog, talvez dar um tapa no visual disso aqui, sei lá, qualquer coisa. Queria desesperadamente me reconectar ao blog, mas não dá.

Por essas razões, refleti e decidi que é hora de fazer uma pausa ainda que temporária nos posts. Talvez este seja o post mais difícil da minha vida: com dor no coração (e lágrimas nos olhos, acreditem!), escrevo isso mas não consigo mais bater na mesma tecla, ver o blog como uma obrigação, a ter que ir nos blogs de outras pessoas para comentar, senão ficam chateadas que eu não passei lá, a ter que responder comentários que não quero...

Não sei se é um ponto final ou apenas um ponto e vírgula, mas não me sinto mais a vontade em escrever, em fazer comentários e brincadeiras e ser mal interpretada, criticada pelo que penso, pelos meus valores... Sou diferente, sou única e não tenho paciência para muita coisa que tenho visto aqui (e no facebook, no instagram e por aí vai) e cansei de ficar triste por quem não vale a pena. E não vou ficar aqui para me lamentar, para ficar de mimi, para mostrar o quanto sofro porque sou a ou b. Não gosto de gente assim, que se vitimiza, e não serei assim aqui. Ponto.

Pretendo, claro, que com esse movimento fazer um balanço: rever aquilo que precisa ser melhorado e aquilo que dá certo em todas as áreas. Não sou, não serei e nem pretendo ser a dona da verdade. Com tudo isso, muito aprendizado veio junto e vou levar todos eles para vida afora.

Para 2018, quero levar a sério esse negócio do minimalismo: não só ter o necessário em roupas e coisas, mas ter somente os amigos necessários por perto.  E, infelizmente, os mais necessários não estão no mundo virtual. Esse pensamento me traz leveza, liberdade e uma certa alegria, apesar da melancolia de deixar isso aqui.

Com certeza, sentirei falta de comentários queridos, de pessoas que sempre passam aqui com uma palavra de amor (ou um puxão de orelha, quem nunca?). Não quero citar ninguém para não correr o risco de esquecer alguém (ou o blogger comer algum comentário que eu não tenha visto ainda), mas com certeza vocês sabem quem são e sabem que morarão sempre em meu coração. Não é porque eu fechei o blog por um tempo que não vou visitar vocês, viu?!

Ainda não sei ao certo quanto tempo essa pausa vai durar, mas será tempo suficiente para uma nova fase.

Sou eternamente grata. A Deus. Ao blog. E a vocês.

Até algum dia.

Nana


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Thankgiving

Oi, tudo bem?

Hoje, dia de ações de graças, eu esqueci de agradecer por causa da correria.

Comecei o dia com dor de cabeça (1º dia de menstruação é difícil); o trabalho foi puxado; mammy e pappy receberão uma notícia meio chata e o garoto está meio triste porque o ajudante dele arrumou outro emprego e parou com ele.

Fui lembrar da data no final da tarde, quando mammy me disse que não ia conseguir ir no culto da noite.

Putz....bola fora....esqueci um dia importante.

Só tenho que agradecer e a lista é tão gigante que nem sei...

Pela vida

Pela salvação em Cristo

Pela minha mãe

Pelo meu marido

Pelo meu pai

Pela Neguinha

Pela nossa casa

Pelo nosso casamento

Pelo meu trabalho

Pelo Toddynho

Pelos amigos

Pela liberdade

Pela vida estável

Pela saúde

Por tantos livramentos, sustento, amparo e bençãos que Deus nos deu até aqui.


Até as coisas ruins que já passaram, agradeço por me fizeram um ser humano melhor.

Vamos agradecer?


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Black November

Oi, tudo bem?

Todo mundo conhece Black Friday, torce pela Black Friday, espera pela Black Friday. Mas e quando você tem um Black November pra lidar, hein?!

O início do mês foi tenso, como foi descrito no post anterior. Depois do baque da perda da mãe da minha amiga (que era tia da turma desde sempre, daquela que nos dava carona quando ainda não tínhamos CNH) e da perda do meu querido professor (quem quiser ter uma ideia de como ele era figura, clica aqui), cai de cama por causa de um resfriado pesado. E olha que fazia tempo que eu não pegava um resfriado desses.

Abandonei a casa, deixei as atividades pendentes e fiquei curtindo cama, chá, caldinho de mammy e mimo do garoto. Quando comecei a melhorar, o garoto caiu de virose.

Mas não foi uma virose qualquer. Ele passou tão mal na última segunda pela manhã que não conseguiu segurar e lavou o banheiro da suite com vômito. Coitado, fiquei morrendo de dó. Sabe aquela situação que você não sabe se vomita ou se c***? Exatamente assim; quem já teve virose das bravas, sabe do que estou falando.

Mudei ele pro banheiro social e criei coragem (Deus sabe onde!) para limpar o banheiro da suite. Só que ele continuou a passar mal... e eu tive que limpar o segundo banheiro também. Limpeza pesada, daquelas bravas mesmo, se é que me entende.

Tive que levar o garoto pro hospital de SAMU (e ninguém merece andar naquela ambulância que balança mais que carroça) e ele tomou soro para reidratar. Ficou a semana toda de molho em casa, com diarréia, cólicas históricas e fraqueza. A recuperação foi aos pouquinhos com caldinho da mammy (aliás, eu preciso aprender a fazer caldo de legumes urgentemente!), muito Gatorade, salada e frutas. Saldo final: cinco quilos a menos em três dias. 

Conclusão: mais uma semana que abandonei a casa, deixei as atividades pendentes e fiquei de enfermeira. 

O feriado prologado (na minha cidade também é feriado no dia 20) veio em boa hora. No sábado, só não lavei o telhado porque choveu. Fiz aquela faxina na casa de acordo, com todos os produtos de limpeza que tem direito. Depois, coloquei dona máquina de lavar para trabalhar e fui cuidar de mim: pé, mão, sobrancelha (estava parecendo o Melocotom), depilação, lavar e hidratar o cabelo de acordo. Aproveitei o sinal aberto do Telecine para colocar os filmes em ordem no feriado e faxinar os favoritos do Chrome que estavam abandonados há duas semanas.

Os feriados acabaram, as doenças também (graças a Deus pelo sustento e livramento de coisas piores) e o saldo final pré black friday foi que eu ganhei um celular novo do garoto (o meu estava pedindo clemência depois de 4 anos ininterruptos de uso e vários tombos) e conseguimos uma super promoção pré black friday para comprar a tv do quarto. Ebaaaaaa!!!! Ah, e até Toddynho passou por uma super recauchutagem no mecânico para garantir mais um ano ao meu lado!

E agora, vai começar a época do ano que eu mais "amo". Então, é Nataaaaaaaal.....

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

O que somos nós?

Oi, tudo bem?

Duas semanas seguidas com dois baques pesados de grandes perdas.

Na quarta passada, antes de ir dormir, entrei no Facebook e tomei uma bordoada de uma pessoa que ficou ofendida com um comentário meu. Para me distrair, fui conversar com a mãe de uma amiga que estava vendo 1922 no  (ou seria na?) Netflix. "E aí, tia? O filme vale a pena?". Ela não respondeu porque devia ainda estar vendo o filme.

Na quinta, o marido dela saiu pra trabalhar. O filho, irmão caçula da minha amiga, acordou e viu que a mãe ainda não tinha acordado. Chamou por ela na porta do quarto que estava trancada mas ela não respondia. Ele ligou pro pai e arrombou a porta. Ela estava dormindo... e gelada. Teve parada cardiorrespiratória durante o sono e não acordou para me dizer se o filme era legal. Tinha 53 anos, marido, 3 filhos, 1 genro, 1 nora, 1 netinho de meses de vida e um belíssimo trabalho social em nossa igreja.

Na segunda desta semana, acordei com a notícia que um grande professor meu do ensino médio estava desaparecido. Aos poucos, a polícia foi avançando na investigação e achou dois homens, um de 21 e um de 28, que estavam de posse da caminhonete do meu professor. Na terça, um dos homens confessou o crime e entregou o local do corpo. Segundo os depoimentos, eles pediram carona pro meu professor (um deles era conhecido da vítima) e o fizeram na intenção de roubar a caminhonete. Anunciaram o assalto no meio da estrada e, segundo eles, ele reagiu e eles entraram em luta corporal. Dois contra um. Eles espancaram, esganaram, arrastaram o corpo por cerca de 10 metros pra dentro do matagal e atearam fogo ao corpo com uso do perfume e das apostilas dele que estavam no carro. Segundo a perícia, ele ainda estava vivo no momento. O terceiro elemento envolvido, que ajudou a ocultar o cadáver, foi preso hoje de manhã. Meu querido professor tinha 51 anos, desde sempre dedicado ao ensino da matemática da forma mais brilhante que eu já vi. Fonte de inspiração para muitos jovens que tiveram o privilégio de serem seus alunos, há oito anos ele tinha aberto um colégio que era seu sonho de infância. Um cara batalhador, honesto, brilhante que teve sua vida ceifada de forma tão brutal.

E ai, eu te pergunto: o que somos nós? Nada, absolutamente nada. A avó que fez planos de brincar com o netinho não o fez. O professor que estava a mil por hora com a preparação para o ENEM não vai ver o resultado dos seus alunos. Mal sabemos nosso segundo a seguir e, muitas vezes, nos pegamos com picuinhas, briguinhas bestas, ofensas desnecessárias. 

Quanto à mãe da minha amiga, que talvez tenha sofrido pra morrer (acho que todos sofremos porque a morte não deve ser legal), creio que ela acordou no céu, nos braços do Pai, com a certeza de que "combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé" (2Tm 4:7). 

Quanto ao meu professor, que com certeza sofreu para morrer, não sei qual foi seu final do lado de lá. Não sei se era uma pessoa com fé em Deus, com Cristo em sua vida. Suas obras na terra foram grandiosas, mas perante o Pai somos todos iguais. Espero que ele tenha tido chance de estar próximo a Deus em vida para ter um descanso eterno na morada celestial.

E, com isso, quero deixar a minha conclusão dessas duas últimas semanas estranhas e difíceis: busque sua vida espiritual em primeiro lugar. Busque a Deus, busque a Cristo, busque a bíblia. Não falo de religião ou placa de igreja, mas de um relacionamento verdadeiro e direto com nosso Criador e Senhor. Depois que a gente morre, os amigos choram, a família sofre mas a vida segue. 

E o que você vai levar pro outro lado?